Sol - Gojo X Itadori

Parte I - Sol

Oieee!!!

Então gentee... quem conversa comigo sabe que eu tô sofrendo pacas com um vizinho chato pra caramba, eu pensei, por que não transformar essa frustração? Taí, minha sentada deu nisso hahahaha

Sem mais delongas,

boa leitura!

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Eram um daqueles dias quentes como o inferno, se é que o inferno poderia ser tão quente. A temperatura em si nem era alta, o que matava era a sensação térmica que faziam as entranhas pegarem fogo e o corpo suar desesperadamente, precisando aliviar aquela ebulição que parecia percorrer as veias. Isso era o que o homem pensava e sentia.

"Foda-se, hoje eu vou aproveitar o sol!" Desejava já sentindo a pele queimar em expectativa.

Saiu do quarto trajando um short displicentemente curto, era de um azul clarinho, talvez para combinar com seus olhos. Esses estavam protegidos pelo seus óculos de sol preferidos, arredondado e como alguns diriam, sexy, combinando com o rosto magro e angulado. Estava sem camisa mostrando o tronco definido e já um pouco suado.

Satoru Gojo morava sozinho em uma casa um tanto grande, ela possuía um jardim discreto na parte de trás, lá ele fazia desde seus exercícios matinais aos trabalhos delicados de suas pinturas. Era artista plástico e adorava o contato com a natureza. Por vezes ficava em seu jardim trajando nada mais nada menos que uma boxer, seu avental de couro que lhe segurava os pincéis e um confortável chapéu para lhe proteger um pouco do sol. Essas eram as graças de morar sozinho, ou um pouco afastado das outras casas.

A escolha daquele lugar foi perfeita! Hoje talvez, nem tanto assim, quando se lembrava de seu inconveniente vizinho e de suas desagradáveis festas. A casa mais próxima era de um rapaz não muito diferente de Gojo, ele era músico e suas incansáveis "orgias", como gostava de falar o mais velho, eram desesperadamente irritantes, ele era irritante... irritantemente, jovem!

Gojo sabia que não aguentaria o ritmo de ser jovem novamente, apreciava demais um bom vinho e seus estilosamente velhos vinis. Pena que desde a mudança do garoto ao lado, isso se tornava cada vez mais raro. A única coisa que ele escutava eram as músicas um tanto desconexas e barulhentas, na opinião dele.

Hoje, pelo que ele lembrava, era um dia que não tinha barulho naquela casa, então o outro estaria ausente. Perfeito, ele poderia relaxar a beira de sua piscina e quem sabe depois dar um mergulho gostoso naquela água refrescante.

Com esse pensamento agradável, seguiu para seu jardim, largou uma toalha em qualquer canto e sentou-se em uma espreguiçadeira confortável que fazia questão de manter por ali. Lembrou de colocar uma quantidade exagerada de filtro solar, considerando a brancura de sua pele, ele precisava se preocupar em dobro, ou triplo talvez, mas agora, coberto quase totalmente na pasta esbranquiçada, se sentia seguro em deitar e aproveitar o sol da manhã.

Encostou-se despreocupado nos pequenos travesseiros que a "cadeira" tinha e arrumou-se o mais confortável possível, agora sim, estava completo.

Alguns minutos se passaram e algo incomodava-o era como se faltasse algo.

"Maldito moleque, eu já escuto tanto aquelas músicas e estou tão acostumado com isso que sinto até falta do desprezível som alto." Pensou levando as mãos aos cabelos e os puxando um pouco.

Seu sonho era dar-lhe uma lição, para que ele nunca mais o importunasse com aquelas músicas e festinhas aleatórias, que lhe tiravam o sono.

Resolveu pegar um livrinho que havia ganho do melhor amigo, passou a ler calmamente. Ainda se sentia estranho e aquilo estava ficando muito desagradável.