CAPÍTULO 4

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POV SABINA

Hoje faz um mês que eu voltei pra NY, eu senti que Noah precisava de ajuda mas como ele é adulto eu não posso fazer nada, infelizmente. Comprei um apartamento, com meu próprio dinheiro e esforço, me mudei e estou muito feliz, sinto falta dos meus pais? Sim, bastante, mas eu precisava dá privacidade pra eles e também ter a minha independência, estou jantando agora, umas folhas de alface e uns legumes, é gente esse é o meu incrível jantar, mas é acompanhado de suco de laranja, coloquei um pouco de açúcar pra não morrer e pronto, escuto meu celular tocando e me levanto pra pegá-lo

LIGAÇÃO ON:

- Alô quem é?

Escuto somente uma respiração e alguém fungando, junto com uns grunhidos

- Quem é?

Pergunto novamente

- É o Noah, me ajuda Bina, por favor

Diz soluçando, largo meu prato na pia e subo correndo

- Onde você tá?

- Na minha casa, ela fica no condomínio **********, você vai vir?

- Vou, deixa minha entrada liberada, vai falando comigo até eu chegar aí tá bom?

Pego o elevador e desço até a garagem, pego meu carro e saio em uma velocidade relativamente alta

- Tá bom

Ele não para de soluçar e começo a escutar gritos no fundo da ligação "Abre essa merda seu maldito, eu vou te matar seu doente" parece ser a voz de um homem, é possível ouvir batidas no que parece uma porta depois um estrondo, não como se ela estivesse sido aberta mas sim alguma parte dela quebrada, escuto o grito do Noah, meus olhos se enchem de lágrimas e meu coração se aperta ainda mais

- Noah, quer me falar o que tá acontecendo?

- O meu pai ele quer me bater, Bina me ajuda por favor, eu tô com medo

- Eu tô chegando já, fica calmo e por favor quando eu avisar que cheguei grita bem alto pra eu saber onde você está

- Não demora, por favor eu tô com muito medo, eles querem machucar Noah

Puta que pariu, será que ele é infantilista? É muito provável já que quando meu pai regride ele fala na terceira pessoa e minha mãe me explicou sobre isso

- Neném eu cheguei já, você consegue me falar como que é sua casa?

Ele só murmura algumas características e depois começa a falar palavras desconexas.

LIGAÇÃO OFF:

Eu tô com medo, muito medo do que possa estar acontecendo lá com ele, consigo achar a casa com essas características e entro, escuto muitos gritos no segundo andar e o subo correndo, vou até um quarto e nada, depois outro e escuto a gritaria mais próxima, entro e vejo a noiva dele e um homem velho dentro de onde parece que Noah está

- O que você tá fazendo aqui?

- Não interessa sua vagabunda

Essa infeliz não tá fazendo nada pra ajudar ele, que ódio meu Deus, entro no banheiro e ignoro o olhar do velho sobre mim, me aproximo de Noah e o abraço com cuidado

- Ei neném tá tudo bem agora, eu vim te ajudar ok?

Ele parece não gostar de nenhuma proximidade por isso estou tomando o maior cuidado possível

- Quem é você?

O velho nojento fala, olho para o rostinho do Noah e vejo vermelho, seus braços tem inúmeros machucados, alguns estão sangrando o que me faz pensar que ele deve ter se arranhado e outros machucados foram esses monstros que fizeram

- Eu sou a pessoa que vai ajudar o Noah, e nem vem me impedir senão eu mato você

- Pode levar, eu não me importo, ele só dá trabalho, ele é um doente mental, você sabe da anomalia dele?

- Cala a boca!

Grito e o choro de Noah se intensifica

- Desculpa neném, olha pra mim eu vim te ajudar lembra?

Pego seu rosto fazendo com que ele me olhe

- Me tira daqui, por favor

Sem dizer nada eu o levo de lá e o coloco em meu carro, vou levá-lo pra casa dos meus pais, eu posso pegar as roupas do meu pai pra colocar em Noah e minha mãe vai me ajudar, chego na casa deles e Noah parece estar muito assustado, meu coração se quebra em vê-lo assim

- Neném nós estamos na casa dos meus pais, eles são bonzinhos e meu pai é do mesmo jeitinho que você, fica tranquilo vai dar tudo certo

Pego em sua mão e o levo pra dentro, meus pais não estão na sala principal então devem estar na de tv, vamos até lá e vejo minha mãe dormindo e meu pai mamando

- Ei, pai 



NOS CONHECEMOS EM PARIS- URRIDALGO (ADAPTAÇÃO) CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora