Nesse instante meu corpo paralisa por completo, minha mão fica gelada, minha garganta fica seca, meu cérebro está totalmente vazio, não consigo pensar em exatamente nada e minha visão fica completamente branca não consigo enxergar um palmo da minha mão.
- Como assim religião? - pergunto-o
- Minha religião só permite namorar com pessoas da mesma igreja certo? - diz ele segurando na minha mão.
Querendo me passar segurança porém no mesmo tempo não.
Me levanto e digo que vou ao banheiro para eles, chego ao banheiro me tranco e começo a chorar sem parar, borro toda a minha maquiagem e me agacho no chão do banheiro e penso :
" Porque isso comigo?"
Sempre fui uma pessoa de não ficar com muitos garotos, era bem focada no estudos, ainda sou porém, depois que encontrei Jack, minha vida mudou, eu mudei, tanto físico como interno, ele mexia muito comigo, falar com ele já era uma coisa explícita, porém não queria mais ficar nessa de só ficar e não acontecer nada.
Saio do banheiro, olhei para meu rosto no espelho e não tinha condições para mim voltar nesse estado, então limpo as minhas lágrimas e vou embora, sem saber onde estou.- KATHARINE, KATHARINE - ouço um grito ofegante vindo de trás de mim.
Quando me viro e Jack, correndo desesperadamente em minha direção.
- Onde você está indo Katharine? - diz Jack segurando meus braços e super cansado.
- Não te interessa. - digo se fazendo de fria.
- Você não conhece nada aqui é porque está assim?- diz ele me olhando.
- E muita cara de pau você ne, você me dá o maior fora, diz que a sua religião não me permite e ainda vem me perguntar porque eu estou assim? faça mil favor ne. - digo eu com um tom de voz bem alto e autoritário.
Saio correndo, para não mostrar meu rosto de choro para ele.
- Você não vai embora, eu vou te levar para casa, eu gosto de você. - diz ele meu braço.
- Me larga, não quero mais nada com você, me LARGA Jack e não vem atrás de mim. - digo eu soltando o meu braço.
Jack diz alguma coisa porém ignoro.
Ando sem rumo, chorando com raiva, avisto uma lanchonete e paro para comer algo.
Como um folheado de calabresa é um refrigerante.- Não chore Katharine, não suporto ver mulher chorando, ainda mais você.
Diz uma voz atrás de eu acariciando o meu cabelo, quando olho e o Miguel, não disse que ele era perseguição.
- O que que você quer garoto? - digo com raiva.
- Porque você está chorando? - diz ele com uma voz preocupante.
- Não estou chorando, estou apenas gripada e meu olho esta lacrimejando só isso. - digo tentando esconder minhas lágrimas.
- Vou fingir que acredito, mas o que você está perdida aqui, nesse horário? - diz ele sentando no meu lado.
Estava naquelas lanchonetes que tinha um balcão e várias cadeiras altas ao redor do balcão.
- Vim de um teatro com as minhas amigas. - digo eu mordendo o meu folheado.
- Ah, estranho, Jack falou que tinha ido ao teatro com você. - diz ele me encarando.
- Ah sim, tínhamos marcado, porém ouve algo que ele não pode vir. - digo bebendo o último gole do meu refrigerante.
- Enfim, preciso ir embora e não conheço aqui, poderia me levar? - digo eu na lata.
Miguel era maior de idade, tinha repetido um ano e ele já tinha seu próprio automóvel e sua carta de motorista. Ele até que era bonitinho.
Cabelo castanhos, olhos pretos que nem uma jaboticaba e uma boca bem avermelhada é bem alto e magro.- Com o maior prazer. - diz ele pagando meu lanche.
Durante ele dirigia explico o caminho da minha casa e escuto música, quando chego em frente da minha casa agradeço-o e saio do carro.
Ele me puxa a me da uma meia lua, fico meio sem graça e quando vou falar alguma coisa ele já tinha ido embora.Poucas horas que passei com o Miguel fez eu me esquecer um pouco das minhas preocupações.
Deito-me na minha cama e começo a chorar, chorar e chorar, tipo muito.Penso o porquê de tudo está acontecendo comigo, tinha que ser sempre eu, essa vida cruel.
Percebo que estava completamente apaixonada por Jack e que nada mas fazia sentindo sem ele por perto, o seu cheiro, o seu corpo, o seu sorriso, seu olhar, seu abraço, seu beijo. Me desabo completamente.
Mas a religião dele não me permite, sou uma iludida que se apaixonou inesperadamente por uma pessoa que não tem retorno recíproco.
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Inesperadamente
RomanceHistoria de uma estudante chamada Katharine de 17 anos, que se sente excluída da sociedade por não ter um namorado, porém a história muda.....