Cap 9

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Fico praticamente uma semana sem frequentar aquela escola, um ambiente semelhante ao inferno.
Nunca pensei que um homem, UM homem, macho ia me abalar tanto assim, estou totalmente destruída, parece que um elefante de milhões de toneladas pisou em cima de mim, como se tudo de mal caiu sobre a minha pessoa.
Fico pensando, se ele gostasse de mim, como eu gosto dele, se ele fosse apaixonado por mim, como eu sou por ele, ele teria passado por cima das barreiras, e não que eu queria que ele abandonasse a religião, mas que ele batesse no peito e falasse "Eu escolhi ela e é com ela que eu quero viver o resto da minha vida", porém não, ele agiu como todo cafajestes faz, pega a menina, come e joga fora, agora que se dane ela e parti para outra, sem nenhum sentimento se quer, nenhum respeito.
Como eu fui idiota, que raiva, que raiva.
Agarro o meu travesseiro e começo a chorar, chorar e chorar.

- Katharine! Vá para escola agora! - diz minha mãe tirando a coberta em cima de mim.

- EU NÃO VOU, que saco. - digo eu com voz de choro e brava.

- Você vai sim! Você não pode ficar ai só chorando por um menino. - diz minha mãe.

Minha mãe já sabia de tudo, tinha contado para ela, ela me aconselhou bastante.

- Mãe, por favor, só hoje. - digo eu chorando e abraçando ela.

- Filha, você tem que ir e mostrar que você não é fraca, sorriso pra fora e tristeza por dentro mas sempre de cabeça erguida. - diz minha mãe me reanimando.

- Maaaãe, você viu o que aquele moleque fez comigo mãe? você viu? fui uma besta iludida. - começo a chorar no colo da minha mãe abraçada.

- Eu vi, ele é um delinquente idiota, de jogar fora essa gostosura de meio metro. - diz minha mãe me fazendo rir.

- O que eu fiz para merecer isso? - digo chorando.

- Filha, tudo na vida acontece, mas você tem que superar é mostrar que ele não te derrotou, mas você que derrotou ele. Bota um sorriso nesse rosto, se produz e vai toda linda e pisa na cabeça desse delinquente, mostrando quem manda é você. - diz minha mãe desfilando e fazendo carão.

Começo a rir, nesses momentos só a minha mãe mesmo para me reanimar nessas horas.

- Ok mãe, vou fazer isso mesmo, porque macho nenhum merece meu choro. - digo jogando meu cabelo e enxugando minhas lágrimas.

- Essa que é minha filha. Agora vai se arruma que eu vou te levar para escola. - diz minha mãe enxugando minhas lágrimas.

Já estava atrasada, vou entrar na segunda aula.

Então eu me arrumei, coloquei uma calça bem apertada do uniforme, uma calcinha fio dental para marcar bem minhas nádegas, uma camisa bem colada com um decote V realçando meus seios e com o cabelo pranchando com excesso de rímel e um batom para destacar, nunca tinha ido desse jeito para a escola.
Pego minha bolsa e desço as escadas.

- UAU, que bafo filha, está de parabéns. - diz minha mãe me girando.

- Obrigada mãe, a partir de agora a nova Katharine entra em ação. - digo eu jogando meus longos cabelos.

Minha mãe para o carro bem na frente do portão principal.
Desço do carro, vários professores e monitores me olhando.

- Nossa, e você mesmo Katharine? - pergunta um monitor da entrada.

- Sou eu mesma tio. - digo eu toda confiante.

- Está belíssima. - diz ele me olhando.

- Obrigada. - digo cumprimentando-o.

Dou um beijo na minha mãe e me despeço.

Toca o sinal da primeira aula, e subo as escadas.
A primeira pessoa que eu me deparo e com, com quem?
Isso mesmo, Jack.
Finjo que não conheço-o e passo direto.Ele me seca por inteira.
Logo em seguida encontro com Miguelito o Miguel.
Abraço ele bem demorado, pulo nele e fico pendurada e beijo a bochecha dele e o cumprimento.

InesperadamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora