12.

412 36 13
                                    

Josh beauchamp

O tempo insistia em continuar dublado na manhã seguinte, e mesmo que meu corpo reprovasse a idéia de levantar da cama, a falta da mulher que deveria estar ao meu lado fez-me pular de supetão, colidindo meu corpo quente com o ar gélido do quarto. Com o rosto amassado, caminhei até o banheiro para iniciar minha higienização matinal, e para despertar-me, tomar um banho.

Assim que despi-me, entrei no box com uma súbita vontade de continuar nessa casa por mais alguns dias, mesmo que isso levasse-me a demissão. Fechei os olhos assim que a água quente caiu sobre o meu corpo, relaxando meus músculos tensionados. Os acontecimentos caíram como bomba em meu colo e desencadearam vários e vários problemas no que era — considerado — a melhor fase da minha vida. Nunca, de forma alguma, imaginei que haveriam tantas interrogações em casos que, de certo modo, deveriam ser solucionados pelo FBI. Ensaboando-me, voltei a pensar em quaisquer solução plausível para solucionar, o que até então, é insolúvel. E pensar que a meses não sentia tamanha pressão em minhas mãos, considerando meu patente. Geralmente, casos assim ficam na mão apenas do major e do coronel, nosso trabalho não é investigativo, pelo contrário; É combater perdas, e diversos tipos de acidentes sociais.

Enxaguando-me, suspirei —  inevitavelmente—  ao lembrar-me do beijo intenso que terra e eu protagonizamos ontem. Tudo era incerto quando se tratava dessa mulher, e a intensidade que seus olhos me encaravam após o entrelaçar de nossas línguas deu a confirmação que eu precisava para saber que, definitivamente, o fogo que nos ronda é mais perigoso do que qualquer outro. Embora não tenhamos nenhum tipo de relação, a não ser nossa suposta amizade, algo nela faz o meu interior gritar para tê-la sempre por perto, e aquele beijo, fez-me quere-la com força redobrada. Naquele momento, nossa conexão foi além da magnética e eu a queria tanto que foi impossível controlar o meu corpo e o meu pau; quando a mesma se virou na cama, deixando-me aceso e com cara de idiota.

Sorrio com a lembrança. Uma das coisas que mais me chamava a atenção, era a audácia que terra tinha para resolver certas situações entre nós. Ela claramente queria tanto quanto eu, mas preferiu ir contra suas vontades apenas para ter o gosto da vitória nas mãos.

Fecho o registro percebendo que não trouxe roupas para me trocar no banheiro, então, seco meu cabelo levemente com a tolha branca de algodão e amarro outra na cintura. Assim que abro a porta, um sorriso de lado também se abre em meus lábios.

Admirando a mulher deitada na cama usando um short preto que mal cobre toda a sua bunda e minha blusa cinza de uma das bandas favoritas de noah, ando até onde está a mochila com roupas, procurando algo confortável para vestir enquanto sinto seu olhar queimar meu corpo.

— Fiz Café. — Ela avisa.

Encontro finalmente uma calça de moletom e uma blusa qualquer, após a escolha da cueca, fiz menção de andar novamente até o banheiro, entretanto, a voz instigante soou no quarto, fazendo-me parar no lugar e rir fraco com a língua presa entre os dentes.

— Porque não muda aqui mesmo? — perguntou a sem vergonha. Seu tom era provocativo e baixo, instigando-me a cair em sua teia. Virei o corpo, observando a morena deitada de lado e sua cabeça sendo sustentada  pelo braço, seus olhos brilhavam, como se estivesse assistindo a um show. Ela passou a língua no lábio inferior, sorrindo de lado, continuou: — Eu não me importaria, a vista seria já está boa, mas sempre dá para ficar melhor.

Vendo-a morder o lábio, fora impossível não pensar em coisas absurdas para se fazer com aquela boca. Se ela quisesse jogar agora, quem era eu para dizer não?

Fire | beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora