Capítulo 02 - Equilíbrio

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-E esse é o T-phone! Foi Donnie quem fez! Bem maneiro, não é?

-..."T-Phone"?

-É! Você sabe, tartarugas, telefone...

-Oh! Então usam isso como um celular?

-E NÃO É SÓ ISSO! -Se joga ao seu lado no sofá a assustando por um momento- ESCUTA ISSO!

-Mikey! Não a assuste!

Na sala do esconderijo das tartarugas, estava Lisa sentada no sofá, rodeada pelos quatro irmãos e com um headphone na cabeça recém colocado por Mikey.

-Quié? Eu só tô querendo mostrar o que é bom gosto! -Liga a musica, clicando na tela do T-phone enquanto falava com os irmãos, nem prestando atenção no que estava apertando, mas ficando horrorizado ao ouvir o som que escapava dos fones.- AAAAGH! NÃÃÃÃO É POLKA! -rapidamente tirando os fones dela- Pobrezinha! -faz um leve carinho em seu ombro- Me desculpe por isso. Não acontecerá de novo, eu juro. -levanta sua mão esquerda solenemente.

-Mikey, é a outra mão. -Diz Donnie, fazendo o irmão imediatamente trocar a mão levantada.

-Hãn... tudo bem. -O encarando com um sorriso amarelo- Não é tão mal.

-Como não pode ser mal? Era POLKA! -Os outros irmãos reviram os olhos, menos Raphel, que estava mais concentrado no pimball.

Faziam poucas horas desde que Lisa havia despertado e sido devidamente apresentada ao time. E agora estava na companhia de seus semelhantes, finalmente podendo conhece-los melhor. A jovem tartaruga ainda estava um pouco reservada com relação a presença deles, parecendo ainda incrédula com a cena que ocorria. Após todo o sentimento de sentir-se um ser diferente de tudo e que não se encaixava a algum lugar, nunca imaginou que encontraria um lugar onde era apenas "mais uma".

-Han.. O-O que é polka? -sorriso sem graça, sem entender. Se "Polka" era apenas aquela música, por que aquele escândalo?

-É um estilo musical. -Explica Donnie- Ela nasceu no império Austro-Hungaro no século XIX e é muito popular na região da Boe-

-Ok, já entendemos, Donnie! -interrompe Raph, irritado por que havia acabado de perder a partida, após se desconcentrar com a gritaria do irmão mais novo.

-Oh! Interessante. Não conheço muitas músicas... nunca pude ouvir muitas já que treinava o tempo todo.

-Isso me lembra... -comenta o ninja azul- O que estava fazendo naquele porto? Quem machucou você?

-Ah... bem... as pessoas não reagem muito bem quando veem uma tartaruga gigante que fala.

-Sei bem como é isso. -Comenta Mikey se recordando de suas frustradas tentativas de fazer amigos humanos.

-O mar foi a forma que encontrei de me mover sem ser vista. Mas é difícil nadar por tanto tempo, por mais que teoricamente os corpos das tartarugas marinhas sejam naturalmente projetados para nadar por longas distâncias.

-E como seu corpo está?

-Ah, está melhor. Já não dói mais tanto. Muito obrigada novamente por terem me ajudado. -Lhes direciona um sorriso agradecido, curvando-se suavemente- Então... -olhando em volta- Vocês moram aqui?

-Sim! É um ótimo lugar para se esconder de pessoas que não reagem bem a tartarugas gigantes!

-Então vocês são mesmo ninjas? Mestre Splinter os treinou?

-Desde que éramos beeem pequenos!

-E como... como ficaram... vocês sabem, "assim"? -Meio incerta se poderia fazer aquela pergunta.

A Imperatriz do MarOnde histórias criam vida. Descubra agora