Benevolência/Gaiola aberta

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Que tenha uma vida longa,

E mesmo que eu não esteja nela,

Que ela seja próspera e abençoada.

Mas caso eu esteja,

Ainda assim desejo que seja livre,

Que me amar não signifique te moldar ao meu bel prazer

Como se faz com os bonecos de barro.

Que não perca quem é por mim,

Nunca te desejarei metamorfose ou alquimia alguma,

Jamais te sujeitaria a dor da transmutação

Jamais exigiria que se transforma-se em ouro

Mesmo que tivesse a imaturidade do chumbo,

A insensatez do metal e as insolência do bronze.

Jamais te pediria para ser coisa alguma

Além de si mesmo.

Fragmentos de sonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora