Brooke estava em um cruzeiro por um mês tentando salvar seu relacionamento conturbado, mas o que ela ganhou foi mais problema quando conheceu o músico que deixava seu corpo todo em alerta com uma simples frase cantada saindo de seus lábios
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Quando a noite chegou Brooke estava já sentada no bar, observando o ambiente rústico e apreciando a bebida que tinha pedido. Ela checou o celular vendo se Leah tinha mandado alguma mensagem, mas só tinha uma de Patrick perguntando que horas ela chegava, que ignorou e a última mensagem também não respondida de Harry. Ela queria esquecer o que houve mais cedo, sabia que daria alguma merda, e também não ia passar seu endereço, não fazia sentido logo agora. Ele mesmo não demonstrou que queria a ver novamente, pode ter sido só o tesão falando novamente
Ela olhou para a porta assim vendo a amiga chegar mais perto, e a cumprimentar com um abraço
— Não pediu pra mim? Poxa - diz sorrindo sentando-se e bebe um pouco do drink de Lawrence — Quero um igual a esse - levanta a mão sinalizando o garçom e indica o copo pedindo mais um
— Achei que ia me dar vácuo hoje de novo - Brooke se ajeita na cadeira e Leah balança a cabeça negando, deixando sua bolsa de lado
— Sabe que eu não atraso por mal, B - agradece quando o garçom deixa a taça decorada com limão e folhas de hortelã e da um longo gole — Hoje o dia foi longo
— Digo o mesmo - olhou em volta e viu algumas pessoas dançando enquanto um homem cantava
As duas engataram em um assunto descontraído e aleatório; uma vez falavam mal de alguém que conhecem, outras vezes falavam sobre trabalho, mas Leah já tinha ido na intenção de contar alguma coisa séria, ela estava apenas preparando o terreno. Não iria simplesmente chegar jogando uma bomba, primeiro a faria rir um pouco e esquecer um pouco Patrick, com seus dramas de casamento
— Mas enfim, o que houve com você hoje?
— Preciso te contar uma coisa, mas lembre-se que é um local público - começa bebendo mais um pouco e Brooke se arrependeu de não ter pedido outra rodada — Eu ia falar antes, mas não consegui
— Fala logo, Leah - soltou a respiração e sorriu esperando o que vinha — Tô anestesiada já, tomei muita margarita azul
Riu baixo passando a mão no cabelo na nuca, e encostou na cadeira, esperando
— Você lembra do Paul? - pergunta fazendo Brooke lembrar do homem que a amiga nunca sabe definir essa relação maluca. Ela balança a cabeça confirmando, então Leah continua: — Então, ele me chamou para sair, acabei indo
— Não acredito - revira os olhos. Era impressionante como Leah gostava de homem que não prestava, mesmo que Brooke também seja assim, uma ficava sempre falando para outra isso — Você não me contou
— Você ia me julgar - diz tendo a certeza, já que outras vezes também foram assim
— Claro que eu ia - balança os ombros concordando
— Ele é legal tá, Brooke. Só some as vezes, mas eu também não sou flor que se cheire. Nós duas não somos. Você sabe disso
Leah bate as longas unhas na mesa de madeira e balança a cabeça percebendo a mudança do assunto principal
— Era isso o que você tanto queria falar?
— Não - tomou outro gole da bebida — Ele me levou em um restaurante em outra cidade. Era um restaurante de frutos do mar bom, e eu vi o Patrick lá, acho que ele não me viu, mas ele estava com uma mulher, Brooke
A mesma franziu a testa e abaixou o olhar até o copo alto enfeitado com limão, e o sal que já estava praticamente dissolvido na borda
— Certeza disso?
— Sim, eu olhei muito, pode ter certeza, aquele cabelo loiro aguado eu reconheço - revirou os olhos bebendo sua margarita — Foi estranho, parecia que era outra pessoa, B
— Ele parece que é outra pessoa - olhou as unhas pintadas e pegou o copo bebendo pouco — Quando foi isso?
— Quarta
Brooke pensou um pouco tentando lembrar o que ele tinha lhe contado para que pudesse estar em um encontro com outra mulher, e Patrick disse que ficaria o dia inteiro fora da cidade com seu pai em uma conferência
