- Liberte-se filho... isso aqui não é vida, nem eu e nem ele desejamos isso para você... - A ruiva dizia chorosa, encarava o moreno que mesmo depois de meses, continuava do lado se seu filho. - Se você não aguenta mais eu o entendo, você não precisa...
O som das máquinas começava a se fazer presente enquanto lentamente, Sasuke recuperava a consciência.
Fungos e murmuros chorosos ecoavam em sua mente.
Algo segurava a sua mão e seus dedos formigavam enquanto ele tentava mover um milímetro sequer.
Seu corpo inteiro parecia submerso em uma piscina de gel. Seus olhos pesados, dificultava a ação de abri-los.
Aos poucos o aperto em sua mão aumentava e agora os fungos eram mais audiveis, como se seu corpo lentamente fosse emergindo. Com dificuldades conseguiu indentificar que o choro e os murmurou eram de sua mãe.
Mãe, por que está chorando? Era o que queria perguntar, mas sua voz não saia, sua boca não abria, seu corpo não respondia a nada. Mesmo assim ele tentou e forçou, nada acontecia. Mentalmente ele berrava ordens para cada parte de seu corpo.
Foi com muito custo que seus dedos corresponderam suas ordens e Sasuke finalmente consegui apertar a mão de Mikoto. Junto do grito de espanto dela, as máquinas começaram a bipar feito louco. Com isso não tardou para os médicos entrarem com tudo na sala.
Seus olhos finalmente se abriram e com eles arregalados já tendo sua completa consciência ele começou a engasgar com o tubo que ia de sua boca até a traquéia, para enviar ar para o pulmão.
- Senhora, precisa se afastar. - Ouviu uma voz masculina dizer ao entrar no quarto. Era tão familiar que Sasuke correu os olhos até a pessoa. Shizui.
Seus olhos arregalados se dirigiram ao homem em pedido de socorro, algo foi depositado na bolsa soro que só então ele percebeu ligada em seu braço.
E mais uma vez, quase longe de seu controle, seus olhos foram se fechando, enquanto a voz de sua mãe ecoava mais alto. E a sensação famíliar de estar partindo dessa vida surgiu, fazendo sua mente entrar em um túnel escuro o roubando da realidade.
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Abriu os olhos e conteve um gemido de desconforto que se alastra por todo o corpo. Sentia sua garganta livre de qualquer tubo. Mas ainda sim sentia tudo errado, sentia seu corpo mole e sua mente embaçada. Era ruim, se sentia trêmulo e fraco, sua mente rodava em um fraca e distante lembrança.
Um clarão e alguém o pedindo para tomar cuidado.
- ...Ele está bem agora, e finalmente livre do coma, mas não sabemos ainda se podem ter ou surgir sequelas. - ouviu a voz do Shizui.
Abriu os olhos e olhou para o lado, seus movimentos estavam lentos. Podia ver sua mãe com os olhos vermelho, segurando um lenço junto ao rosto, a sua frente, seu primo, que trajava um jaleco... É mesmo, Shizui é médico... e seu irmão também estava lá
- Tem uma grande chance de ter tido a memória danificada. Assim que acordar vamos fazer testes da capacidade motora, verbal e ocular.
