horário em kyoto (Japão)
7:48 am🌤️ (segunda feira)
[...]
foram exatamente um avião e 55 minutos de metrô para chegarmos em kyoto, foi a viagem mais desconfortável que eu já tive em anos, tudo isso para fazer uma nova vida em gion*
tudo isso para melhorar a situação de park shoui, minha mãe. O momento que minha mãe decidiu sair da Coréia foi quando ligaram para ela, no momento que ela me falou oq era eu não entendi muito bem, somente que haviam te oferecido um emprego maravilhoso, e como eu ja tinha acabado o ensino médio eu poderia ir com ela, mesmo eu falando que não gostaria de sair de seul
mas minha opinião não interessa para shoui, quando eu falei que não queria sair de seul ela já estava preenchendo minha inscrição em uma faculdade de kyoto
se eu surtei? muito
mas depois ela veio com aquela voz de mãe acolhedora me chamando de abelhinha, esse apelido bobo que me colocaram quando eu era criança me atormenta até hoje
e aqui estamos hoje, desfazendo as caixas na casa nova, quando chegamos ela estava com um cheiro horrível de mofo, as janelas estavam fechadas e os móveis cobertos por plásticos
particularmente achei a casa bem bonita, apesar de ter uma aparência meio velha, a tinta azul da parede está se desgastando, minha mãe adorou o fato de termos que pintar a casa, ela adora fazer essas coisas
subi para o andar de cima, escolhi o quarto com a janela que dava para a rua, que por sinal era bem agitada, tinha algumas pessoas conversando e crianças brincando
Gion é um dos lugares que recebem mais estrangeiros, então ver muitas pessoas vai ser normal
ao olhar pela janela já comecei a ver as linhas, isso me deixou bem intrigado
-o que você achou do novo quarto? -dei um sorriso ao ouvir minha mãe falar
me virei para olhá-la e reparei que a mesma estava com uma caixa em suas mãos, peguei a mesma que estava pesada
-odiei a parede, esse amarelo é horrível mãe -falei brincando
-que bom que gostou abelhinha
-mãe esse apelido horroroso de novo não, por favor - dei uma risada
-é fofo jimin, deixa de frescura -a mulher estendeu a mão para tocar meu ombro mas logo a afastou
-mãe desde quando eu disse pra você o porque eu não gosto de contato físico eu percebi que você tem evitado me tocar, você me abraça, me ajuda quando eu tô triste desde quando eu era um bebê, você acha que eu não iria gostar do toque da minha mãe? Em senhorita sohui
a abracei e a mesma mostrou um sorriso acolhedor
-termina de desfazer as caixas que eu vou no mercado, aquele perto da livraria que a gente viu, como se chama mesmo?- a mesma se desvencilhou do meu abraço e fez uma expressão pensativa - ah é nishiki, vou comprar algo para comermos, quer que eu traga algo?
-eu acho que vou precisar de uma caixinha de band-aid, acabei machucando minha mão quando fui abrir a janela da cozinha -mostrei o pequeno corte que havia em minha mão direita -mas mãe não trás aqueles infantis
-ta bom, menino exigente, você não é meu filho não - a mesma falou saindo do quarto
-também acho -dei uma risada baixa
minha mãe sempre esteve comigo nos melhores e piores momentos da minha vida, quando eu disse pra ela das malditas linhas ela estava comigo, mesmo não acreditando
eu também vejo nela, a linha é bem longa, como ela sempre foi mãe solteira não tem como saber se é ligado ao meu pai, nunca o conheci, mas também não tenho curiosidade de conhecê-lo
estamos melhor sem ele, mamãe tá super feliz sem ele
eu vou começar a faculdade amanhã, e eu tô apavorado, não com o tanto de tarefa que os professores darão, mas sim com o tanto de pessoas que vai ter, o tanto de linhas que eu vou ser obrigado a ver
mas acho que nem todo mundo gostaria de cursar fotografia, a maioria foca em medicina
eu não iria fazer faculdade, mas desde pequeno eu sonho em ser fotógrafo e conseguir fotografar a modelo choi ara, ela é o motivo de eu não desistir desse negócio de faculdade
choi ara=perfeição
11:40🌤️
as caixas já estavam todas esvaziadas, mas nada da minha mãe chegar, olhei o relógio por uma última vez e decidi ir atrás da mesma, não duvidaria nada se ela estivesse conversando com um estranho
peguei meu celular, meu fone e o mais importante, minha câmera, em hipótese alguma eu sairia sem a minha camera fotográfica, ela é uma instax mi...... e você não quer saber sobre a minha camera, me desculpa mas quando me perguntam sobre ela é meio inevitável não falar sobre tudo, até os mínimos detalhes eu falo
coloquei os fones e dei play na musica young folks
fui andando até ver a livraria que minha mãe tinha comentado, tinha algumas pessoas lendo e era bem bonito, merecedor de uma foto. Ajustei a câmera e fotografei o melhor ângulo da biblioteca
perfeito- falei ao ver a foto ser revelada no mesmo instante
balancei a mesma no ar para terminar de revelar
olhei para frente vi um casal de idosos, dei um sorriso ao ver que a linha dos dois se conectavam, as vezes tem o lado bom de ver as linhas
andei mais um pouquinho até conseguir ver o mercado, me aproximei e abri a porta, acabando por ouvir um sino
levantei os pés para conseguir ter a visão melhor do mercado todo, meu olhar foi diretamente para uma mulher que estava com um carrinho de compras conversando com mais duas pessoas, vi que era minha mãe dei um sorriso de alivio e me aproximei
junto da mesma havia uma mulher e um garoto alto
-mãe?! -chamei a atenção da mesma e dei um sorriso para a mulher e para o menino
-oi filho - a mesma sorrio -eu demorei de novo né?
assenti a olhando
-desculpa, eu conheci essa moça e o filho dela, sabia que ele ta na mesma faculdade que você?
dei um sorriso e olhei para baixo, não podia evitar saber se eles tinham as linhas, a mulher tinha, mas o garoto não, isso era totalmente estranho
-olá - ouvi o mesmo falar e estender a mão
➶➶➶➶➶ continua ➷➷➷➷➷
*gion: bairro em kyoto
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akai ito -{pkjm + jjk}
Teen Fictionpark jimin nunca poderia imaginar um dia ter um dom destes isso é se essa coisa pode-se chamar de dom ja ouviram falar da famosa lenta chinesa akai ito? onde um fio vermelho é ligada ao seu dedo mindinho ou tornozelo, essa linha indica quem é sua al...