𝐏𝐑𝐎́𝐋𝐎𝐆𝐎: 𝐈𝐅 𝐈 𝐃𝐈𝐄 𝐘𝐎𝐔𝐍𝐆

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West Busan Centum Hospital. Busan, South Korea
[1:29AM, setembro, 01]

A correria na emergência começou assim que a ambulância chegou, o alarme estrepitoso ecoando para todos os lados, os enfermeiros olhando curiosos enquanto as portas se abriam, tirando dali, um corpo inconsciente.

O cirurgião, que agora acompanhava uma equipe inteira de enfermeiros e residentes, bradava ordens. Havia muito sangue jorrando da cabeça do rapaz, tornava tudo mais desesperador.

O tique-taque do relógio, parecia mais incômodo que a sirene da ambulância e da viatura que chegou logo em seguida. Cada segundo contava, ou aquele homem em breve, poderia estar morto.
Não se podia saber muito depois que o silêncio pairou na emergência e apenas os murmúrios das recepcionistas e enfermeiros remanescentes restaram.
Quem seria aquele rapaz? E, poderia ele, resistir à morte?

Jeon Jungkook acordou leve e nada cansado, o que era incomum, devido às longas horas de sono que havia tido. Normalmente seus olhos estariam pesados e corpo preguiçoso, mas naquele dia, ele se sentiu revigorado.

Quando sua visão focou no ambiente a sua frente, foi cegado por um clarão que o fez tapar os olhos com o braço e fechá-los novamente com rapidez.

"Eu fechei as cortinas, não fechei?", pensou ele.

"Me lembro nitidamente de ter fechado as cortinas antes de me deitar..." Resmungou ele, em sua mente. "Não... Na verdade, não me lembro de ter ido deitar."

Após nao chegar a nenhuma conclusão, o rapaz apoiou as mãos na cama e me levantou com os olhos semicerrados, todavia, alguma coisa azul atravessou seu peito, assustando-o automaticamente.

O susto o fez cair no chão e arregalar os olhos antes entre-abertos, o que veio em seguida, ainda passa como um borrão em sua mente.

Uma sala de cirurgia, uma equipe de médicos com roupas azuis Royal por cima do uniforme branco, todos concentrados, todos tensos e preocupados. O aparelho cardíaco apitava desesperadamente, e ao seu lado estava um respirador trabalhando arduamente para manter o corpo vivo. O cirurgião, que supostamente era o chefe, ordenava coisas em um tom áspero, aparentemente, estava muito tenso.

Como eu vim parar aqui? Eu passei por dentro daquele cara?

Sua cabeça deveria estar girando de tanta confusão, ele provavelmente teria vomitado se aquilo fosse real e não um sonho ruim, no entanto, Jungkook nunca fora criativo o suficiente para ter sonhos tão realistas.

O jovem levantou-se receoso, as mãos trêmulas, a pulsação de seu coração era alta o suficiente para ecoar em seu cérebro, mas ninguém ali parecia notar sua presença. No chão, Jungkook tomou coragem então de se levantar e olhar por cima da parede de médicos à sua frente e cambaleou para trás assim que o fez. Um grito mudo saiu de sua garganta antes que as lágrimas começassem a molhar sua face.

Era seu corpo na maca.

Jungkook jamais se vira daquele jeito, a cabeça com pontos, o rosto cheio de cicatrizes e vermelhidões, ele nem ousou olhar para baixo e ver o que os médicos faziam com o resto do seu corpo.

Eu não posso morrer.

-- Eu não posso morrer agora. Eu tenho tanto para viver, eu ainda preciso fazer tantas coisas - Aos choramingos, Jungkook arrastou seu corpo esguio até os pés da maca onde seu corpo estava.

-- Onde eu estou? Eu morri? Por que eu morri?! -- Ele se engasgava entre as palavras, mas não as proferia para ninguém, exatamente.

Com o peito dilacerado, Jungkook se perguntava quem havia feito aquilo consigo e também, o porquê de não conseguir resgatar em sua memória uma lembrança do fatídico momento que o deixou naquele estado.

FADING GHOST  › JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora