Lilith.

Prólogo.

100 a.C

Um mundo cinza marcado por guerras por todos os lados, tudo girava na cabeça da Deusa da noite. Sua amada estava sendo apedrejada a sua frente, por sua culpa foi torturada e ela não poderia fazer absolutamente nada...

700 a.C
Uma noite estrelada como tantas que já houveram nesse tempo, nada poderia ser comparado a bela dama que dançava como se sua vida estivesse pronta para um fim imediato, a dona de pernas belas e um sorriso sem fim cantava e girava seu vestido como se nada mais lhe importasse.

- Ela não é para você, retire-se desta terra Lilith.
-Gabriel, quantos anos fazem que não lhe vejo, é assim que diz olá a uma velha amiga?

O sorriso de escárnio no rosto da morena mais baixa era visível para qualquer um, o homem forte e alto a sua frente não lhe assustava. O conhecia a tanto tempo que nem sequer se sentia inferior. Aliás a Deusa da noite era muito mais forte, mas o anjo não poupava esforços para ser visto como um grande homem.

- É ela não é? 
- você tem que esquecer o paraíso, Eva mora nos céus, aquela que você procura já se foi a milhares de anos.
A mais baixa teve a certeza de que a mulher a sua frente se tratava de seu amor maior aquela que seu coração acelera quando vê e se passaram milhares de anos, acreditava que seria diferente ela sempre acreditava.

100 a.C
O choro alto a sua frente lhe trouxe mais uma vez para a realidade turbulenta em que estava, ficará presa por seis mil anos e não viu seu amor crescer como sempre fizerá ao longo das décadas em que a encontrava.

- Lilith, meu amor me salve.
A morena alta clamava por ajuda, por perdão divino e por sua amada que lhe via ser apredejada.

- Vejam senhores como ela clama por Satã, pela sua esposa ela deve ser morta. Joguem seu corpo na vala dos sujos, retirem essa mulher de perto de mim.

Esposa de Satã, odiava este termo era como se sempre estivesse atrás de um homem, primeiro Adão e agora estrela da manhã. Produziu filhos com o Senhor das manhãs mas assim que conheceu a bela moça saiu do submundo para ser feliz mas não durou muito tempo, assim que aquele que é Deus soube que era feliz enviou humanos e lhe amaldiçoou com a vida eterna sem sua amada ao lado, fadada ao fracasso e a tristeza.

Correu até o mundo qual Lúcifer governava e lhe pediu ajuda, uma brecha lhe fez acreditar que lhe fez acreditar que poderia amar novamente Aurora. Reencarnação. Era sua última e única esperança...