Não se sinta mais sozinha

Capítulo Único

Olá! Faz muito tempo que não escrevo fanfic, mas me senti inspirada por Rosmello. Espero que, se alguém chegar a ler isso, que goste e acalme o coraçãozinho sofredor com a leitura. E, se quiser ler coisa boa, procure a AU Rosmello "Entre Caminhos Tortuosos" na arroba da escrittoregelosa, no twitter.

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Dayane estava extremamente ansiosa e inquieta. Tinha acabado de desligar uma ligação com Rosalinda que, nesse instante, estava indo para a sua casa. Depois de tantos desencontros com a italiana, parecia que finalmente iam se acertar. As desculpas que ambas pediram uma para a outra tinham sido sinceras e verdadeiras e ela sinceramente não podia se importar menos com o que tinha acontecido na casa do Grande Fratello. Se tinha uma coisa que iria levar de lá foi o que sentiu de bom. O que tinha magoado ela ia sim deixar para trás. Não havia espaço para aquilo em sua vida mais.

Sua casa estava vazia, pois Sofia estava com o pai, mas pela primeira vez ela não estava com medo do escuro, do silêncio e da solidão, apenas aguardava inquieta. Enquanto isso, Rosalinda também dirigia inquieta. Estava sendo corajosa e completamente sincera consigo mesma naquele momento. Tinha ânsia de estar perto de Dayane, de tocá-la, abraçá-la. Estacionou o carro no endereço correto depois de uma hora dirigindo. Ficou alguns minutos pensando dentro do carro desligado. A brasileira estava em pé, apoiada ao lado da janela quando escutou a campainha tocar. Não demorou para abrir e logo que se viram, Rosalinda se adiantou e, segurando o rosto de Dayane, encaixou seus lábios nos dela, em um selinho demorado. A brasileira ficou um pouco surpresa, mas correspondeu, seu coração errando as batidas. O cheiro e a sensação de ter Rosalinda em seus braços novamente a dominavam e quando se separaram exprimiu sua vontade mais íntima:

"Eu vou te beijar, está bem?" Perguntou, e sabia que a italiana entenderia.

Rosalinda assentiu com um sorriso, não tinha planejado aquilo. Apenas seguiu seu coração ao ver Dayane, então não ia voltar atrás. Ambas precisavam daquele beijo. Passaram muito tempo reprimindo o que sentiam. A brasileira esticou o braço e fechou a porta atrás dela, se aproximando e encurralando-a contra a madeira. Distribuiu beijos pelo rosto e pescoço da italiana, fazendo com que ela fechasse os olhos e suspirasse de saudade. Segurou Rosalinda em seus braços e finalmente a beijou de verdade, sua língua apenas provocando com movimentos calmos. A italiana não estava acostumada, mas gostou da sensação. Era sempre assim com Dayane, ela sempre mudava sua perspectiva e tirava seu fôlego com o novo e o inusitado. Beijaram-se com calma e o cuidado da brasileira aquecia o coração de Rosalinda. Quantas pessoas tinham o privilégio de beijar alguém que as amava tão profundamente? E conseguir perceber esse amor em cada ato? Em cada toque? Segurou o rosto de Dayane e aprofundou um pouco mais o beijo. Quando acabou, permaneceram na mesma posição. As testas coladas, sentindo a presença uma da outra.

"Queria fazer isso por tanto tempo..." Dayane confessou, pensando inevitavelmente na festa de Halloween e na revelação que fez naquela noite.

"Eu sei. Eu também." Disse Rosalinda, fitando os olhos da brasileira. Naquele momento elas se entendiam e se conectavam. Só as duas sabiam o que se passava entre elas.

"Podemos conversar amanhã? Eu não tinha nada preparado e fiquei nervosa quando você disse que vinha, não consegui fazer o jantar." Dayane perguntou. Sabia que precisavam conversar, mas queria ter alguns momentos de paz, livre de qualquer medo com ela. Mereciam aquilo depois de tanto tempo.

"Você ficou nervosa assim?" Rosalinda se surpreendeu, dando um selinho em Dayane. "Tudo bem. Acho que ainda não estamos preparadas para conversar tudo agora. Eu te ajudo com o jantar."

Tudo aconteceu com muita naturalidade. Elas conversavam e brincavam uma com a outra, como costumavam fazer. Rosalinda ficou curiosa e quis conhecer a casa toda, ficando encantada ao descobrir um pouco mais sobre Dayane.