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Ele começou a ficar ansioso por receber mensagens de Anon. Falar com Anon tinha-se tornado parte da sua rotina diária. Sexta-feira á noite chegou e Nino ia levar Alya aos cinemas, então Adrien ficou sozinho a fazer os seus trabalhos de casa de geografia, quando podia ter ficado a fazer coisas normais de adolescentes.

Anon: Queres ver um filme juntos?

Ele largou o lápis, ficou tão chocado que se esqueceu completamente dos trabalhos de casa que estava a fazer e começou a escrever no telefone.

Adrien: Isso quer dizer que te vou ver?

Ele estava tão feliz que começou a calçar os sapatos, mandou mensagem á assistente do seu pai para trazer o carro. Ele ia finalmente conhecer ANon.

Anon: Tecnicamente eu serei apenas uma cara sem nome na multidão de pessoas a ver o filme. Não nos vamos conhecer ainda.

Anon: Uma rapariga tem de manter algum mistério.

Anon: É isso que faz com que voltes sempre pra mais.

Ele parou de atar os sapatos, o coração dele afundou rapidamente.

Adrien: Isso quer dizer que não te vou conhecer?

Anon: Hoje não.

Anon: Além disso, há a possibilidade de te sentares ao meu lado e não o saberes. Ou eu podia estar filas a cima, ou filas a baixo, ou talvez a três lugares de distância.

Anon: Não é intrigante?

Ele tinha de admitir, era de facto intrigante.

Adrien: Então, compro eu as pipocas?

Anon: Oh, isso querias tu

Ele colocou o seu cachecol azul favorito e desceu as escadas. A sua carteira estava no seu bolso juntamente com o telefone. Nem se deu ao trabalho de avisar o seu pai que ia sair, não viu propósito em o fazer. Nathalia não ficou contente, mas de qualquer forma permitiu que ele fossse. Ele ia ver um filme com uma rapariga. Anon. Estava tão feliz que deparou consigo mesmo a olhar pela janela. Anon enviou-lhe uma mensagem com o titulo do filme e uma carinha sorridente. Adrien repetia continuamente para si mesmo que isto não era um encontro, mas o coração dele não conseguia concordar.

O carro deixou-o no cinema e ele acenou ao motorista, tinha-se tornado um hábito recentemente, visto que andava sempre tão contente ultimamente. Estava á porta do cinema, olhando para todas as pessoas que passavam, afinal de contas, Anon estava algures, Anon estava aqui precisamente, este pensamento enchia Adrien de felicidade. Avistou os seus colegas de classe que vinham á premier do filme. Estavam todos cá, por isso Anon provavelmente misturou-se entre eles perfeitamente. Os olhos deles caiam em Marinette, tinha algo diferente vestido, calças escuros, uma blusa clara e um cardigan cinzendo. Tinha um aspecto tão elegante nesta luz, deparou-se consigo a caminhar na direção dela, a sua menina dos sorriso atrapalhado.

Ela estava a olhar pra dentro do cinema e não notou ele a chegar, mas quando notou assustou-se, salando "Oh Olá Adrien!" sorriu ela "É bom ver te aqui" sorriu novamente e ele corou. 

"Sim" disse gaguejando. Ele bateu em si mesmo mentalmente e disse que Anon iria gozar com ele se o visse a atrapalhar-se todo. "Estou a encontrar-me com uma amiga aqui hoje, e tu? E porque estás a espera aqui fora?" questionou, tentando recompor-se.

Marinette suspirou. "A Alya pediu me para vir com ela para me certificar de que ela não fazia nada de estúpido no encontro dela com Nino logo não posso ser vista, e por alguma razão a fila para comprar pipocas onde eles estão é mesmo longa" ela olhou pra baixo antes de voltar a olhar para Adiren, sorriu e voltou a olhar para a janela. "Parece que o Nino e a Alya vão entrar, finalmente!! Já estava a ficar com frio." virou-se para ele e disse "Se a tua amiga não aparecer podes sempre vir te sentar comigo, guardo-te um lugar pelo sim pelo não." Ela cruzou os dedos e entrou no cinema. Adrien ficou na rua por mais 5 minutos, até que a brisa fria de novembro fez com que as suas bochechas ficassem frias e o nariz pingar. Decidiu entrar e comprar o bilhete, procurou então Marinette, afinal, não se queria sentar sozinho. Esperou que Anon não se importasse.

Cumprindo a sua palavra, Marinette guardou-lhe um lugar. Estava umas filas atrás de Alya, quando ele conseguiu chegar lá, com muita dificuldade, e se sentou ao lado dela, foi cumprimentado com um sorriso carinhoso, era um sorriso muito mais bonito do que os que ela oferecia a qualquer pessoa.

Marinette estava a ver os trailers com atenção, ofereceu-lhe bolachas sem sequer olhar pra ele "Trouxe os meus snacks, não me importo de partilhar". sussurou ela. Ele apanhou algumas graciosamente e sorriu-lhe. Ela corou e ele voltou-se para ver o filme. Anon estava na mesma multidão que ele, na mesma sala que ele. Ele estava feliz, genuinamente feliz. Estava a ver um filme com amigos. Alcançou o pacote e a mão dele tocou na da Marinette e ambos coraram. Anon passou pela sua mente por um minuto ou dois. Ir ao cinema com ela não era uma ideia assim tao má afinal de contas.

anon • adrienette PT/BR - @everteaOnde histórias criam vida. Descubra agora