Capítulo 2

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     " E se tudo que você achava conhecer fosse na verdade só a pontinha do iceberg? "

Eu não sei quantas horas se passaram desde quando voltei para o quarto estranho. Também não sei se estou com medo do que está por vir. Uma a uma as meninas foram entrando até que estávamos em quinze. Não demorou muito e veio uma mulher bem alta falar com a gente.

   - Olá meninas. Sou a responsável por vocês.

   - Para onde e pra que estão nos levando?

Olhando pra mim, ela me analisa da cabeça aos pés.

   - Você deve ser a Ayila.

   - Sim.

   - Bom Estamos indo para Ulkan... Vocês foram as escolhidas, dentre 7 bilhões de humanos.

   - Porquê?

Ela olha pra mim e olha em volta.

   - Só ela tem dúvidas?

Todas se olham e uma delas a loira baixinha me olha e responde.

   - Ela está perguntando as mesmas coisas que queremos saber.

Olhando de volta pra mim ela responde.

   - Porque somente vocês têm os genes necessário pra sobreviver lá.

Tentando compreender o que ela falou fico calada pensando.

   - E onde fica Ulkan? Nunca ouvi falar...

Dessa vez foi a moça loira baixinha que perguntou.

   - Hum... Fica a cem milhões de anos luz da terra. É por isso que vocês nunca ouviram falar. Por que vocês ainda não têm tecnologia nem pra ir além de marte imagina pra outro lugar.

Será que é muita loucura achar que estou ouvindo coisas? Por que acho que estou louca e o que essa mulher acabou dizer é que estamos indo pra outro planeta. Então significa que ela é uma extraterrestre? Não eu devo estar louca.

Uma das meninas começou a rir sem parar e dizer.

   - Ok, a pegadinha foi engraçada. Onde estão as câmeras?

   - Isso é comum, vocês terráqueos se acham tão superiores que pensam ser a única raça inteligente em um mundo com bilhões de galáxias... Chega a ser engraçado, quando o máximo que vocês conseguiram até agora é enviar maquinas para outros planetas vizinhos.

A tal responsável, estava brava e o olhar dela para a menina foi tão gelado que a garota parou de rir na hora.

   - Ok, dizemos que você está falando a verdade. Por que estão nos levando? Somos prisioneiras?

Olhando novamente pra mim, sem paciência.

   - O por que eu já disse. Vocês têm os genes que procuramos e por aí vai. E não vocês não são prisioneiras. É por isso que estou aqui. Vim guia-las e ajudar a atender.

Em vez de falar mais ela simplesmente nos chama pra acompanha-la. E nos explica que estamos dentro de uma nave. Isso mesmo que tu leu. E pelo que ela disse essa nave é gigante. Depois de nos levar a uma espécie de lanchonete. Ela nos perguntou se queríamos ir para algum lugar.

- Você pode nos levar para onde controlam a nave?

Ela olha para a loira baixinha intrigada. mas não pergunta nada e só assente. Levamos quase dez minutos pra chegar a tal sala. E ela é incrivelmente gigante e cheia de telas e pessoas. Quer dizer extraterrestres. Quando entramos eles nos encararam com curiosidade. E o que estava sentado em uma cadeira no centro, vem até nós. Ele é estranhamente bonito. Os olhos dele são um verde bem brilhante e o cabelo escuro até o ombro. Pra ser sincera, eles não são verdes e cabeçudos como nos fazem acreditar. Se parecem muito com a gente, com apenas duas diferenças. A altura e os olhos brilhantes.

   - Olá eu sou o comandante Bastian. É um prazer conhecer vocês. E uma honra levar vocês até Ulkan.

   - Você fala como se tivéssemos tido escolha. O que não foi o caso.

"Vocês perceberam que eu tenho a mania de falar sem pensar? Essa mania me leva a muitos problemas, mas não consigo controlar, quando vejo já falei. "

Todos olham pra mim e percebo que eu deveria ter ficado calada. Pois o olhar gelado da nossa "Responsável" me diz que fiz merda.

   - Senhor peço desculpas. Ainda não expliquei como funciona a formalidade pra elas.

Sorrindo e me encarando, ele se vira pra ela.

   - Tudo bem fique tranquila. Enquanto você senhorita?

   - Ayila...

   - Senhorita Ayila, sinto muito pelas circunstancias em que foram trazidas, mas garanto que serão bem tratadas.

Não consegui responder, mas a loira baixinha estava bem sorridente.

   - Senhor comandante...?

   - Sim, senhorita?

   - Olivia.

É impressão minha ou ela está tentando flertar com o cara? Pelo sorriso dela não é impressão não.

   - Sim, senhorita Olivia?

   - Eu gostaria de saber quando vamos chegar a Ulkan?

Pensativo ele demora pra responder.

   - Bom... Pelas minhas contas em nove horas.

Ela não parou de fazer perguntas. Mas estava tão obvio que ela queria chamar a atenção que estava cômico. Porem depois de um tempo bem longo a nossa responsável a cortou nos levando para nosso quarto. Por que segundo ela já era meia noite na terra. 

Eu não acreditei muito em tudo que estava acontecendo e tenho quase certeza que assim que eu acordar isso tudo vai ter sido um sonho bem louco. Não tenho uma mente tão fértil. Mas isso parece loucura demais até pra mim.

   - Ayila acorda. Trouxeram roupas pra gente e parece que estamos chegando.

Acordei com a Olivia me balançando. Quando me sento vejo as roupas que ela falou. Eu queria tanto ter acordado na minha cama de ressaca...

Tinha um cabide com um vestido escrito meu nome. Ele é na cor azul escuro. Na verdade, ele é lindo e super macio e bem leve, parecendo seda. Eu o coloco e me olho no espelho. Ele é tão lindo, é quase magico. Junto com ele tinha alguns acessórios. Uma tiara prateada com uma pedra azul e uma sapatilha azul bem clarinha. 

Depois de se arrumar fomos para a lanchonete comer. Uma hora depois estava sendo anunciado que iriamos aterrissar. Eu não estava nervosa até esse momento. Ainda não está claro o que está reservado para nós. Mas não temos escolha a não ser seguir em frente. 

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⏰ Last updated: Mar 23, 2021 ⏰

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Ulkan - Em busca da VerdadeWhere stories live. Discover now