-016 ᴠᴏᴄᴇs ᴍᴇɴᴛɪʀᴀᴍ ᴘᴀʀᴀ ᴍɪᴍ

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🪐ུ࿆⃟̨ Charli Grace D'Amelio

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🪐ུ࿆⃟̨ Charli Grace D'Amelio

Uma hora. Demorei cerca de uma hora para chegar na casa dos meus pais, mas não por causa da distância, e sim pois eu realmente quis enrolar. Um pedaço de mim estava apreensivo de encará-los depois de tudo que eu soube, mas não podia descartar o fato de ambos serem meus pais. Por isso estou agora, em frente à casa que antes eu dividia com Heidi e Marc, para passar um tempo com eles. Nunca pensei que um dia iria me sentir uma intrusa em um lugar tão conhecido por mim.

Toquei a campainha e, como que se já esperasse, minha mãe abriu a porta abruptamente abraçando-me fortemente.

- Charli, como eu senti sua falta filha. - Sorriu, fazendo-me sorrir forçado. Por enquanto devia fingir que está tudo certo.

- Mãe, nós nos vimos há pouco tempo.

- Não foi tão pouco tempo, assim não Charli Grace D'Amelio. - Brincou pegando minha mala e eu fiz o mesmo com as minhas duas bolsas. Assenti com a cabeça estranhando o fato de papai não ter me recebido ainda.

- Marc saiu para resolver uns problemas do trabalho. - Minha mãe pareceu ter lido meus pensamentos.

- Tudo bem. - Suspirei cansada. - Será que posso deixar minhas coisas em meu antigo quarto e tomar banho antes de conversarmos direito?

- Claro, querida, mas antes de ir me responda uma coisa: Como está indo seu trabalho? - Sabia que ela iria perguntar.

Girei meus calcanhares e me virei em sua direção.

- Normal, porque mãe? - Ela deu de ombros.

- Só fico preocupada com você filha. Desde que decidiu se formar em psiquiatria você sempre dá um jeito de ajudar as pessoas doentes mentalmente, só que neste caso, acho que seu paciente não tem solução. - Arqueei as sobrancelhas, sabendo que ela não queria realmente dizer isso e dei um meio sorriso.

- Meu paciente está progredindo muito bem. - Dei um sorriso forçado. - Se a senhora me der licença eu gostaria de ir ao meu quarto.

Senti que fui mais fria com ela do que pretendia, mas a culpa não é minha se eu havia ficado magoada com eles. Ambos tiveram bastante tempo para me contar sobre o que aconteceu comigo. Chase, Tamora, Cole e Robert foram os culpados pela minha perda de memória, mas os meus pais também têm culpa de não me contarem sobre o traumatismo craniano. Não existe uma explicativa mais razoável para eles não me contarem. Os dois querem esconder isso de mim, mas por quê? Porque eu não mereço saber a verdade? Isso é tudo muito injusto e eu vou tirar a limpo essa história.

(...)

Após duas horas terem se passado, eu pude arrumar minhas coisas no lugar, tomar banho, trocar de roupa e anotar mais algumas coisas sobre Chase. Sim eu ainda faço isso, pois, além de tudo, continuo sendo a psiquiatra dele e continuo com dever de ajudá-lo.

𝑷𝑺𝑰𝑸𝑼𝑰𝑨𝑻𝑹𝑨 𝑫𝑬 𝑼𝑴 𝑨𝑺𝑺𝑨𝑺𝑺𝑰𝑵𝑶 ┊ ᶜʰᵃᶜʰᵃ {✓}Onde histórias criam vida. Descubra agora