• A carta indesejada •

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~Por favor, leiam os avisos no final~

Pela primeira vez em dias, sua noite não foi totalmente conturbada.

E Draco, no momento que acordou, se sentiu completamente culpado por isso.

Em nenhuma realidade possível e existente um sonserino deveria prestar sua confiança e segurança a seu inimigo de anos. Muito menos quando esse sonserino é um Malfoy e esse inimigo é Harry Potter.

Obvio que com toda fama que Potter tinha, ele poderia facilmente tentar passar a perna em Draco. E todos o apoiariam, isso também é obvio. Seu pai faria de tudo para protegê-lo, mas existem poucas coisas que nem o dinheiro pode comprar, e penalizar Potter é uma delas.

Deveria tomar cuidado ao prestar qualquer tipo de confiança ao Cicatriz. Se ele desse abertura, possivelmente teria toda sua atenção roubada, novamente, por Potter. Mas ele estava no quarto ano, se não trabalhasse com o moreno provavelmente acabaria morto.

Ah, seu pai deveria estar se queimando em decepção. Se juntar ao inimigo por um objetivo em comum era inadmissível. Era como se juntar com um trouxa para exterminar sangues-ruins. Sem nexo.

Mas, perder o torneio tribruxo também não o agradaria nada. Então não haveria jeito, Draco teria de compactuar com Potter por um tempo. Ele o evitaria o máximo possível e não perderia a chance de implicar com o eleito. Entretanto, tentaria sobreviver as 3 provas sem ser morto. Porque se ele não entrasse em óbito pelas provas, Potter o mataria.

Ele conseguiria achar um consenso entre o ódio e a vontade de sobreviver. Por Merlin, ele precisava conseguir.

Antes de ele entrar em uma completa crise existencial, algo o lembrou de sua aula, que começaria em meia hora e ele nem havia se trocado ainda.

Bom, esse algo era Blaise Zabini, um sonserino de seu ano.

̶ Malfoy, esta querendo se atrasar para aula? Gostou de brincar de Cinderela ontem?

Provocou o loiro, que mesmo acordado, ainda estava deitado.

̶ Vai se- Que porra é Cinderela? ̶

̶ Você não sabe quem é Cinderela? ̶ riu ̶ Eu não vou te contar isso, amigão, porque você não pergunta para a amiga da sua duplinha, aquela sangue-ruim?

Algum entendimento caiu sobre Draco. Ele já ouvira algo sobre uma princesa trouxa que lavava casas e depois acabou casando-se com um rato falante. Ou algo do tipo. Em suas recordações o nome de tal moça era Arabella, mas Cinderela também não lhe soava péssimo.

̶ Potter não é minha "duplinha". Nós estamos presos em um ato contratual magico, segundo o ministro, não temos escolha. Não enche.

Zabini provavelmente retrucaria o argumento de Malfoy, mas o loiro se levantou e seguiu para o banheiro realizar suas higienes matinais.

Quando Draco se retirou do banheiro, Blaise não estava mais no dormitório. Ele se trocou, arrumou sua gravata que já havia sido anteriormente alisada, amarrou seus tênis sociais recém-comprados e correu para sua próxima aula, que seria DCAT.


Ϟ

As aulas da dada manha já haviam se encerrado. Foram, em sua maioria, classes massivas e entediantes, nada muito inovador. É claro que foi muito engraçado para Draco ver Neville Longbottom transformando uma pedra em um pompom, quando era para tal se tornar um coelho. Mas, sem ser as vergonhas cotidianas de Longbottom, o dia foi comum, até então.

Agora seria o tão esperado almoço. Todos se reuniram no salão para deliciar-se do enorme banquete que Hogwarts os proporciona. Draco estava sentado ao lado dos seus gorilas de estimação, vulgo Crabbe e Goyle. Pansy Parkinson estava em sua frente, e a garota estava "oferecendo seus serviços como acompanhante" para o jovem Malfoy.

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