05. Why Don't you Care?

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Draco Lucius Malfoy - P.O.V

Desde que eu me casei com Harry, tudo começou a ter sentido na minha vida.

Eu nunca tive a presença amorosa na minha vida que realmente se importava com as coisas que aconteciam à minha volta ou como eu lidava com os empecilhos que apareciam.

Claro que eu sempre tive minha mãe para me amparar, mas Narcisa não era de forma alguma, a imagem de mãe acolhedora e receptiva. Minha mãe tinha seu jeito próprio de demonstrar que se preocupava e nenhum deles era o suficiente para uma criança se sentir realmente amada.

Hoje, adulto, eu consigo entender a posição em que a mesma estava durante as épocas sombrias. Então, quando Harry apareceu naquele banheiro, me dando suporte e me ajudando a lidar com Voldemort, eu finalmente vi sentido em minha vida.

Era como se um grande quebra-cabeça estivesse se solucionando sozinho. Eu sempre o admirei e invejei, mas de perto, pela perspectiva de Potter, eu percebi que ele era tão quebrado quanto eu.

Foi de forma natural em que nos encaixamos e nunca lutamos contra essa gravidade que sempre nos puxava em direção ao outro.

Éramos como parte de um todo. E estávamos de bem com isso.

Meu coração batia por ele, assim como o dele por mim. Nossa conexão é tão profunda que apenas com um breve olhar entendemos a complexidade de nossos sentimentos e mesmo assim, isso nunca nos assustou.

Desde que eu me entreguei a Potter, eu nunca senti medo. Porque ele era como um porto-seguro. Uma estadia. A minha casa. De forma totalmente sincera, nunca mentimos um para o outro.

Até mais ou menos 1 ano atrás.

Meu pai era um homem totalmente sádico em que adorava me colocar como centro de tudo. A pressão de ser um Malfoy era tão exorbitante que ele literalmente me quebrou.

Ele acabou com a minha confiança, autoestima e coragem para que assim eu me tornasse um fantoche que faria todas as vontades de Lucius Malfoy.

Logicamente, Harry me ajudou a lidar com tudo isso e hoje sou um homem que não cai mais nas chantagens do próprio pai.

E ele percebeu que algo havia mudado...

1 ano e 15 dias atrás

Andava pelo beco diagonal a fim de ir comprar algumas coisas para o quarto de James. Harry já estava me enchendo o saco que não terminava a pintura do quarto.

Passei por uma banca de jornal e comprei como de costume um exemplar do Profeta Diário, assistindo um grupo de jovens indo animado comprar seus pertences de Hogwarts.

Sorri, nostálgico.

Segui para a lojinha e depois de comprar tudo, fui para o escritório. Eu sou um advogado muito renomado no mundo bruxo, e com isso, os piores casos ficavam comigo. Especialmente, um de Theodore Nott que estava sendo acusado de complô contra o Ministério.

Podiam se passar anos mas eles nunca irão esquecer o que nós fizemos. Nunca confiaram em nada a nós, ex-comensais da morte.

Sentei em minha mesa e abri o exemplar, lendo a notícia de que meu pai havia fugido de Azkaban. Tossi com o café que estava em mãos e respirei fundo.

Uma sensação ruim se apoderou de todas as fibras do meu ser e eu precisei de muita concentração para discernir a dor que estava sentindo.

Era forte. Muito forte.

— Draco — ordenou uma voz muito poderosa no meu cérebro e eu soltei um grito de dor.

Minha nuca queimava. Merlin. Estava quase enviando um patrono a Harry quando a voz continuou:

Why? | DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora