Capítulo 01

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Pov Luiza*

Provavelmente deve estar nevando lá fora, isso deve explicar o aquecedor  da casa ligado.

Se bem que isso não faz diferença, meu quarto sempre vai estar gelado.

Pelo menos pra mim.

Acho que já está de noite, consigo escutar barulhos dos grilos. Não vou negar, o som me irrita, só me faz perceber que ainda estou viva.

O teto contínua a mesma merda sem graça, eu estou no escuro, em todos os sentidos possíveis, e nem sei se quero sair dele.

•Vânia: filha?

Isso me irrita também, ela sabe que a porta sempre está aberta. E sabe que eu sempre vou esta dentro do meu quarto, pra que bater?

•Luiza: você sabe que a porta sempre ta aberta - respondo mais não queria responder.

•Vânia: a janta ta pronta, estamos esperando lá embaixo - ela sorri.

E eu queria fazer o mesmo.

•Luiza: eu ja desço.

Eu não vou descer, mais ela acreditou nas minhas palavras

Não tenho fome a um bom tempo, o que como mal para no estômago. Não consigo dormir, as cenas daquela noite viraram meus piores pesadelos. Eu queria poder sorrir novamente, talvez voltar a ser uma adolescente normal...

É, isso seria bom.

Voltar a ser uma adolescente normal.

Mas eu não consigo.

"Eu preciso de alguém que me tire desse poço sem fundo"

Porque eu não consigo sair?

Porque eu não tenho mais forças? É talvez seja isso.

Eu não tenho ideia de quanto tempo não saio do quarto.

Acho que a última vez que sai foi semana passada, ou mais, não sei.

Não sei que minuto isso começou, mas sinto minha bochecha molhada.

Eu estou estou chorando de novo, lágrimas e mais lágrimas. Inferno, esses pensamentos idiotas.

Toc toc toc.

Ótimo de novo, eu ja disse que não prescisa bater. Talvez eu deva colocar  um aviso na porta.

"Não bata, eu vou estar aqui do mesmo jeito"

Não respondi, não deu tempo, a porta ja foi aberta. Mas uma vez minha mãe, acho que fiquei muito tempo aqui.

•Vânia: nós temos visitas! - ela fala feliz.

Nos acabamos de nos mudar,não é possível termos visitas.

•Vânia: nossos vizinhos vieram nos dar boas vindas, não te chamaria pra descer se não fosse importante. Sei que não quer descer pra nada - ela diz fria, seu olhar transmitia frieza.

Isso já não dói mais.

E a mudança de face ja eram normais.

Contínua...

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