RICTUSEMPRA | Draco Malfoy nunca foi de se rebelar contra as políticas e ensinamentos de seus pais supremacistas, mas ao se ver com a guitarra em suas mãos, ele não conseguia se controlar. Também não conseguia controlar seus pensamentos nem o modo c...
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– Alguém pode chamar o Malfoy? Tô com saudade de ter alguém pra xingar.
– Tá com saudade dele, isso sim. – Neville brincou, sendo atingido por uma caixa de sapos de chocolate vazio enquanto ria junto a Luna. – Se algum de nós for, ele não vai acreditar. E ainda vai fingir que não nos conhece.
Black deu de ombros, desistindo da ideia de ir até algumas cabines a frente e chamar o garoto. Teria que levantar, e pra ela isso já era esforço demais.
– Oi, idiotas. – cumprimentou Malfoy, abrindo a porta da cabine animado, parecendo ler a mente dos colegas. Seu sorriso sumiu no exato momento em que viu Black deitada no banco, com a cabeça apoiada ao colo de Teddy. – Vocês.. estão bem?
– Iam chamar você agora, na verdade.. – respondeu o dono de cabelos azuis, de olhos fechados e com a cabeça apoiada ao encosto do assento. – Não quer sentar?
Draco coincidentemente teria ido lá nessa mesma intenção, mas parecia ter mudado de ideia de repente.
– Não, brigado. Já tenho outra cabine.. Só vim ver se vocês precisam de alguma coisa.
Black pegou um dos pacotes ainda cheios de sapo de chocolate, o estendendo na direção de Malfoy, finalmente abrindo os olhos e fitando o garoto. Viu o rosto incomodado de Draco fitando Teddy, sem entender o motivo daquilo.
– Senta aí logo, Taylor Swift. – ordenou ela, puxando os pés para perto e abrindo um espaço. Quando ele sentou, a garota jogou seus pés em cima do colo do mesmo e o viu sorrir fraco. – Sem marshmallows por enquanto, o contrabando é meio lento.. Então, alguma fofoca pra nós?
– Como se eu fosse fofoqueiro..
– Aposto quinze galeões que você estava na sua cabine pegando informações com seu melhor amigo, Zabini, e que agora veio aqui espalhar pros seus traidores do sangue favoritos.
Draco se calou, tentando evitar outro sorriso. Viu Teddy finalmente abrir os olhos, o fitando como se o analisasse e, repentinamente, se lembrou do porquê tinha negado de ficar ali. Se esquecera que a garota que gostava estava a todos amores com outro garoto que não era ele. E aquilo era demais pra Draco.
Não sentia ciúmes de ninguém. Ciúmes era coisa de idiotas. Draco nem costumava gostar de alguém que não fosse dele mesmo. Eram coisas demais acontecendo ao mesmo tempo, e sua cabeça não funcionava em seu estado normal.
