Concorrência

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Adrien estava triste.

Já fazia uma semana que Marinette não o respondia. Ele começou a pensar em vários motivos para isso. Talvez, ele tenha dito algo para ela ou ela podia ter dito que não queria ficar perto dele, quando esteve ali com ele. O loiro não lembrava das coisas muito bem e o fato de que ele estava dopado podia ter feito ele esquecer um dos momentos.

Por que ela estava se afastando dele, afinal? Os dois pareciam tão próximos no dia do aniversário dele.

— E aí, molecão? — disse Plagg, adentrando o quarto do sobrinho. — Tá a fim de bater uma bolinha? Chamei uns amigos.

— Não... — respondeu, com os olhos focados no teto.

— Que humor é esse? Aconteceu alguma coisa? — questionou, aproximando-se.

— Acho que a Marinette me odeia... Talvez, eu tenha dito algo, quando estava dopado. Eu não consigo me lembrar. Você me confirmou que ela esteve aqui... E esta cesta é a prova — falou, pegando a cesta vazia. Ele havia comido todos os doces.

— Sim... Ela veio e passou um tempo com você. Eu não sei o que vocês fizeram, mas se você lembra de alguma coisa...

— Eu lembro do beijo... Mas não sei se foi real ou só um sonho — falou baixinho, tentando raciocinar a informação.

— Você disse beijo?

— Ela me... beijou? — disse, com um tom entre certeza e dúvida. Foi uma afirmação confusa.

— Beijou ou não beijou?

— Eu lembro! Se foi de verdade, deve ser por isso que ela está se afastando de mim. Ela não quer um relacionamento.

— É melhor dar um tempo pra ela pensar... Você acha que ela gosta de você?

— Eu senti a conexão que você sempre me falou e eu nunca acreditei... Ela quis me beijar e foi ela quem me beijou...

— Eu acho que ela está confusa com as atitudes que tomou, assim como você esteve. Durante quase toda a vida dela, mesmo que não tenha sido tão longa, ela acreditou que não seria como todos. Então, de repente, você aparece em seu cavalo branco e mostra que aquele pensamento não passava disso, um pensamento.

— Do jeito que você narrou, parece que estamos em um conto de fadas.

— Quase isso.

Adrien pensou um pouco.

— Então, é só esperar — concluiu.

Plagg assentiu e levantou, chamando-o para irem jogar no campo.

— Mas e se ela me responder, enquanto eu estiver fora? — disse, pegando o celular.

— Você responde quando chegar.

— E se ela mudar de ideia e apagar a mensagem?

— Vamos logo! — Puxou o sobrinho pelo braço, com delicadeza, para não machucá-lo.

De moto, os dois foram até a quadra onde jogavam. Chegando lá, Adrien desceu para encontrar os colegas de jogo e deixou seu tio estacionar a moto. Depois, o mais velho também foi para lá.

— Contra quem vamos jogar? — perguntou para Samuel, um dos colegas.

— Time feminino.

— Mas pode isso? — Adrien questionou.

— Não é um jogo oficial... E elas nos desafiaram. 

— Entendi... E onde elas estão?

O amigo apontou para a arquibancada. Adrien olhou, semicerrando os olhos por causa do sol. Não conseguiu enxergar direito, mas deu pra perceber que era um time. Desviou o olhar um pouco mais para o lado e viu seu tio se aproximar.

Niece & Nephew [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora