As três da madrugada.

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Stiles quase caiu pra trás ao sair do avião, o ar poluído de Nova York quase lhe mata, não que Beacon Hills fosse o ar mais puro existente, mas porra! Que ar pesado e difícil de respirar! Agora entendia os personagens de cidade pequena de sua tão amada e preciosa literatura, está bem nítido que eles não estavam exagerado, ok, talvez ele estaja sendo um pouco dramático, mas qual é! Ninguém merece!

Por que seus parentes não podem ser uma família unida e morar na mesma cidade? Facilitaria tanto essa questão de ações de graça, de natal e ano novo. Seria tão mais prático, muito melhor do que ficar viajando de um lugar para o outro nos finais de ano somente para comer aquele arroz com uva passa de sua tia Amélia, aquilo era uma blasfêmia com o pobre arroz!

Ninguém tinha esse direito de maltratar o arroz desse jeito, onde já se viu, colocar uva passa no arroz... Esses velhos que inventam cada coisa.

Depois ainda acham ruim de os jovens ficarem revoltados, aí eles culpam a internet, o videogame, o computador, o celular, mas nunca a droga do arroz com uva passa....

Espera, por que diabos ele ainda está se debatendo contra o assunto de arroz com uva passa? Mas que diabos! Ele nem se lembra se tomou seu Adderall.

Stiles correu de modo ansioso em meio as pessoas, esbarrando nelas sem se importar com aquilo, ele se viu parado em frente a esteira pegando suas cinco malas de mão e andou até um carrinho que estava ali perto empilhando suas malas ali. Stiles empurrou o carrinho para o lado de fora e sinalizou para um táxis que logo parou em frente à ele e o taxista lhe ajudou a colocar as malas no porta-malas.

— Qual seu destino? — O taxista; Fernando Juárez, como dizia em sua camiseta, questionou e Stiles bateu em seus bolsos caçando seu celular e logo mostrou ao homem.

— Centro, Rua Domínguez, apartamento Chances. — Stiles o respondeu revirando os olhos quando percebeu que o homem não prestava atenção em sua mão estendida, e sim em uma mulher que passava por ali.

— Ah, certo. — O homem falou envergonhado ao perceber o revirar de olhos do castanho.

Stiles entrou no táxis ao ver o taxista dar a volta no carro e entrar no lado do motorista dando partida no carro sem colocar o cinto.

Stiles engoliu em seco quando o homem acelerou e o celular do mesmo começou a tocar. Assim que o cara atendeu, ele começou a gritar no telefone com alguém enquanto falava espanhol e xingava alguns motoristas, ele acendeu um cigarro dentro do carro e Stiles se encolheu no próprio banco, segurando com força no cinto de segurança, enquanto via o homem fazer algumas manobras que ele julgava ser impossível ao seus meros olhos mortais enquanto xingava, a viagem seria tensa e Stiles não estava preparado para aquilo.

Já estava começando a se arrepender.

(...)

Assim que o carro parou bruscamente em frente ao apartamento de sua prima no Centro de New York, Stiles pulou para fora do táxi pronto para vomitar, ele sentiu a bílis subir e descer em questão de segundos, respirou fundo algumas vezes e viu o homem dar a volta no carro amarelo e retirar suas malas do porta-malas.

Stiles retirou de sua carreira com suas mãos trêmulas duas notas de 100 dólares e entregou ao homem enquanto tentava controlar a bílis em sua garganta.

— Quer que eu ajude com as malas? — Fernando questionou e Stiles negou com a cabaça rapidamente tentando dizer alguma coisa, mas, sua voz se prendeu na garganta e o único som que emitiu foi um assobio estrangulado.

— O-obrigado. — Stiles conseguiu expulsar a voz de sua boca e com a ajuda do homem levou as malas ao menos até a entrada do prédio.

— Disponha, quando precisar, me ligue. — Fernando respondeu lhe entrando seu cartão e Stiles forçou um sorriso constrangido.

— Claro. — Stiles disse e tocou na campainha do número do apartamento lhe fornecido.

— Quem é? — A voz feminina um tanto desconhecida atendeu o interfone e Stiles franziu o cenho ao não reconhecer aquela voz.

— É do apartamento da Layla Spencer? — Stiles questionou confuso vendo o motorista do táxi entrar no carro e sair dali em uma velocidade altamente perigosa para qualquer ser humano vivo.

— Não, ela é a vizinha do apartamento 309b. — A garota respondeu e Stiles suspirou olhando no papel, aquilo era um nove? Parecia um dois.

— Desculpe, apertei o botão errado. — Stiles respondeu envergonhado, a letra de seu pai daria uma inveja das grandes nos médicos de todo o mundo.

— Disponha. — Respondeu a garota e desligou. Stiles suspirou e apertou o botão do apartamento 309b e demorou cerca de uns 5 minutos para alguém atender.

— Quem é o ser humano louco para morrer, que está me ligando as 3 da madrugada? — A voz irritadissa questionou através do interfone e Stiles franziu o cenho olhando em volta, quase sendo frito pelo sol das três da tarde em New York.

— Não sei se percebeu, mas, já é três da tarde e o ser humano é o seu querido e amado primo. — Stiles respondeu e ouviu um baque de algo caindo.

— Puta que pariu, eu tô atrasada! Eu vou morrer, tio Noah vai me matar e me esfolar viva! —Layla exclamou ao longe do interfone e Stiles pode perceber a movimentação atrapalhada de sua prima. — Porra! Cacete, meu dedinho! Quem diabos colocou essa porra de mesinha de centro no meio da sala? — Gritou furiosa e Stiles se segurou para não rir.

— Layla? — Stiles chamou e ouviu outra movimentação dentro do apartamento, e logo um baque surdo foi ouvido fazendo Stiles fazer uma careta, imaginando a dor de sua prima estabanada, ao imaginar a provável queda que ela havia levado.

— Aí… — Layla resmungou caída no chão com a calça que estava tentando vestir no meio de suas pernas e a cara grudada no chão.

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⏰ Última atualização: Jul 03, 2023 ⏰

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