🍷:: Demorei? Demorei, mas nem eu 'tô acreditando que eu não dropei essa fic. Muito obrigado @ju_jubinx pela betagem e @HttpsMel pela revisão.
🍷:: Uma coisa que eu esqueci de mencionar no capítulo anterior é que eu fiz uma playlist pra essa fic. 'Tá uma salada mista de músicas aleatórias e fora da ordem dos acontecimentos, mas eu gostei do resultado.
https://open.spotify.com/playlist/10oJjd9KuedJvnIHOtedXc?si=bd6207fbb2c841f1
🍷:: Aviso importante, neste capítulo há falas preconceituosas por parte de alguns personagens, se você é sensível a esse tipo de linguagem, não recomendo a leitura. Também há uma parte em que eu usei palavras típicas do meu querido país Minas Gerais. XD
Quando Jeongguk desceu do avião e entrou num táxi, vidrado nas janelas luminosas e nos barulhos da cidade montanhosa, ele não percebeu o que acontecia. No banco do passageiro, falando ao telefone num inglês impecável, o pai da família Jeon estava ocupado demais xingando um funcionário para perceber a interação dos dois filhos. Há quatro quebra-molas atrás seu cérebro já havia aprendido a ignorar todos os "A gente já chegou? A gente já chegou? A gente já chegou?" do mais novo..
Com a ajuda de muitos remédios, a mãe já havia capotado e estava no terceiro sono. E quando o irmão mais velho se sentiu cansado de ter que aguentar a hiperatividade do catarrento mais novo, desviou preguiçosamente os olhos do celular.
"Estamos bem longe de chegar." Ergueu as sobrancelhas, vendo a manha infantil surgir nos lábios alheios, se movendo lentamente no estofado enquanto coçava os cabelos perfeitamente alinhados. "Pra falar a verdade, você nem vai."
E Jeongguk só foi entender o significado daquelas palavras quando chegaram numa casa amarela, que apesar de confortável, fazia com que a pequena criança de 9 anos duvidasse de que aquele estabelecimento fosse um hotel. E duvidou ainda mais quando recebeu um beijo estalado de uma velhinha. Assustado, correu pela porta e se escondeu atrás de uma samambaia para examinar aquela figura rechonchuda adornada por um vestido de bolinhas.
Sua mãe, que recém havia acordado, cobria o próprio corpo com o casaco fino enquanto conversava com a senhora de cabelos brancos. Brancos, curtos e macios, como os que a criança acariciava ao lado da planta.
"Não precisa se preocupar, minha filha. E não é nenhum incômodo passar um tempo com o meu netinho, ele até já fez amizade com o Artesanato!"
"Artesanato?" Jeongguk sussurrou para a bola de pelos ao seu lado. "Esse é o seu nome?" O gato miou em desgosto. "Que coisa estranha... combina com você, bichano." Então decidiu sair do esconderijo, puxando o vestido da suposta avó até que todos os olhares se fixaram nele.
"Senhora, posso ir ao banheiro?" perguntou numa intimidade repentina. Seu pai já havia encerrado a conversa com o estrangeiro e chegava com malas coloridas, que eram postas no sofá encapado por um tecido enrugado.
"Claro que pode, meu bem. Mas pede bença a seus pais antes de ir." E a velha sumiu para dentro da casa, acendendo uma luz no corredor onde ficava o banheiro, deixando o neto encarando a família sem saber o que fazer. O que diabos significava aquilo? De certo, o sotaque dificultava o entendimento, mas não parecia ser algo bom ao que seu irmão lhe lançou um olhar ameaçador.
Cansado de interagir com aquele adolescente chato durante a viagem inteira, ele mostra a língua e grita: "ABENÇA!!!" antes de sair correndo para dentro da casa estranha.
[...]
"Em suma, se quisermos que a empresa tenha lucros maiores daqui há alguns anos sem a mínima possibilidade de falência, precisamos mudar a nossa abordagem ao cliente urgentemente." Uma tosse soou pela sala, e Jeongguk parou de riscar círculos em seu bloquinho, onde deveria estar anotando os pontos importantes da reunião.
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Amores líquidos e outros drinques | namkook
FanficJeongguk têm lembranças de estar apaixonado pelo cara mais popular da escola desde que se entende por gente. Das brincadeiras no parquinho até os simulados do ensino médio, ele sempre acreditou que Kim Namjoon era especial, mas crença nenhuma import...