Meeting Lauren Jauregui.

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Sinto minha cabeça latejar, vou me apoiando com os cotovelos onde estou deitada, me levantando devagar, gostaria de estar num lugar macio, na cama pra ser exata, mas é absolutamente ao contrario o que sinto, algumas pedrinhas me machucam conforme eu forço meus cotovelos pra me levantar, estou no meio fio de uma rua qualquer, de novo. Depois de alguns segundos sentada na calçada, forço os olhos e tento abri-los, a dor de cabeça está quase me matando, mais forte do que nunca, maldita ressaca. Minhas mãos vão até minha cabeça, forço-me a lembrar onde estava ontem a noite, mas nada me vem a cabeça. Sorrio fracamente pois pessoas passam por mim me olhando com desprezo, mal elas sabem que certamente ontem a noite foi do cacete, e elas nunca iriam saber pois viviam suas vidas tediosas sem um pingo do que eu chamo de diversão.

Olho ao meu redor, tudo o que vejo é casas enormes, mansões pra ser exata, cada uma com estrutura ou pinturas diferentes, olho mais para o lado direito e vejo uma casa com o gramado lotado de copos vermelhos, algumas pessoas jogadas totalmente sem consciência e me lembro, casa de Stephan, o menino mais conhecido de de Oxford, escola onde estudo que é considerada a mais precária em quesito educação e tudo o que uma escola normal deveria ter, Stephan é conhecido assim pois tem dinheiro suficiente pra entrar em Kings College, escola mais cara de Nova York, mas ele não aceita estudar lá, bom, eu faria o mesmo. Ele tem uma mansão na rua Beacon Hills, onde se estabiliza as pessoas mais ricas da cidade, e então toda vez que ele pega seus pais transando na piscina, ele da uma festa de arromba, coisa que é toda sexta e domingo.

Foi então de lá que eu sai, sorri novamente pra mim mesma, fui lembrando vagamente de algumas cenas da festa, bebidas à vontade, o cheiro exalando de maconha pela casa toda, gritos e risadas, musica extremamente alta e pessoas se pegando em todos os lugares possíveis. Sinto uma dor leve na minha veia do braço esquerdo, passo minha mão por cima e me lembro a causa de ter um ponto vermelho ali, injetei heroína pura na minha veia, deve ser por isso de eu não me lembrar de 1/3 da festa direito.

Retomo devagar a realidade, procuro meu celular desesperadamente, creio que seja a hora de eu estar na escola, fazendo a minha recuperação de química, coisa que não estudei e nem quero, mas minha mãe estará lá presente na escola, e eu não quero ouvir um sermão essa hora da matina. Finalmente acho ele no meu bolso de trás do meu short cintura alta, dou uma olhada rápida na tela e percebo que quebrei, provavelmente por eu ter caído encima dele, não ligo muito pra isso pois não é a primeira vez que isso acontece, desbloqueio e disco o número. Chama uma, chama duas, Julian atende.

-LAUREN! Porr.. -Ouço um barulho de algo caindo, dou risada, Julian sempre desastrado- ONDE VOCÊ TA?

-Bom dia pra você também, olhos azuis. -Era assim que eu chamava meu melhor amigo.- Preciso da sua ajuda, vem me buscar, minha mãe vai estar na escola e.. -Dou uma olhada rápida pro celular pra conferir as horas, 6h30, tenho aula daqui 30 minutos, porra.- EU TO NA BEACON HILLS PELO AMOR VEM LOGO.

-To indo, ahm, chego em 5 minutos. -Ele desliga, provavelmente estava dormindo mas quando o assunto sou eu, ele sempre está disposto.

Não é querendo me gabar, mas Julian me colocava num pedestal, fazia isso há 3 anos, e desde então toda sexta-feira quando ele está bebado, ou como costumo dizer, quando está mais sincero, ele faz declarações de amor enormes, e tudo o que consigo fazer é corar e dizer "Julian, eu te amo como meu melhor amigo" isso o machuca, mas doeria mais se eu o iludisse, Julian é a unica pessoa do mundo que esteve perto de mim e eu não fiz nenhum mal. Conheci ele quando tinha 14 anos, numa festa na casa de Stephan, é claro, eu havia acabado de entrar no ensino médio e foi a minha primeira festa de verdade e desde então nunca mais parei, e não digo que isso me fez bem, foi totalmente ao contrário. Julian é o galã de Kings College, ganhou prêmio de melhor aluno da escola inteira, e o jogador numero 1 de futebol americano, orgulho de seus pais Paul e Marzia, e seria um namorado exemplar também mas ele não desiste de mim, com todos os foras de 3 anos, ele definitivamente não merece um lixo como eu.

Me levantei do chão que ali me encontrava, limpei a sujeira da roupa e olhei o moletom que eu vestia, da onde diabos saiu isso? Devo ter pego de um menino qualquer, sinto que não estou nem de sutiã por baixo, devo ter feito algum serviço em troca de um pouco de cocaína na festa, que nojo Lauren, a pessoa que você se tornou é um desprezo. Esse pensamento vem a minha cabeça e logo trato de tirar, eu não ligo pra pessoa que me tornei.

Uma buzina tira minha concentração de meus pensamentos, Julian me olha com nervosismo

-VAMOS LAUREN, 15 minutos pra suas aulas começarem, por Deus vem logo.

Vou correndo até seu carro, abro a porta de carona e me aconchego naquele banco de couro de sua Lamborghini, dou um sorriso largo e logo ele gira a chave do carro acelerando e me fazendo ir pra trás, ele parecia mais preocupado com a minha escola do que eu mesma, na verdade ele realmente era.

-Onde você estava? Você estudou pra prova? Sua mãe vai te matar.. Ah eu quero te matar por ter feito eu morrer de preocupação te mandando várias mensagens de texto de noite até de madrugada e você não respondia.

-A festa de ontem foi do cacete. -Sorri jogando minha cabeça pra trás, fechando os olhos e logo em seguida mordendo meu lábio inferior

-É isso o que tem à me dizer? Olha, eu quero explicações mas mais tarde conversamos, já estamos quase chegando na sua escola, daqui 1 hora entro na Kings e olha pra mim, estou todo desarrumado. -Disse Julian dando uma olhada pro retrovisor.

-Ta lindo, porra. Não seja tão gay. -Revirei os olhos.
Quando percebi chegamos na frente de Oxford, vi os alunos entrando em grupos ou agarrados com seus namorados e namoradas, vi Estela escorada na parede, fumando seu cigarro do mais barato, com suas calças skinny jeans rasgada no joelho, sua camiseta do pink floyd e sua maquiagem inseparável, deliniador preto com seu rímel preto. Saio do carro prometendo que mais tarde falarei com Julian direito onde eu estava, mesmo eu não estando com nem um pouco de paciência pra isso, por Deus, ele parecia um pai rigoroso as vezes. Mando um beijo de longe para Julian que parte direto pra sua casa, provavelmente indo se arrumar pra escola dele que é daqui exatamente 1 hora.

Me aproximo de Estela, tiro o cigarro de sua boca e lhe dou um longo beijo, ela sorri após eu me afastar dela.

-Tenho que entrar, minha mãe está ai.

-Eu sei, vi ela entrando e me olhando com cara de desprezo -Riu.- Por que ela está ai?

-Meu professor de Química convocou ela, depois de milhares de provas que eu não fui, ele se cansou de minha ausência e chamou ela. -Bufei, revirando os olhos.

-Melhor você ir então, vou ficar aqui mais um pouco.

Dei um selinho rápido nela e entrei, Estela era minha amiga desde o ensino fundamental, ela foi a primeira a me apresentar a uma festa e desde então minha mãe à odeia. Eu transo com ela de vez em quando, quando não tenho nada pra fazer e nem ela, nunca senti prazer mas fazia aquilo porque ela gostava, ela sentia o que eu gostaria de sentir também, mas em 17 anos nunca ninguém fez meu corpo nem ao menos esquentar.

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