Cap XI - Roubo - Parte final

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Voltei cedo dessa vez. Me sigam nas redes é importante pra mim.

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"Em todo casamento que durou mais de uma semana existem motivos para o divórcio. A chave consiste em encontrar sempre motivos para o casamento." - Robert Andersen


Alexandra Woods Griffin point of view

Daiane entrou em minha sala e naquele dia ela estava especialmente bem arrumada, sua sai tinha um tom esverdeado, com linhas xadrez brancas, sua pele combinava com aquele tom. Sua mão trazia consigo uma garrafa de vinho seco de uma marca que eu particularmente amava, em seu antebraço sua camisa branca mantinha-se arregaçada. Ela logo serviu uma taça para si e outra pra mim e começou a desbotar lentamente a pasta sob a mesa, retirando dela um amontoado de contratos para revermos. Teríamos a plena certeza de quem vinha realizando as retiradas ilícitas quando cruzássemos os números dos relatórios com nosso banco de retirada. Inconscientemente meus olhos pararam sob seu rosto e passei a admira-la, logo ela me encarou de volta. Eu sabia que não era certo, mas era inevitável. Fechei meus olhos por um segundo e senti suas mãos passeando por meu corpo, seus lábios escorregando sob meu tórax, e parando onde tanto queria. Como se não fosse suficiente minha calcinha logo estava sendo retirada, então em um lapso de memória Clarke estava me chupando com vontade.

_Senhora? – Me chamou sentada sob sua cadeira enfrente a minha mesa.

Respirei fundo aliviada quando vi que era minha mente fértil me pregando peças. Imediatamente um sentimento de culpa enorme recaiu com força sob meus ombros e eu desejei mais que tudo estar em casa.

_ Me desculpe Diana, não podemos continuar por hoje. Preciso ir para casa, para minha mulher.

Ela pareceu surpresa, mas logo começou a recolher os papeis sob a mesa.

_Senhora eu termino isso na minha mesa. Não se preocupe, sua esposa já deve estar preocupada.

Eu assenti e logo virei a taça de vinho até a ultima gota. Comecei a arrumar minhas pastas e pegar minha bolsa, logo o elevador se abriu revelando-se totalmente vazio. Era impossível não sentir algum tipo de remorso por pensar em outra mulher daquela maneira, e mesmo que eu dirigisse pela cidade toda, nada acalmava meus pensamentos. Cerca de uma hora depois de dar voltas pela cidade estacionei o carro na rua. Imediatamente franzi o cenho preocupada pois um sedan prata estava estacionado na porta. Quando entrei em casa somente a luz do escritório de Clarke estava acesa, conferi o horário e se passavam dar 1:20 da madrugada. Quando coloquei a mão na maçaneta sabia que algo estava errado. Eu não queria abrir pois sabia exatamente o que acontecia ali, uma sensação esmagadora de angustia e dor me dominou e quando finalmente abri a porta, não podia acreditar no que meus olhos estavam vendo.

Clarke Griffin Woods ponto of view

Já sentiu como se o mundo desabasse sob seus ombros? Quando Bellamy estacionou em frente de casa imediatamente senti uma sensação terrível, como um mal pressentimento. Ele não precisou dizer uma palavra antes que o mandasse embora. Depois de três tentativas ele finalmente suspirou e disparou sem rodeios.

_Eu sei quem está roubando sua empresa.

Eu congelei. Então entramos em meu escritório pois não parecia adequado conversar na porta onde qualquer vizinho poderia ouvir. Quando entramos Bellamy me contou tudo que sabia, quando terminamos de repassar alguns relatórios e conferir se tínhamos provas o suficiente supliquei para que ele fosse embora antes de Lexa chegar.

-Clarke, eu preciso te confessar uma coisa, não posso mais guardar isso para mim. Eu estava diretamente envolvido nisso, mas eu fiz por amor. Eu pensei que se tirasse Lexa da jogada, você iria perceber que ainda me ama.

Eu queria reagir, mas não consegui, até sentir suas mãos possessivas em minha cintura, meu estomago revirou assim que seus lábios me forçaram a beija-lo. Quando me dei conta estalei um tapa em seu rosto, sentindo meu corpo ferver de ódio. Como ele podia fazer isso quando acabará de mencionar minha esposa. Olhei para a porta só para ter certeza de quem encontraria ali. Havia ouvido o ronco do motor de Lexa estacionar minutos antes. Era irônico pois a história se repetia, mas quem estava no lugar dela era eu. Alexandra não disse nada, não deu um show, simplesmente uma gota solitária escorreu em seu rosto.

_Lexa não é nada disso.

_EU VI PORRA. EU NÃO PENSEI EU ESTOU VENDO.

Eu estremeci, provavelmente foi a primeira vez que a vi gritar desde nosso casamento. Automaticamente meus ombros encolheram e me desesperei tanto que não conseguia dizer nada. Lexa abriu passagem para Bellamy sair e ao contraio do que pensei não bateu nele, nem se quer lhe direcionou o olhar. Ela tinha seu olhar decepcionado todo pra mim.

Quando ficamos sozinha tentei falar, tentei dizer, mas eu simplesmente estava imersa a situação. Eu pedi a todos os seres divinos que não deixassem que ela fosse embora. Que pudéssemos conversar. Mas ela abriu uma garrafa de whisky e quando fiz menção de falar novamente, ergueu sua mão em um gesto silencioso para que eu continuasse quieta.

_Arrume uma mala de roupas para mim, esta noite vou dormir no sofá. Vou para meu apartamento bem cedo amanhã. Te envio um pedido de demissão formal, e por favor me de meu espaço. Não me procure. – Sua voz saiu fria, gélida, cortavam cada centímetro do meu peito, e a dor física se espalhava por meu corpo.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa Lexa levou consigo a garrafa, eu sabia que ela iria dirigir. O que me deixou ainda mais preocupada. Sem que eu pudesse ao menos dizer qualquer coisa, ela se foi e eu temi que isso fosse a ponta do iceberg afundando o mar de rosas que vivíamos. Quando me dei conta do que significava ela pedir demissão da empresa, finalmente soltei as lagrimas que teimavam em cair. Eu sabia que a próxima coisa que assinaria seria nosso divórcio.

[...]

No dia seguinte quando Lexa chegou ela estava bêbada, pegou sua mala e me mandou ir a merda como se nada que eu dissesse a faria mudar de ideia. Eu queria acreditar que era pela bebida, mas sabia que a atitude seria igual com ela sóbria. Quando desci para meu escritório com um cigarro em mão vi sob a mesa um papel assinado, era sua demissão. Ao lado dele uma moção de separação totais de bens, não estava assinada, mas eu sabia o que significava. Como não poderia fazer muito mais que esperar, até que ela se acalmasse, me afundei em trabalho e em provar que Lexa sempre esteve certa. Enviei ao conselho um e-mail exigindo formalmente a abertura de uma investigação na Griffins, eu não sabia o que iria acontecer de agora em diante. Mas eu tinha certeza que mais importante que qualquer coisa era trazer Lexa de volta para casa. 

Parceria Infalível - 2ª Temporada - Clexa AUWhere stories live. Discover now