Parceria Infalível - 2ª Temporada - Clexa AU

Cap XIII - Divisões

Clarke Woods Griffins pont of view

Lexa me dava nos nervos, era horrível não poder odiá-la. Eu o faria com certeza. Depois do meu estado de psicose com leves tons de ciúme, eu não sabia onde colocar minha cabeça, aliás eu sabia onde eu queria colocar. Mas de longe não deveria. A ideia de esperá-la pelada era tentadora demais, e tão degradante quanto prazeroso seria. Eu não pude por mais que quisesse mais que qualquer coisa na vida vida.  Tirar a aliança foi um momento duro e de pura covardia com Lexa, afinal eu coloquei meus olhos nela e pude ver o anel grosso de ouro chamativo exatamente onde sempre esteve. Não foi por mim essa era a verdade, dentro de mim eu nunca estive tão casada com Lexa quanto estaria agora, afinal estava disposta a perdoar uma traição se esse fosse o caminho para ficarmos juntas.

_ Uma pena você não ter me obedecido. - a voz de Lexa soou logo abaixo da minha nuca.

Sua mão pousou logo abaixo da minha cintura delicadamente e eu não queria aquilo, queria com força, com suas mãos possessas e dominadoras em mim. Mas não teria, não hoje e não tão cedo. Precisávamos recomeçar.

_ Dessa vez não podemos resolver dessa forma.

Ela suspirou.

_ Eu sei disso Clarke, não é como se eu fosse transar logo depois de você apontar uma arma pra mim.

_ Podemos esquecer que eu fiz isso?

_ Talvez seja uma boa ideia.

Eu a olhei e ela estava querendo dizer algo, estava lutando contra aquilo. E eu estava ficando cada vez mais aflita com aquela situação. Soltei um longo suspiro e abri a gaveta do escritório para buscar a aliança. Lexa me fitou e quando percebeu que devolveria a aliança em meu dedo segurou minhas duas mãos. Imediatamente seu toque me alertou. Eu sentia falta dela.

_ Talvez  isso não seja uma boa ideia Clarke. Precisamos fazer as coisas da forma certa. Não quero que reste dúvidas da sua parte. E não quero estragar nosso casamento. Não quero agir como aquele animal na outra noite. Tem tantas coisas que eu não quero com tanta força Clarke. Mas eu não posso ver nada disso porque te querer é a única coisa que eu consigo e posso fazer. Eu não quero agir como uma cretina que te trata como um objeto, eu quero fazer você lembrar porque fizemos esses votos. Você pode me permitir?

Eu não sabia como responder. Eu não precisava dizer nada afinal? Eu queria tanto beija-lá mas por outro lado meu orgulho gritava na minha cabeça para não me deixar levar, por aquele cheiro incrível, por aqueles olhos. Aquele lindo par de olhos verdes que me olhavam com tanto amor agora.

_ Olha você não precisa dizer nada, eu vou voltar pra casa. Mas não vamos dormir no mesmo quarto. Vou sempre acordar cedo e sair pra trabalhar para as crianças  não perceberem nossa crise. Eu prometo não tocar um dedo em você, a menos que você me diga que quer. Prometo reconquistar sua confiança e cuidar de você assim como eu prometi no dia que te levei ao altar Clarke.

Lexa deixou seus lábios gentilmente pousarem sobre minha testa.

_ Me diga se você quiser que eu vá pra casa. - Disse saindo pela porta do escritório.

[...]

A cerca de quatro meses Lexa vinha empenhada em cumprir seu papel de boa esposa, eu não sabia se isso estava me deixando feliz ou me deixando ainda mais irritada. Lexa todas as noites dormia no quarto de hóspedes, o máximo da sua nudez que eu via era quando as crianças a chamavam para nadar, o que estava me fazendo melhor do que eu podia esperar. Seus comportamentos eram sempre repetitivos, de manhã café da manhã, após o trabalho jantar. Sempre algum agrado no meu escritório e aos fins de semanas saímos para diferentes lugares de Nova York juntos. Como uma família. Mas ela não dizia nada. Como se aquele perdão tivesse sido suficiente. Como se flores, rosas e meu perfume preferido pudessem comprar meu perdão. Eu já não aguentava mais aquela situação. Estava totalmente irritada e excitada por vela na academia da casa, suando com uma regata branca. Deus como eu a odeio!