HEART OF STONE • jikook

[🐍] ELEVEN: a plea of my soul.

heyo! tudo bem com vocês? eu espero que sim!

esse capítulo é algo mais reflexivo e fofo, porém não deixa de ser uma introdução importante para o próximo! leiam com atenção, boa leitura. ♡

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"O coração chora lágrimas de sangue, a alma grita em agonia. Alguém poderia compreender esses sentimentos conturbados?" 

O barco balançava com as ondas e a calmaria que eu mostrava já não parecia tão real para mim mesmo. A quem eu poderia enganar com aquela faceta falsamente tranquila? 

Os outros semideuses estavam dispersos, o clima estava pesado e todos estavam aéreos. Pareciam sentir a tempestade e o caos que existia em meu ser. Minji estava cuidando de Jungkook e meu maior desejo era poder vê-lo e saber como ele estava.

Não tive coragem de ir por mais que houvesse chorado quando descobri que ele quase morreu. A culpa, o choque e a tristeza me atingindo como um raio me deixaram em um estado entorpecido por horas, a minha mente criando imagens horríveis do que poderia ter acontecido com ele se algo tivesse dado errado.

Eu não suportaria se algo mais acontecesse com Jungkook.

Por que eu simplesmente… sentia demais por ele. Não suportava o pensamento de tê-lo longe de mim, eu precisava de sua mão contra a minha, de seus sorrisos doces e de sentir seu cheiro. Sinto que poderia simplesmente ficar louco sem ele. 

Suspirei sentindo a brisa marítima atingir meu rosto, o cheiro do mar me acalmava um pouco e meus pensamentos ficavam menos barulhentos. 

— Uma vez meu pai me disse que o mar era como o coração; repleto de sentimentos que, quando conturbados, reviraram-se e viraram ondas enormes que destruiriam a razão — ouvi uma voz familiar e me virei abruptamente apenas para ver que era Seokjin. Ele carregava um sorriso mínimo nos lábios, olhos amigáveis e postura relaxada. — Você não acha que ele está certo? Às vezes deixamos nossos sentimentos falarem mais alto que nossa mente, e acabamos por errar sem querer. 

— Uh, sim — sem saber muito o que dizer, assenti. — A razão pode ser dolorosa pois carrega na maioria das vezes a sinceridade. O coração é fraco, opta por não querer machucar. Mas, na verdade, virá e a dor será inevitável.

— De uma forma ou de outra, o único jeito é aprender a lidar com ela — disse ele se aproximando mais de mim até estar do meu lado. — Quer me contar o que está acontecendo aqui? — Apontou para minha cabeça.

Suspirei, não tinha certeza se deveria confiar em Seokjin. Ele era alguém bastante popular entre os semideuses por ser filho de um dos grandes e ter bastante talentos. Apesar disso, nunca havia o visto ser desrespeitoso ou soberbo com os outros.

— Eu me pergunto o que estou buscando, parece idiota fazer esse questionamento a mim mesmo mas não posso evitar — comentei casualmente, estranhamente eu me sentia confortável em sua presença. — E se eu não encontrar nada? Se tudo for em vão e no caminho um de vocês acabar se machucando como Jungkook? Eu quase o perdi e não estou bem com isso. Eu sinto uma vontade avassaladora de voltar com ele e todos vocês para o acampamento meio-sangue e esperar que o tal deus me mate logo.

— Ei! Assim você me ofende, não estamos ajudando o suficiente? Por acaso parecemos fracos para você? Olhe para eles, Jimin — apontou para os semideuses que estavam espalhados pelo barco. — Estamos juntos e é isso o que importa, isso jamais seria possível se você estivesse sozinho. Pense um pouco. Queremos te ajudar a descobrir seu passado e não precisamos que você se preocupe conosco como uma mãe de primeira viagem.