Capítulo único: Menu especial

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Stalker era uma palavra que resumia Kirishima Eijirou, naquele momento peculiar que se encontrava. 

Atrás de um carro vermelho, se escondendo para que ninguém o visse. Eijirou usava óculos preto, que combinavam com o resto da roupa que usava. Era tudo preto. Achava que aquele visual, soava discreto — pobre Kirishima, estava enganado. 

O celular tocou, com o toque personalizado, Kirishima soube quem estava lhe ligando, por isso não demorou muito para pegar o aparelho no bolso de trás da sua calça e atender a chamada. 

— Conseguiu? — Reconheceu a voz ansiosa de Todoroki. 

Eijirou suspirou, com a ansiedade que seu melhor amigo estava. Nem perguntou se estava bem ou algo do tipo, foi direto para o que mais estava ansioso em saber. 

— Ainda não — sentou-se no chão, encostando sua costa no pneu do automóvel— mas, eu consegui ver ele, então ele mora na casa 200b realmente. 

Tapou os ouvidos com as mãos, após escutar o grito que foi, felizmente, abafado pelo celular. 

Kirishima não queria ter que ouvir os gritos de puta Shouto, não era obrigado a tal coisa. 

— Eu estou muito feliz em saber disso! — exclamou, com uma voz bem alta e animada. — Eu deveria ter ido com você — garantiu. 

O ruivo soltou uma risadinha, sabia que o meio-a-meia perderia a chance de conhecer seu ídolo por não ter ido com ele. Entretanto, Kirishima estava feliz demais para se importar com o drama que iria vim da parte do garoto que conhece desde a infância. 

Estava em frente a casa de seu ídolo, seu cantor favorito, seu grande amor. Ele não perderia a oportunidade de conhecer Bakugou Katsuki, não perderia! Problema era de Todoroki por não conhecer Izuku, a dupla de Bakugou.

— E você vai fazer o que? Esperar até ele sair de casa e atacar ele? 

— Esse era o meu plano a três horas atrás, mas agora mudou — comentou, massageando a testa. 

Estava a quase três horas escondido atrás do carro vermelho, esperando a oportunidade de conhecer seu ídolo. Todavia, o mundo parecia não estar cooperando consigo. Suas pernas até doíam do tempo que ficou agachado no chão. 

— E qual o plano agora? — Todoroki parecia curioso, sabia que os planos de Eijirou eram um absurdo de quão idiotas eles eram. 

Kirishima riu. 

— O plano é o seguinte… — contou como iria fazer para poder conhecer Bakugou.

[...] 

Com um grande sorriso no rosto de orelha a orelha, Kirishima segurava três caixas de pizza na mão, usava o boné com o emblema da pizzaria. 

Não resistindo à vontade, apertou a campainha da enorme mansão branca. 

Uma gota de suor escorria pela testa do ruivo, deslizando pelo seu rosto até chegar no queixo e cair no chão. Estava nervoso, porém não voltaria atrás com o plano. 

Levou um susto quando a porta se abriu, revelando um garoto loiro, que estava sem camisa e com uma bermuda da Adidas mais amarelada que o próprio cabelo. 

— Boa tarde … — saudou, com a sobrancelha erguida, enquanto analisava aquele entregador à sua frente — entregador de pizza? 

Não tinha pedido nenhuma pizza, e se Deku tivesse pedido ele iria avisar, no entanto, não tinha dito nada, será que havia esquecido ou o moço a sua frente apertou a campainha da casa errada? 

— B-boa tarde-tarde. — Sentiu seu rosto queimar, estava gaguejando demais— Eu vim entregar algo para o senhor comer. 

— Ah, pizza? Mas, eu acho que ninguém pediu, ruivinho — Inclinou a cabeça por outro lado, curioso com a situação que estava acontecendo. 

— Eu sei… — sussurrou.

— Mas que caralho, o que você veio fazer aqui então? — sentia sua paciência no limite, estava quase mandando aquele estranho ir a merda. 

— Pizza, ué! Tem três opções no menu, Kirishima Eijirou com mussarela, Kirishima Eijirou com frango e catupiry e o especial da casa, Kirishima Eijirou com chocolate e na sua cama. — Sorriu de forma empolgada, não dando conta do que tinha falado. 

— Que porra é Kirishima Eijirou? — Com os braços cruzados na frente do peitoral definido, encarou intensamente o rapaz a sua frente, se controlando ao máximo para não fechar a porta na cara dele e chamar a polícia. 

— Prazer, eu sou o Kirishima Eijirou — disse, passando a língua entre os lábios e molhando eles. 

— Que mer… 

Dando conta do que o entregador havia revelado, o cantor sorriu maliciosamente. 

— Interessante, vou querer o especial da casa. — Abriu a porta da casa, dando espaço para o menor entrar e entregar o tal "especial da casa" na sua cama. 

Desacreditado, adentrou pela porta, aquele tinha sido sem dúvidas, o melhor plano que já tinha planejado em toda sua vida. 

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⏰ Última atualização: Mar 28, 2021 ⏰

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