>> 𝗦 𝗟 𝗢 𝗔 𝗡
Meus passos cautelosos soavam por todo o corredor do escritório de Louis, eu andava cada vez mais depressa com um único desejo de sair logo dali, mas eu tinha a sensação de que a saída estava cada vez mais distante.
Quando por fim a luz do sol da manhã atingiu os meus olhos foi como se um grande alívio estivesse me preenchendo, não por estar voltando ao galpão, e sim por não ter mais que encarar o rapaz dos olhos verdes.
Este lugar e tudo o que o envolve me prejudica por uma forma da qual eu jamais imaginei que pudesse ser prejudicada, tanto física quando emocionalmente. Meu corpo inteiro dói, meus olhos pesam de sono o que piora ainda mais a dor de cabeça, que me acompanha a inúmeras horas.
Apenas sinto vontade de chorar a toda hora, como se toda a dor e os problemas deste mundo fossem desaparecer enquanto as lágrimas escorrem pelo meu rosto. Eu jamais me considerei inocente, talvez se me considerasse não seria tanto assim, porém agora vendo as outras meninas a minha volta percebo o quão distante do mundo eu estive, jamais pensei que alguém pudesse senti tanta dor e vergonha em míseros dias, mas sinto na minha própria pele esta horrível sensação.
ーs/n?ー Ouvi alguém me chamando e de início não reconheci a voz, talvez fosse pelo o sono que estou, dei alguns passos para trás e me virei, ficando de cara com um dos chefes.
ーPaytonー Respondi sem encarar o moreno e sem ao menos me importar em chamá-lo pelo seu primeiro nome, ele vinha na minha direção com passos calmos e com suas expressões preocupadas ao ver o meu estado no momento.
ーEstá tudo bem? Por que está aqui, não deveria estar no galpão?ー Ele perguntou mantendo uma certa distancia da minha pessoa, enquanto eu continuava parada pensando em alguma resposta razoável que não me faça cair em prantos.
ーEu estava tendo uma conversa com o Louis e com a minha irmã sobre o meu problema em ser prostituta, mas estava voltando agora para o galpão.ー Minha voz saiu baixa e mais fina do que o comum, cruzei os meus braços e os colei ao meu corpo, esperando que o Moormeier me liberasse para continuar andando.
ーEntão o motivo para ele querer falar comigo agora deve ser por sua causa.ー Comentou ele dando os ombros e colocando uma das mãos timidamente no bolso, enquanto segurava uma peça de roupa com a outra.
ーCom certeza é por minha causa que vocês vão conversar agora.ー Confirmei envergonhada, virando o meu olhar para o horizonte alaranjado da manhã.
ーEnfim, que bom que eu te encontrei aqui.ー ele disse atraindo a minha atenção, arqueei de leve as sobrancelhas sem ter ideia do que ele queria dizer. ーEssa camiseta estava com você quando eu te tirei da boate. Tenho quase certeza que é do Louis, mas enfim, pode pegar.ー Seu braço estava esticado com a camiseta branca de Louis em suas mãos, timidamente eu me aproximei e peguei a mesma, passando os dedos pela barra.
ーObrigadaー Agradeci hesitante sem saber o que dizer. ーNão só por isso, e sim por ter impedido aqueles homens de continuarem brincando comigo, eu iria ter um trauma maior se fosse tocada em outros lugares.ー Payton sorriu fraco com o meu comentário e olhou para os lados, puxando-me mais para si e me surpreendendo com um abraço. Não reagi a princípio e continuei parada, sentindo a respiração leve dele em meus cabelos.
ーEu detesto ver as meninas sofrendo com esse mundo que estão, faço de tudo para ajudar.ー Explicou sorridente depois de soltar-me de seus braços. ーSeja qual for a menina ou qual for o sofrimento dela, sempre vou tentar ajudar de alguma forma. Teria te tirado antes mas aqueles caras precisavam ter a ilusão de já terem se divertido com você.
ーObrigada mais uma vez.ー Forcei um sorriso usando o resto de felicidade que ainda conseguia extrair do meu corpo, afastando-me do moreno. A camiseta de Louis continuava em minhas mãos e eu não fazia questão alguma de solta-la. ーAcho que agora eu tenho que ir, não quero que ninguém acorde e veja que eu não estou lá.ー Dei os ombros com timidez e acenei para o Payton, virando e continuando a andar.
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𝗶𝗻𝗻𝗼𝗰𝗲𝗻𝗰𝗲 ! louis partridge.
Fanfictiononde s/n 𝖾́ 𝗎𝗆𝖺 𝗀𝖺𝗋𝗈𝗍𝖺 inocente 𝗊𝗎𝖾 𝗌𝖾 𝗆𝗎𝖽𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗂𝗇𝗀𝗅𝖺𝗍𝖾𝗋𝗋𝖺 𝗌𝖾𝗆 𝗂𝗆𝖺𝗀𝗂𝗇𝖺𝗋 𝗊𝗎𝖾 𝗊𝗎𝖾𝗆 𝖺 𝖾𝗌𝗉𝖾𝗋𝖺 𝖾́ 𝗎𝗆 𝗃𝗈𝗏𝖾𝗆 chefe de 𝗍𝗋𝖺́𝖿𝗂𝖼𝗈 possesivo 𝗊𝗎𝖾 𝖺 𝗊𝗎𝖾𝗋 𝖼𝗈𝗆𝗈 𝗌𝗎𝖺 𝗉𝖾𝗊𝗎𝖾...