Jimin

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Bridget ficou pensando nas palavras da prima durante quase toda a noite de quinta-feira. Tanto que mal dormira, e saiu da cama bem antes de seu despertador tocar na sexta-feira de manhã.

Se havia uma coisa sobre a qual a prima conhecia bem, era sobre homens. E, se ela achava que Bridget não estava enviando sinais fortes o suficiente para Jimin, então provavelmente estava certa.

A prima sempre demonstraria seu interesse de forma mais óbvia.
Então era isso que Bridget faria.

Naquela manhã, ela se vestiu para trabalhar um pouco mais cuidadosamente do que o habitual. Sua roupa de trabalho normalmente consistia de calças capri em tom pastel ou calças compridas e blusa. Hoje, ela vestia uma saia amarela que se grudava ao traseiro como se ela tivesse se sentado em uma banheira de manteiga. Colocando uma camiseta branca apertada para combinar, ela deu uma olhada no espelho e ficou surpresa com o que viu.

Não estava muito parecida com Bridget, a escriturária boazinha e sorridente. Na verdade, estava sexy. Tinha curvas… belas curvas. Os seios estavam empinados e torneados, destacados pelo decote da blusa. E, apesar de ela não ser dona de pernas especialmente longas, elas estavam muito bonitas na saia.

Sentindo-se praticamente armada para uma batalha, ela pôs um suéter leve, o qual pretendia retirar assim que visse seu alvo, e seguiu para o trabalho. Queria chegar cedo, pois assim poderia se acostumar a circular pelo escritório naquela saia minúscula e sandálias de salto alto sem tropeçar e fazer papel de boba.

Normalmente ela era a primeira chegar à concessionária, de qualquer forma. O local só abria para os clientes às 10h, sendo que a maioria do pessoal da equipe de vendas aparecia lá pelas 9h… cerca de meia hora depois que ela iniciava seu expediente. Quando ela chegou à concessionária, eram apenas 6h30, duas horas mais cedo até mesmo para ela.

Estava escuro lá dentro, conforme era esperado, e assim que entrou Bridget procurou pelo interruptor para acender o conjunto de luzes no teto. Porém, antes de fazê-lo, algo lhe captou a atenção… Uma luz prateada vindo de debaixo da porta do escritório. Onde ela trabalhava normalmente.

Ela supôs ter se esquecido de apagar a luz na noite anterior, quando saiu. Mas, mesmo assim, foi cautelosa quando se aproximou. Aquela região era bastante segura, porém assaltantes ocasionais não eram exatamente algo inexistente ali. Ela não ia abrir a porta e surpreender algum drogado procurando por dinheiro em caixa.

Quando estava a centímetros da porta entreaberta, ouviu uma voz vinda lá de dentro. Tensionou pelo mais breve dos segundos, então reconheceu a voz e relaxou.

Era Jimin. Ele obviamente havia aparecido cedo para trabalhar. Embora Bridget não conseguisse ouvir quem quer que fosse conversando com ele, imaginou que mais alguém tivesse chegado mais cedo também.

Que pena. Se ele estivesse sozinho, ela poderia colocar seu plano de “enviar sinais mais óbvios” em prática. Se, é claro, ela tivesse coragem, fato que era questionável.

Colocando a mão na maçaneta, Bridget pausou quando ouviu Jimin falar novamente, respondendo a uma pergunta que ela não havia escutado ser feita. Foi então que ela percebeu que a conversa era unilateral. Ele estava conversando com alguém ao telefone.

Não desejando escutar, ela se afastou, pegando apenas o trecho de um comentário feito por Jimin. Algo sobre um acordo que estava rolando. Parecia que o vendedor principal deles havia fisgado outro comprador, um que gostava de fechar negócios de manhã bem cedo.

Quando ela notou a voz dele silenciar, perguntou-se se notaria quando ele tivesse terminado, e bateu uma vez à porta. Sentindo-se um pouco boba, pois era mesmo, em essência, por bater à porta do próprio escritório, ela abriu a porta e entrou.

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