Prólogo

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Vancouver - CANADÁ 

    Era uma chuvosa tarde de inverno. Jordan saia da faculdade, cansado, esgotado, querendo apenas chegar em casa e descansar. A faculdade e o emprego no supermercado estavam sugando todas as suas forças, mas ele se mantinha firme, pois era aquilo que ele queria e iria até o fim.

    Era fim de tarde, o clima estava bem frio e úmido. O ranger de dentes e o arrepiar de pelos era muito presente em seu corpo. Seus amados moletons faziam falta naquele momento.

    Quando enfim chegou em casa, Jordan foi logo em direção ao banheiro para tomar um banho para relaxar e esquentar o corpo, mas antes disso conectou seu celular ao carregador e ligou seu wi-fi. Separou sua roupa e estava prestes a ir para o banheiro quando ouviu inúmeros toques de notificação vindo de seu celular, o que era estranho, visto que Jordan não possuía muitos amigos.

    Por curiosidade, Jordan pegou o seu celular e foi ver do que se tratavam as mensagens. Ficou assustado ao ver tantas ligações perdidas, de um número desconhecido. Assim que começou a ler as mensagens, a cada mensagem lida, seus olhos arregalavam-se cada vez mais.

    Descrente com o que acabara de ler, Jordan colocou o celular na cômoda e se sentou na cama, tentando processar o que havia recém descoberto. Ele ficou um bom tempo sentado, sem reação. Quando seu celular toca novamente.

— Alô? – Jordan disse com um resquício de voz.

— Alô? Estou falando com Jordan Lightwood? — a voz feminina do outro lado disse.

— S-Sim... Sou eu mesmo.

— Acredito que já saiba do ocorrido, senhor Lightwood. – a mulher suspirou. — Eu sinto muito por isso.

— Então é verdade? M-Meus pais...

    A moça começou a explicar todo o ocorrido para Jordan, e lhe aconselhou a ligar a TV pois o ocorrido passava no noticiário.

    Era simplesmente terrível. Jordan via na televisão uma grande nuvem de fumaça negra, enquanto chamas fortes e raivosas tomavam conta do ambiente. Um avião, caído em uma área aberta, totalmente despedaçado e em chamas.

    O que assombrava Jordan, era o fato daquele ser o avião em que seus pais voltavam para casa, depois de uma viagem a negócios. Jordan nunca foi muito ligado aos pais, devido as pressões que sentia, e algumas atitudes peculiares, e completamente incomodas, partindo de seus pais. Ele sentia que nunca foram ligados, mas saber que agora estavam mortos, que nunca mais iria vê-los, partia seu coração.

— C-Como isso foi acontecer? Como...

— Tudo indica que uma grave turbulência, senhor. – a moça falava triste, compadecida com os sentimentos do jovem. — Eu te liguei inúmeras vezes, não só para avisá-lo do acidente, mas de informa-lo que seu irmão Theo está sozinho agora. Ele tem apenas ao senhor.

— Meu deus, Theo! – Jordan começou a chorar copiosamente, entendendo que agora seu irmãozinho estava sem os pais. — Meu irmãozinho. Onde ele está?

— Em minha casa, senhor. – a moça, identificada como Susanne, braço direito de seus pais em seus negócios. — Eu tentei contato para avisar, mas não consegui. Ele estava com três babás na casa dos senhores Lightwood, os trouxe para a minha casa.

— Oh, Theo... – Jordan chorava sofrido. — M-Me diga onde é sua casa, eu irei busca-lo agora mesmo.

    Depois de receber a localização detalhada, Jordan entrou em seu carro e saiu em direção a casa de Susanne. Enquanto dirigia, Jordan chorava de soluçar, só imaginando como Theo ficaria ao entender que nunca mais veria seu pai e sua mãe.

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