Através de Você

Capítulo 5

Olá, pessoas lindas.

Aviso rápido para vocês. Estou pensando em marcar os dias de publicação para segunda-feira e quinta-feira. Só para ficar mais organizado.

Boa leitura! :3

&-----$-----x-----$-----&

    Depois de sair do jardim, Fabrizio decidiu por ir embora para casa. Desde o desentendimento que teve com seus pais, a volta para casa tornou-se desagradável e nada desejado. O clima estava tenso na mansão Leony, onde o patriarca e o primogênito evitavam trocar uma palavra sequer, ou até mesmo o mínimo de contato visual. Fabrizio estava odiando toda aquela situação, mas odiava mais ainda o fato de seu pai e sua mãe estarem completamente errados, mas se negarem a enxergar os fatos e entender que outros caminhos poderiam ser seguidos.

— Droga! – Fabrizio socou o volante com raiva.

    A tensão no dia-a-dia estava insuportável, a ponto de Fabrizio afastar-se de seus poucos amigos, não ter ânimo para festas ou coisa do tipo. Sua vida tinha virado uma rotina desgastante; de casa para o trabalho, e do trabalho para casa.

    Ao chegar em casa, Fabrizio notou a movimentação acelerada dos empregados, andando para lá e para cá. Aparentemente, eles estavam correndo contra o tempo para a preparação de algo grande, e que Fabrizio logo descobriria.

— Fabrizio... – Morgana, sua mãe, o chamou. — Enfim chegou.

— Oi para a senhora também, mãe. – Fabrizio irônico.

— Pois muito bem, como foi a reunião com a equipe da construção?

— Ótima, produtiva, esclarecedora. – o rapaz foi andando até um mini bar que havia em um canto afastado do salão principal, e serviu-se com alguma bebida forte, pois ele estava precisando naquele momento. — Já está tudo certo para o início das obras, farei questão de acompanhar tudo de perto.

— Compreendo. No fim são boas notícias. – Morgana disse sorrindo minimamente, mas com seu significado unicamente comercial. — A propósito, hoje à noite, teremos um jantar de comemoração à nossa parceria com a família Lemos. Pessoas importantes comparecerão, pessoas renomadas e ricas. Eu e seu pai esperamos que você compareça, para mantermos a visão boa que temos, e também que você não nos envergonhe.

— Ah, não se preocupe, eu estou de consciência limpa em relação a quem é realmente a vergonha da família. – Fabrizio notou seu pai se aproximando com um semblante de poucos amigos. — Eu arriscaria em dizer quem é, ou melhor quem são, mas acredito que essas pessoas já tenham ciência disso.

— Não estou com tempo e muito menos com paciência para suas gracinhas, rapaz. – Fergus disse duro. Passou sem nem ao menos cumprimentar, ou perguntar como o filho estava. — Morgana, vamos, temos que ir.

— Às nove horas, esteja pronto. – Morgana disse por fim, e acompanhou Fergus.

    Fabrizio finalizou seu drink e subiu para seu quarto, completamente exausto.

    Sentado na cama, encarando um ponto fixo aleatório do quarto, Fabrizio pensava na vida, e decidia se ia para o tal jantar ou não. Ele estava muito cansado, de tudo, e talvez um jantar com pessoas ricas e egocêntricas não fosse acrescentar nada de bom ao seu humor.

    No fim, Fabrizio decidiu por ir e participar do maldito jantar, não por vontade de ir, mas sim por procurar não causar mais intriga com seus pais, e evitar futuras chateações.