PRÓLOGO

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Apatia.

Apatia é um termo psicológico utilizado para designar casos em que a pessoa perde o interesse de forma generalizada, ficando indiferente a qualquer tipo de acontecimento em sua vida, seja ele bom ou ruim. A apatia também pode ser definida como a ausência de sentimentos, emoção e entusiasmo.

Era assim que Ayla Swan se sentia na maior parte do tempo. Seus olhos transbordaram indiferença que, quem não estava acostumado se sentia incomodado.

Seu pai Charlie havia a mandado para Nova Orleans, no intuito de receber um tratamento adequado, para que sua amada filha pudesse progredir, mas se o arrependimento matasse, ele já estaria em decomposição. Por que as consequências que se acarretou por lá, foram muito mais que sua mente humana poderia imaginar.

— Pai, entendo que quer ir pescar com o Billy, mas tem que me arrastar junto?– perguntou enquanto comia seu café da manhã.

— É bom respirar ar puro, se distrair.

— Eu prefiro pintar algum quadro. Longe de humanos.

Seu pai suspirou.— Você passou tempo demais com o Klaus.

— É relaxante pintar.

— Venha comigo, sabe que não gosto quando fica sozinha.

— Está bem pai.– suspirou. – Hope me chamou para passar o final de semana com ela, parece que vai ser o aniversário da tia Rebecca.

— Certo, estão vai na sexta de manhã e estaja aqui na segunda de manhã.

— Por que eu tenho que receber alguém que eu nem conheço?– perguntou saindo devagar da cadeira.

— Por que ela é a sua irmã!- falou um pouco mais alta, quando a viu nas escadas, mesmo que não precisasse levantar a voz para que ela o ouvisse.

Ayla foi em direção de seu quarto para preparar uma bolsa com dois livros para caso ficasse entediada, alguns doces para comer, uma garrafa termica com  um líquido vermelho.

Colocou uma calça larga cinza e um moletom cinza extra largo. Fez um coque em seus cabelos cacheados, estava sem maquiagem, pois evitava passar em seu rosto para não cobrir as sardas que tinha.

Tinha puxado as sardas e os cachos de sua mãe. Uma mulher misteriosa, um tanto antiquada e nada sentimental. Ela tinha simplismente desaparecido em algum momento de sua vida.

Suspirou ao terminar suas coisas e desceu novamente para encontrar seu pai. Billy, o amigo de seu pai e seu filho Jacob já os esperava no lago para a pescaria.

Era entediante ficar segurando uma vara com minhoca pendurada nela, esperando que o peixe mordesse. Seu pai e seu amigo não paravam de brincar um com o outro, fazendo Jacob rir. E as vezes ela ria quando seu pai ameaça jogar Billy da cadeira de rodas no lago para ir pegar os peixes.

Jacob tentava puxar assunto, buscando informações de quando sua irmã chegaria e se ela ainda se lembrava dele. Ele ficou sem jeito quando ela contou que nem a conhecia.

Ela se mantia reclusa, não tinha amigos, não ia escola e  nem na reserva. Poderia dizer que chegava perto de ser amiga de Hope, filha de seu padrinho Klaus.

— Pai, apostar é crime e você é o xerife. – disse ainda olhando para o livro. Ouviu seu pai tentando apostar com Billy quem pegaria mais peixes.

— Eu não conto se você não contar querida.– disse risonho.

— Eu vou denunciar você. – Jacob riu da cara que o xerife fez.

Apesar de ser entediante, Ayle se sentia bem naquele ambiente. Ouvindo as vozes e risadas de seu pai.

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