O Campo de Flores

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Mitsuri havia fugido novamente de casa, e se encontrava no mesmo local, aquele enorme campo de flores. A garota de fios rosas e verdes dizia que existiam todos os tipos de flores naquele local, todas tinham seu brilho único.

A mesma estranhou a sensação de que havia mais alguém lá, normalmente, a única pessoa que ia até o campo era ela. Seus olhos passaram por todos os cantos que conhecia de lá, até se deparar com cabelos negros de tamanho mediano. Não conseguia ver o rosto do rapaz, já que seus fios pretos e uma máscara o escondia.

Kanroji foi o mais devagar e silenciosa possível até lá, tinha medo que acabasse espantando o garoto.

"Eu já te vi aí." A voz séria, como se não quisesse fazer nenhum esforço para falar, paralisou a menina. "Precisa de algo?" Perguntou, no mesmo tom de voz.

"N-não, só fiquei surpresa que alguém além de mim veio aqui." Mitsuri sorriu, queria passar uma boa impressão pelo menos em sua forma de agir, já que sua aparência não agradava a muitos. "Eu lhe assustei? Não era minha intenção". Ele negou.

"Eu já venho há algum tempo aqui." A garota se chocou, ela ia lá quase toda semana e nunca o viu. Talvez ele seja alguém bem discreto, pensou ela.

"Entendo.... Mas, como se chama?" Pensou em cortar aquele clima estranho. " Meu nome é Mitsuri Kanroji, tenho 16 anos."

O misterioso garoto ficou algum tempo em silêncio, parecia elaborar uma apresentação. " Obanai Iguro, tenho 18." Ele ainda falava de forma formal e contida.

Kanroji questionou a ele se queria ajudá-la a cuidar das flores, ele aceitou já que não tinha muita coisa para fazer. Nesse tempo, a garota de fios coloridos falou muito, os assuntos eram coisas aleatórias que vinham em sua cabeça. Iguro continuou dando respostas curtas, mas parecia mais solto que antes.

"Iguro-san, estou muito feliz agora!" Ele olhou para onde vinha a voz, se deparando com os olhos verdes e um sorriso doce. Os olhos bicolores de Obanai demonstravam dúvida, rapidamente gesticulando para que ela continuasse sua fala. " Você foi a primeira pessoa em muito tempo que me tratou como alguém normal."