A raiva é um vento que apaga a lâmpada da mente.

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POV Narrador

Acreditar em si mesmo é essencial para sua sobrevivência. Poderia até dizer que, é uma das bênçãos que caiu sobre nossas vidas, é acreditar em nós mesmo. Isto nos dá credibilidade em crer na humanidade, crer que existem pessoas dispostas a mudar outras pessoas. Tory, se sentia desta forma perto de Samantha, ela sentia a leveza da bondade que a jovem LaRusso transmitia, sentia a pequena chama alegre emanando dela e isto era gratificante.

Todo sentimento vivido pelo ser humano, acaba se transformando em combustível para que ele prossiga com sua vida. Tudo que Tory e Samantha passaram fortaleceram elas, tornaram elas mais fortes até aqui. Claro que, um pouco de medo é bom, assim conhecemos nossos limites. Samantha sabia o limite dela, a mesma coisa era Tory, mas por pequenas razoes, Tory gostava de se arriscar, ela gostava do perigo, gostava de se jogar e querer saber o que iria acontecer logo após. Essa aventura que Tory se encontrava dia a pós dia, era exatamente o que Samantha procurava. Ela queria sentir o perigo, queria sentir na pele como era se arriscar, cair de cabeça, a jovem LaRusso, via isso em Nichols, por essa razão que foi chamada atenção dela por esses dias. A jovem morena queria saborear o gosto do perigo, e, ela apenas encontraria em Nichols.

As duas jovens estavam treinando em seus respectivos dojos. Samantha observou seu pai dar algumas instruções junto com o sensei Kreese, eles informaram que os treinos iriam ficar mais intensos a partir daquele dia, alguns dojos iriam se instalar na cidade até o fim do campeonato, e, isto significaria treinos rigorosos e pequenos incômodos à vista. Atenção redobrada de muitos, claro! Também, atenção sobre as "gracinhas" feitas pelo Cobra Kai. Todos entenderam os recados, foram dispensados mais cedo do treino, Samantha ficou no dojo mais um pouco, treinou por conta própria, não ouviu e viu seu pai entrar no dojo.

— Gostei de ver, está se esforçando.

— Preciso. Nichols é mais intimidante que eu.

— De fato, a Nichols é forte, ela sempre mostrou bons chutes e socos no Cobra Kai. – Sensei Kreese adentrou a sala em que Samantha treinava. — Ela sempre mostrou disciplina e nunca demonstrou piedade, parecia que ela havia crescido em um ambiente carregado de raiva e desespero.

Samantha abaixou o olhar ouvindo as palavras de Jhonny, a morena se questionava como era a vida de Tory, como era o mundo que a loira enxergava, ela queria descobrir, talvez essa noite em seu encontro.

— Quero ver essa sua determinação nos próximos treinos. Filha! – Ela ergueu o olhar para o pai observando suas palavras futuras. — Não precisa se preocupar com esse pessoal do Cobra, vamos focar em vencer o torneio e mostrar compaixão para esse pessoal. Mostrar que não é pelo ódio que ganhar troféus.

Ela deu um fino sorriso para Daniel, se retirou do dojo pedindo licença aos mais velhos, sua ida até em casa foi tranquila, se questionando um pouco sobre a vida de Nichols. Ela chegou finalmente em casa, subiu para o quarto e foi tomar um banho, seu banho foi rápido, saiu do banheiro indo vestir uma roupa para ficar em casa até à noite, até o momento que iria buscar a jovem Nichols.

O silencio do almoço era presente, os pensamentos da jovem morena flutuavam no encontro que teria com a loira, era visível sua ansiedade, sua mãe na cozinha observou atentamente a morena que se deliciava em sua refeição.

— Tem alguma coisa de errada com a Samantha. – Daniel dizia preocupado observando a menina que batucava seus dedos sobre a mesa.

— Isso se chama nervosismo. Ela vai ter um encontro com aquela menina que marcou o braço dela.

— O quê? – O senhor LaRusso se aborreceu com as palavras de Amanda, ele ficou na frente da mulher observando sua calma. — E você está calma com esse encontro?

Cobra kai: no amor ou na guerra. Samtory - Samantha e ToryOnde histórias criam vida. Descubra agora