Eighteen

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←Harry Potter→

Como eu poderia dizer como estou me sentindo agora? Quando eu praticamente tenho o homem que amo chorando em prantos enquanto me abraça. Eu me sinto um inútil, eu o abraço mais forte ainda, mas parece não adiantar muita coisa, eu sussurro palavras de consolo para o acalmar, mas parece que simplesmente ele não ouve.

"Ei amor…" Sussurrei em seu ouvido, minha cintura iria ficar marcada se ele continuasse a apertando dessa forma.

Ele levantou a cabeça para me olhar, e seus olhos estavam a coisa mais triste que eu já vi hoje. Vermelhos, completamente vermelhos e inchados, era assim que eles estavam, sem contar as lágrimas rolando por seu lindo rosto, e as outras lágrimas que se acumulavam no canto dos seus olhos cinzas. Olhos que antes costumavam possuir um certo brilho, um brilho muito pequeno, mas ainda assim tinha um brilho.

Ele fica assim em todo seu aniversário?

Eu acho que não suportaria presenciar todo ano a pessoa que eu amo praticamente entrando em colapso, mas eu teria que suportar, eu teria que o ajudar…

"Draco, vem para meu quarto, você precisa descansar" Sacudi levemente os seus ombros para chamar sua atenção. Ele ergueu a cabeça novamente e se entregou para o cansaço. Praticamente se arrastando ao meu lado enquanto caminhávamos em direção ao meu quarto.

Draco sofre todo ano no dia do seu aniversário, eu nunca imaginaria isso. Sua mãe… é por isso que ele não julga as pessoas que querem a morte, afinal elas estão apenas cansadas de tudo.

Cansaço físico já é bastante ruim, imagina o emocional?

Certa vez eu tentei abandonar esse mundo para virar uma estrela e ir morar com a Lua, e com minhas irmãs, as outras estrelas. Mas ela me proibiu, disse que gostava quando eu ficava da janela da minha casa falando com ela, disse que ela já tinha muitas estrelas ao seu redor, ela também falou que prefere as suas outras estrelas aqui na terra. A Lua vigia todas as suas estrelas lá de cima, e é por isso que eu amo tanto a Lua, eu sou a estrela dela, sou a estrela do Draco também.

Deitei Draco em minha cama e em seguida me deitei em seu peito. Eu poderia aconchegar ele ao meu lado? Claro que poderia, mas a conchinha menor sempre será eu.

Ficar sobre o peito de Draco me fazia sentir sua respiração e aquilo me acalmava, ela estava começando a normalizar, estava mais calma… Seus olhos se fecharam lentamente como se resistissem a todo custo se entregarem ao sono. Draco era o que? Um masoquista que simplesmente gosta de sofrer e que não entende que dormir vai fazê-lo bem?

Bom, continuei o observando e ele estava realmente dormindo, sua aparência estava com um aspecto extremamente exausto.

Tirei seus sapatos e o ajeitei melhor sobre a cama, desabotoei alguns botões da sua camisa e o cobri. Eu estava gostando de cuidar de Draco, era legal juntar os pedacinhos quebrados do seu coração e criar um novo para ele, nem parece um mafioso olhando assim.

Draco Malfoy poderia parecer indestrutível, o maior mafioso do país, o cara que nunca foi pego pela polícia, o coração de gelo, o cara malvado, mas o Draco Malfoy de verdade era tão…sensível e totalmente quebrado.

Eu gosto do Draco, porque ele simplesmente está quebrado, quebrado igual a mim.

Deitei ao seu lado também me cobrindo aconchegando seu corpo ao meu. É, hoje definitivamente, Draco que precisava de conforto.

Fiquei fazendo carinho em seus cabelos loiros perfeitamente macios e depois de algum tempo adormeci, rendido a essa loucura.

[...]

Vendido Para um Mafioso - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora