Não me lembro muito bem, mas em pesquisas que eu fiz quando completei 4 anos eu descobri que eu era adotada e minha verdadeira mãe teve morte pós parto, e meu pai biológico foi morto por uma bala perdida tentando me salvar. Porém nada disso foi tão assustador, quanto começar a flutuar para o teto do nada, enquanto comia o doce cereal de manhã, meu choro de desespero se alastrou mais quando vi minha mãe tremendo de pânico e meu pai olhando preocupado enquanto subia na cadeira para me tirar do teto.
Desse dia até completar mais um ano eu era obrigada a usar pequenos pesos nos tênis e não contar a ninguém que eu poderia voar como um super herói. Por ser uma garota que sempre era a que mais sabia meu diretor decidiu evoluir de turma, foi uma mudança um tanto quanto brusca, já que a minha volta todos me viam como uma pirralha que não deveria estar no mesmo patamar que os mais velhos, com isso minhas asas para voar já estavam cortadas, temia qualquer coisa, principalmente alguém passando atrás de mim, que me faziam cortes por causa do armário aberto, aprendi a fazer trancas mais fortes e emborrachar meu armário, não ficou tão ruim, e me trouxe menos machucados.
Não se passou muito tempo até eu chegar em casa com meus pais amarrados com o meu pai tendo sua jugular cortada no momento em q abro a porta segurando minha mochila rosa com borboletas. Homens de máscaras de urso olharam para mim e um deles me agarrou prendendo meus pulsos e meus pés juntos, entretanto um pouco antes de colocarem um tipo de pano em meus olhos pude ver minha mãe com a garganta cortada e seu grito sufocado chamando meu antigo nome "Katerina" em seus últimos suspiros.
Ao acordar me recordo de um teto branco escuro com uma luz azul neon descendo de meu rosto para o restante de meu corpo, em meu pensar era algo para me avaliar, depois uma moça de óculos, olhos claros e cabelos grisalhos sorri para mim e me pergunta se eu poderia levantar, não que eu não pudesse, o que me lascou era uma enorme dor nas costas e nas minhas coxas tive muita dificuldade de levantar.
O nome da moça era Miranda, uma cientista do governo que me encontrou desmaiada em um beco perto de uma casa abandonada. Me avaliando a mesma nota a marca de um urso medonho na minha nuca, o que me fez lembrar dos caras maus e me abraçar de medo, mas nisso a cientista me disse que desapareci da visão e só retornei quando fiquei mais calma com a canção que cantou, não me recordo bem o nome, entretanto tinha "arco-íris " em inglês, e era mesmo uma música gentil e calma meu medo cessou naquelas horas, ela cuidou de mim, aprendeu e me disse que eu era especial, havia "um super herói dentro de mim" isso me inspirou e fiquei sempre aprendendo mais e mais com ela, vendo o quão incrível é a ciência, o que ela descobre, como se faz o que ela mostra no passado, presente e também podem mostrar e mudar o futuro, como o brilho das estrelas, ela pode ter se apagado, mas sua luz permaneceu viajando pelo espaço até chegar na terra. Tudo isso me fez sentir um gosto delicioso de quero mais, quero aprender, quero ver me mostre mais, quero saber, fale mais por favor.
Em 6 meses aprendi a fazer remédios a base de resíduos de frutas e água além de identificar como o corpo humano funciona e suas mecânicas, mapeei um cérebro humano e me recordo de coor a tabela periódica, e eu não parei mais. No meu aniversário de 6 anos ela me deu acesso ao seu computador, e me mostrou como controlar robôs, o que me intrigou de primeira vista "como um simples botão pode mexer uma máquina tão grande e tão pesada?" Me intensifiquei e entrei na engenharia cedo, ganhei ajuda do namorado de Miranda, Johny ele era engenheiro robótico e fazia sempre seus próprios matérias de trabalho, me ensinou seus truques e fez um pequeno dispositivo de gravidade para que eu possa treinar meu poder de voo, me senti em uma família novamente, foi na mesma semana em que os apelidei de pai e mãe, me foi aconchegante ver os sorrisos em seus rostos e a sombra de lágrimas nos olhos da mamãe porque sabia que estava em casa.
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Interior de Phanton Black
General Fictionhistórias originais, imagem de personagens capturadas do google, nenhuma que não seja desenhada é de minha autoria. Esse é como se fosse o diário pessoal da minha personagem Mori Yuuki, uma garota órfã (10 vezes) que tem poderes a de um fantasma que...