capítulo 1

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ANY POV

Estava sentada na minha cama no orfanato, brincando com o Sr. Napolitano, meu urso panda de pelúcia.

Eu entendia que meus pais haviam morrido, e entendia que se eu fosse adotada teria novos pais.

Eu só me perguntava que, se eu fosse adotada, teria que seguir as mesmas regras que meus pais exigiam? 

Serei alugada novamente?

Cuidarão de mim e me darão amor?

Essas perguntas passam pela minha cabeça desde que soube do acidente.

Eu espero que seja um lugar melhor, onde não me batam e não me forcem a fazer nada.

Mas temo que seja pior.

[...]

JOSH POV

Eu e minha mulher Savannah estamos indo até um orfanato para ver se achamos nossa baby.

- Bom dia senhores, sou Amélia, a diretora - ela nos cumprimenta e nos apresenta cada menina.

- Podemos conversar com a senhora sobre a nossa escolhida? - pergunta savannah

- Claro. Me acompanhem por favor. - adentramos uma sala grande com fotos de vários casais com outras meninas. - Vocês já têm uma escolhida?

- Gostamos muito da Any Gabrielly, pelo tempo que conversamos pudermos ver que ela é bem educada e meiga. - a diretora junta as mãos na mesa e faz uma careta

- Algum problema com ela senhora Amélia? - minha esposa  questiona

Ela respira fundo antes de começar a falar.

- Any cresceu para ser a baby perfeita, garanto que não terão trabalho algum com ela. É educada, gentil, compreensiva e comportada, fez diversas aulas extras como música, artes, vários esportes e fala outros quatro idiomas, fora que as notas dela são as melhore possíveis. - ela dá uma pausa antes de continuar - Os pais de Any morreram em um acidente há mais ou menos 3 meses, eles a alugavam, alugavam seu corpo e seu jeitinho, a menina teve sua inocência tirada à força muito cedo. - eu e Savannah nos encontrávamos chocados com a história. - Muitos casais já tentaram adotá-la, justamente porque sabem que ela não vai dar trabalho, porém desistem quando veem a bagagem que ela carrega, ela tem uma grande tendência a regredir e também costuma ter pesadelos.

- Por que pesadelos? - pergunto

- Any conversou com uma psicóloga quando houve o acidente e ela disse que sempre quando era devolvida aos pais e eram delatados a eles os erros, birras, choros ou desobediências ela era punida com agressão física e psicológica. 

Eu estava impactado, como alguém tem coragem de machucar uma pessoa tão agradável como Any.

Quando conversamos rapidamente com cada menina, ela nos perguntou se ela podia falar do seu jeitinho ou se preferíssemos que ela falasse corretamente, meu coração se apertou ao ver que ela estava agindo com se fossemos clientes, mas pela história pude ver que esse foi o jeito que ela foi ensinada.

- Amor - savannah  me chama, olho para ela e pude ver que, assim como eu, ela  também quer poder cuidar de Any, amá-la e lhe ensinar que nem tudo são agressões e torturas. Assinto para ela.

- Vamos levá-la.

Uma Baby PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora