2- Low hopes

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Harry POV

"Harry, o que diabos você estava pensando?! Ficou parado na chuva por horas. Está louco? Você vai se matar!" Hermione gritou.

O moreno suspirou. "Eu estava... Fora de mim. Hoje foi muito difícil e turbulento para todos nós, então, por favor, pare de agir assim."

"Tudo bem, desculpe, Harry. Mas se você quiser conversar sobre qualquer coisa ou precisar de ajuda, por favor, não hesite em me procurar. Estou aqui para ajudá-lo, certo?"

"Está tudo bem, obrigado Mione. É melhor eu ir tomar um banho quente agora. Te vejo mais tarde."

Ele saiu da sala comunal e foi para o banheiro da Grifinória. Harry esperava profundamente que a água quente não apenas aliviasse a dor nos músculos, mas também todos os seus sentimentos e preocupações.

Enquanto estava sentado na banheira, ele não pôde evitar seus pensamentos sempre vagando para Draco Malfoy. A única pessoa em quem ele não queria pensar, mas não conseguia parar.

Quando Harry saiu do banheiro percebeu que já era tarde. Estava quieto nos corredores e escuro também.

Ele pegou sua varinha e lançou Lumos. Mas a pequena bola de luz que apareceu começou a se mover em uma direção diferente. Harry a seguiu confuso.

Depois de um tempo, a luz parou de se mover e Harry ouviu vozes abafadas atrás de uma porta.

Ele precisou de alguns segundos para perceber que estava parado na frente da enfermaria.

A porta estava entreaberta e Harry pôde ver McGonagall e Madame Pomfrey em pé ao lado de uma das camas.

"Não tenho certeza se ele sobreviverá Minerva, fiz tudo que pude, mas não pude ajudá-lo muito. A maioria das pessoas não sobrevive a uma queda como essa."

Harry soube imediatamente que elas estavam falando sobre Draco.

"Eu tentei curar alguns de seus ossos quebrados, pelo menos, mas até isso foi difícil. Ele está muito fraco. Não sei se ele vai sobreviver à noite."

"Não existe uma poção que poderia ajudar ou uma planta especial-"

"Não, Minerva, até a medicina bruxa têm limites... E se você não quiser lançar magia negra, não há nada que possamos fazer por ele."

McGonagall suspirou e caminhou em direção à porta. "Boa noite, vamos rezar para que ele consiga passar por essa noite."

Harry se escondeu atrás de uma das colunas de mármore e esperou até que ela desaparecesse na escuridão do corredor.

Então, ele entrou na sala silenciosa. Como Madame Pomfrey também havia se retirado, ele foi direto para a cama com o garoto loiro.

Ele estava deitado ali, imóvel e pálido. Algumas feridas menores já estavam cicatrizadas, mas Harry não pode deixar de notar suas pernas engessadas. Sua respiração estava lenta, mas constante.

Sem perceber, Harry tocou o braço de Draco e começou a desenhar pequenos círculos nele. O que diabos ele estava realmente fazendo ali? Ele não sabia.

Mas tinha consciência de que sentia pena de Draco. Em todos os anos, Draco tinha sido mau com ele e seus amigos, mas nada mais. Ele não era uma pessoa má e não merecia sofrer tanta dor assim.

Harry notou a mecha de cabelo que caiu no rosto de Draco. Ele lentamente estendeu a mão e gentilmente a empurrou de volta para trás da orelha do sonserino.

"Por favor, viva... Por mim." Harry sussurrou em seu ouvido.

"Você é forte, você vai sobreviver, eu sei disso."

O Grifinório começou a se sentir cansado, então lentamente se levantou da beira da cama e foi para o dormitório. Não sem dar uma última olhada no garoto que, de repente, ele se importava tanto.

Quando ele começou a se importar com Draco Malfoy?

Nessa noite Harry teve vários sonhos. Todas as memórias que continham o loiro se repetiam constantemente em sua cabeça.

Mas por que ele?

Notas da autora:

Yay, esse é o segundo capítulo. Eu sei que nada de especial aconteceu e foi um pouco curto de novo, mas as partes legais virão em breve, eu prometo;)

Notas da tradutora:

Vocês querem que eu libere um capítulo por dia?

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