Aloha

8

Havia se passado uma semana dês do ocorrido que me abalou muito

Pode parecer egoísmo ou ingratidão da minha parte, mais resolvi me afastar do Jonny

Não queria olhar para ele, e lembrar que falei meus segredos a um somente conhecido

Resolvi que ficar em minha cama se lamentando era uma grande besteira, então me levanto e vou até a doceria que não fica tão longe de casa

Tomar um cafezinho quente e biscoitos com gota de chocolates não seria nada mal para começar mais um dia

O sol estava muito quente, como de costume, era um ótimo dia para colocar a cabeça no lugar

Pensei comigo mesma

Chego na doceria que estava vazia por ainda estar cedo, e faço meu pedido e vou me sentar em uma das mesinhas azuis colocadas do lado de fora

Me surpreendo quando o garçom chega com o meu pedido, Jonny era o garçom

-Jane...pelo céus, queria tanto conversar com você!

-Mais eu não, o que faz aqui?

-Trabalho aqui, quantos você acha que um salva-vidas ganha, pelo céus é muito pouco

Não respondo, e começo a comer os meus biscoitinhos

-Posso te fazer uma pergunta?

-Não

-Tá bom..., vou fazer, porque se afastou de mim e não quis mais conversar comigo?

-Porque você sabe mais do que deve, eu estava triste e só por isso desabafei com você

-Eu prometo que não contei à ninguém e nem vou contar, é nosso segredo agora

-Porque faz tanta questão de falar comigo?

-Porque eu gostei da sua companhia, e quero ser seu amigo

-Mais todas as vezes que eu conversei com você eu fui rude, e mesmo assim gostou da minha companhia?

Pergunto surpresa com a sua resposta à minha pergunta anterior

-Claro!

-Jonny, chega de conversa com sua namorada e venha trabalhar

-Não somos namorados senhor Joseph, mais já estou indo

Jonny grita alto suficiente para o seu chefe o escutar

-Aloha Jane, até breve!

Jonny então se retirou e eu fiquei pensativa com as suas palavras, talvez eu devesse dar uma chance à ele

Ele não sabe disso, mais eu também gosto da sua companhia

Coloco o dinheiro na mesa e então me retiro do estabelecimento e vou me sentar em um banco frente ao mar

Eu amo esse banquinho, tem uma vista perfeita do azul do céu e do mar

Eu olhava com atenção as ondas que batiam e se misturavam à areia, quando uma moça de cabelos loiros e olhos azuis se aproxima junto à uma criança cheia de sardas

Aquela cena me faz sorrir, daria um ótimo quadro, "a mãe e seu filho frente ao mar", como sinto falta das minhas pinturas

-Moça, eu e meu filho pode sentar aqui, ao seu lado

-Claro

O menino que aparentava ter uns oito anos ria ao brincar com uma bolinha de plástico que segurava nas mãos

-Está muito quente né, não me lembrava de aqui ser tão quente assim, mais faz tantos anos

-Esta quente sim, mais você está de passeio?

-Vim morar aqui com o meu filho e meu marido, nos mudamos no final da semana passada para a casa do meu sogro e meu cunhado

-Entendo, também me mudei faz pouco tempo, estou me adaptando aos poucos

-Que falta de educação a minha, prazer me chamo Moanica e esse é meu filho Thomas

-Mais pode me chamar de Tom, na verdade eu prefiro meu apelido mesmo

Dou risada com a declaração do garotinho

-Prazer Moanica e Tom, meu nome é Jane

-O prazer é nosso Jane, temos que ir agora, mais espero que podemos se encontrar novamente, será ótimo ter uma amiga, Aloha

-Aloha

Tom acena com a mão e acompanha a sua mãe que logo se afasta