Oioi meus queridos, como estão? Bom... finalmente aqui com minha primeira história. Espero do fundo do meu coração que vocês curtam e por ser minha primeira vez escrevendo aqui, me deem dicas e digam se algo estiver errado, okay? Boa leitura ;)
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Tudo começou quando no ano de 2020, eu, com uns 14 anos de idade e minha família, nos mudamos para um prédiozinho simples em uma cidade pequena, pois tínhamos família aqui e como estávamos no começo de uma pandemia, não queríamos ficar separados e aproveitamos enquanto podíamos.
Do jeito que eu descrevo o prédiozinho e a cidade, parece até ser meio ruim, mas na verdade nunca desejaria lugar melhor. Na frente da minha janela do quarto, tinha outro prédio tampando a vista, mas se eu olhasse para o lado, conseguia ver o pôr do sol, era realmente muito lindo.
Bom... continuando, tudo realmente começou quando depois de um mês que mudamos, recebemos a notícia que entraríamos em quarentena total. Fiquei totalmente pasma com aquilo.
Depois de algumas semanas sem ter muito o que fazer, resolvi começar a olhar para fora da janela procurando por algo interessante, até que em uma das vezes, meu olhar se encontrou com o de um menino na janela do prédio da frente, ele tinha um cabelo castanho bem escuro, aparentemente meio longo e olhos bem chamativos, que pareciam ser cor de mel. Ele aparentava ter minha idade...
Na noite do mesmo dia, fiquei pensando sobre o menino e que quando nossos olhares se encontraram, logo depois ele fingiu não ter me visto e desapareceu fechando a cortina.
Desde o início da quarentena minha rotina estava sendo bem confusa, então eu resolvi que iria começar a acordar todos os dias bem cedinho, comer algo e ir fazer minhas tarefas. Quando a tarde chegou, eu fui me deitar um pouco e quando me levantei para fechar a janela, me deparei com o mesmo menino do dia anterior, porém a mesma coisa aconteceu, ele me viu e fechou as cortinas rapidamente... Isso realmente me deixava bem curiosa, mas não podia fazer nada.
Uma semana se passou comigo olhando todos os dias para a janela, cheia de esperança de ele ser um pouco mais aberto, mesmo nunca tendo conversado comigo. No entanto, nada mais aconteceu desde o dia em que ele fechou a cortina pela segunda vez. Eu tentei esquecer um pouco isso, então mesmo estando em quarentena, pedi a minha mãe para ir visitar minha vó, que mora aqui pertinho. Ela aceitou. Então fui toda alegre me trocar, mas ainda estava meio pensativa... Aquela troca de olhares mexeu comigo e eu não queria deixar isso de lado, mesmo talvez sendo uma coisa boba.
Depois de uma longa e alegre tarde de visita, eu e minha mãe tivemos que passar no supermercado para comprar coisas que estavam faltando. Estávamos sem máscara, achei isso bem perigoso, mas tínhamos mesmo que fazer compras e como ainda não era obrigatório o uso de máscara, nós fomos assim mesmo.
Duas semanas se passaram e eu, sinceramente, estava me sentindo uma prisioneira, ainda mais porque a escola tinha dado férias e aí sim eu estava sem fazer nada. Lembra do menino? Pois é, pode parecer meio estranho, mas eu ainda não tinha superado aquilo, apesar de depois de ter visitado minha vó, não olhei mais para a janela... Eu não estava mais aguentando pensar sobre aquilo e de curiosidade, fui olhar. Para a minha surpresa, a cortina estava aberta, mas nenhum sinal dele... todavia, como disse, não estava aguentando, então pensei em uma forma de me comunicar com ele, o que seria bem difícil, pois ele demonstrou ser bem tímido. Eu pensei bastante sobre e resolvi que talvez se eu escrevesse na janela perguntando qual era o nome dele e sua idade, seria uma boa ideia. Foi o que fiz. Peguei um papel e caprichei na letra para ficar bem legível de longe. Como já estava tarde, não aguentei esperar a resposta e fui dormir visto que eu estava com muito sono. No outro dia, acordei com a maior esperança que podia sentir, mas sem respostas e a cortina estava fechada... Então fiquei me perguntando: "E se quando ele foi fechar a cortina, viu minha pergunta, mas ignorou?". Pensei até em tirar o papel dali, mas resolvi dar um tempo, talvez ele estivesse apenas pensando...
Se passaram três dias e nada de respostas, no entanto, não desisti, minha pergunta permaneceu lá e iria permanecer até ele responder.
No quarto dia de espera, fui olhar a janela e me deparei com uma resposta, fiquei muito surpresa. Foi bem de repente. Mas como sempre, a cortina estava fechada, por que será que ele tanto se escondia? Não importa, eu estava muito feliz, tanto por ele ter respondido, como por ele ter a mesma idade que eu.
Desde ali, eu olhava todos os dias para fora, com esperanças de ele ter tomado coragem e estar lá. Não entendia o porquê de eu
querer tanto vê-lo novamente. Meu olhar já se encontrou com tantos meninos diferentes, por que apenas o dele me tocou tanto?
Uma semana se passou e ele ainda não tinha aparecido, havia dias em que a cortina estava aberta, mas nada de ele estar ali...
Quando já tinha chego o final de semana, comecei a me sentir meio mal, minha garganta coçava um pouco, estava tonta... Deitei, fiquei pensando em como faria para conversar melhor com ele, então lembrei que existiam videochamadas, por que não falar com ele através delas? Lembrei-me de que ele era tímido, não sei se iria funcionar, mas não custava tentar... Logo, coloquei uma folha na minha janela perguntando qual era o número dele. Não estava com muitas expectativas de receber uma resposta tão cedo, nem mesmo sabia se iria receber uma.
Quando acordei, fui logo olhar a janela, para a minha surpresa novamente, vi ele colando a folha na janela, achei muito engraçado, porque nunca achei que veria essa cena. Comecei a rir, não era bem como eu queria agir, mas eu até que fiquei feliz já que eu vi ele dando um sorrisinho de lado, mas logo fechou a cortina todo vermelho, parecia até um tomate. A única coisa que não gostei, foi que quando eu apareci, não deu tempo de ele acabar de escrever, ficou faltando um dígito apenas, o último. Toda via, como eu estava certa de conhecer ele melhor, fui logo testando todos os dígitos possíveis para completar o número, todos atenderam, falaram que não era de lá, até que um deles recusou a chamada e logo soube que era ele. Adicionei o número e mandei uma mensagem, primeiramente me certificando se era ele mesmo e quando recebi a resposta que sim, fiquei tão feliz da minha ideia ter dado certo... Então aproveitei a chance e já perguntei se podíamos fazer uma videochamada algum dia, mas ele ficou off-line, sempre há uma barreira, não é mesmo?
No outro dia, acordei muito pior, com muita tosse e dor de cabeça, fiquei muito chateada porque daqui a um tempo seria meu aniversário e estava com medo de não poder aproveitá-lo se eu não melhorasse logo. Mesmo estando em quarentena, ficaria com a minha família, mas eu estava muito mal. Minha mãe ligou para o médico e enquanto isso, fui ver se tinha recebido uma resposta. Olhei o celular e vi que recebi um "sim", bem seco, de novo. Ele realmente não gostava de interagir muito, mas fiquei feliz só por ter recebido a mensagem. Confesso que fiquei meio pensativa sobre ele nem ter questionado nada a respeito, ele passava a impressão de ser tímido, mas tinha hora que ficava mais para fechado mesmo. Mas tudo bem, eu estava feliz de qualquer forma, já que eu poderia ter recebido um lindo "não".
Minha mãe entrou no quarto correndo e falou que nos liberaram para sair, pois eu realmente precisava ir ao médico, mas como sempre, não fiquei espantada porque sabia que seria apenas uma gripe ou alergia, como sempre.
Depois de uma longa consulta, saí com a notícia de que eu estava com suspeita de ter pego o vírus que estava aterrorizando todo mundo, eu fiquei meio assustada, porque foi tudo muito de repente, mas também estava com medo porque se eu realmente estivesse com isso, eu poderia passar para a minha família... Mas onde tinha pego? Talvez no supermercado... Eu sabia!
O médico falou que eu teria de ficar de cama por um tempo, por isso, não pude mais olhar a janela, mas fiquei aliviada e ao mesmo tempo orgulhosa de ter pego o número dele a tempo...
Não consegui ficar nem dois dias na cama quieta, já quis levantar para ver a bendita janela, mesmo podendo vê-lo por videochamada. Eu levantei, estava com febre muito alta, então eu logo desmaiei. Quando acordei, estava rodeada por minha mãe, meu pai e uma pessoa que não conhecia. Talvez um médico? Todos estavam com máscaras e luvas... Estranhei aquilo, não consegui nem pensar direito e logo já fui sendo puxada e carregada até a porta de casa, indo para o elevador. Estava meio tonta, então só me lembro de um carro de ambulância e estar sendo colocada em uma maca. Vi também meus pais chorando. Não estava entendendo aquilo... Mas foi quando cheguei no hospital que raciocinei que estava sendo internada. Entrei em desespero e comecei a gritar pelos meus pais, mas notei que eles já estavam ali, porém do lado de fora do quarto, me observando por trás de um vidro. Minha mãe chorava muito, meu pai estava segurando as lágrimas e abraçava minha mãe. Chorei muito quando notei também que estava sendo isolada por oficialmente estar infectada pelo vírus. Vírus maldito.
Foi depois de um dia internada que lembrei do menino e de que ainda não tinha feito a videochamada com ele... Então pedi meu celular. Me deram, mas disseram que só teria um dia com ele. Pensei bastante no que iria mandar, tinha que dar uma explicação, eu estava todos os dias na janela e de repente sumo? Eu tinha realmente que me explicar. Mas... e seu eu não pudesse falar com ele mais? Tinha que mandar algo que não fique no ar, algo que marcasse a história independente do que acontecesse depois. Pensei bastante, até porque, tive o dia inteiro para pensar. Mandei a explicação do que tinha acontecido e no final mandei a seguinte frase: "Nunca deixe as coisas para depois, faça o que puder, quando puder, a vida não é curta, apenas temos que saber aproveitá-la sabiamente, se quer fazer algo agora, vá em frente. Repetindo, sabiamente." Mandei uma outra para ele pensar sobre também: "Não deixe sua timidez te atrapalhar, faça amizades, e não desista nunca, sempre pense que alguém irá ficar feliz e orgulhoso de suas ações e de você. Pode parecer cedo, mas algo em você acendeu uma luz em mim e ela nunca será apagada."
Depois de mandar isso, não consegui mais pegar o celular para ver se ele respondeu algo, ou pelo menos visualizou...
Duas semanas se passaram e meu aniversário chegou, nunca me imaginei em uma sala de hospital, internada, comemorando meu aniversário de 15 anos, com meus pais cantando parabéns por trás de um vidro. Durante todo o dia recebi inúmeras visitas, fiquei bem estressada pelo fato de não poder conversar com elas. Minha febre aumentou e tive que tomar um remédio para dormir, quando estava quase dormindo, vi uma silhueta muito parecida com a do menino da janela, poderia ter certeza de que aquilo não foi um sonho.
Se passaram dois meses que eu estava internada ali, sem visitas, sem conversas, sem carinho, sem nada, apenas pensamentos vazios, mas o meu principal pensamento sempre era sobre o menino e meus pais... Eu pensava me perguntando a todo momento se esse seria meu destino...
Mais um mês se passou e começaram a me dar um remédio novo, até que um dia eu perguntei para o que era e me falaram que eu estava começando a apresentar um grau avançado nos sintomas do vírus, mas eu insisti e perguntei o que queriam dizer com "grau avançado", me disseram que um dos sintomas poderia ser perda de memória. Na hora eu simplesmente paralisei, mas me acalmaram dizendo que a perda de memória iria se manifestar caso eu ficasse muito estressada, mas na verdade, estressada era a melhor e única definição para como eu estava me sentindo ali trancada por meses. Dito e feito, uma semana se passou e eu comecei a esquecer coisas que jamais alguém esqueceria, como por exemplo, o nome dos meus pais... Cheguei a um grau de até mesmo esquecer meu próprio nome, mas a única coisa que eu sempre tinha pensamentos sobre, era o trocar de olhares na janela... E ficava muito triste sabendo que com quase certeza, a qualquer momento poderia esquecer sobre esse acontecimento, que era muito importante para mim.
Sem mais sofrimento, vou pular para a parte em que saio do hospital depois de mais ou menos 4 meses internada. Saí curada do vírus, mas com sequelas ainda. Foi o dia em que me senti mais aliviada de algo em toda a minha vida, com meus já completados 15 anos, meu primeiro pedido foi para me devolverem meu celular e ver se pelo menos tinha recebido algum parabéns. Recebi de alguns amigos, alguns nem sabiam que eu estava sem celular, ou até mesmo internada com o vírus. Algumas pessoas, eu tive de perguntar para os meus pais quem eram. Parte da minha memória perdida se foram as lembranças com meus amigos...
Fui para casa e fiquei um tempão rodando o apartamento para ver se me lembrava de algo, não conseguia lembrar nem mesmo do meu quarto, mas sabe por que? Meus pais haviam mudado enquanto eu estava internada, acharam melhor mudar, para recomeçar em um ambiente novo, já que meu pai tinha arrumado um ótimo emprego e estava ganhando bem. Eu tinha perdido mais que a metade da memória, mas pelo menos me lembrei de o papai estar desempregado quando chegamos na cidade. Fiquei tanto tempo internada, fechada naquele lugar, que além de ter perdido a memória, ainda perdi a noção do tempo. Já estávamos no começo de 2021, a quarentena já havia terminado, mas todos ainda usavam máscaras, isso explica os estouros no hospital... eram fogos de artifício. Com a perda da memória, perdi anos de estudo também, não me lembrava de praticamente nada. Meus pais queriam contratar pelo menos um professor particular para me ajudar a recuperar todos os conhecimentos perdidos, mas o médico disse que eu precisava descansar um pouco e dar pelo menos 6 meses de tempo para os estudos e focar apenas em não ficar estressada, nem preocupada com nada e de vez em quando fazer exercícios físicos para não ficar muito parada. Ele também indicou alguns exercícios mentais leves.
Passado 6 meses de "descanso", achei que poderia voltar para a escola, no 9° ano ou até mesmo já me matricular no colegial normalmente, meus pais ficaram meio indecisos, porém foram tentar me matricular. Não deu certo, voltamos para casa com a resposta da escola de que se eu fosse entrar novamente ou ir para o colegial, por conta da minha memória perdida, eu teria que refazer o oitavo e nono ano, ou até mais anos. Obviamente não queria ficar com uma turma mais nova que eu, então esqueci a hipótese de voltar para a escola. Demorou um tempo até eu aceitar isso, mas consegui, eu acho. Porém é óbvio que não tinha desistido, logo, umas três semanas depois de saber que não poderia voltar, peguei meus livros e cadernos do sexto até o nono ano, comecei a ter aulas on-line todos os dias e estudar igual uma louca. Foi assim por mais um ano, até que recebi a notícia que eu poderia entrar no colegial, mas teria de ter um tipo de tratamento especial. Não fui boba e logo aceitei a proposta.
Minha aparência já estava bem melhor do que antes, pois quando fui internada, tive que cortar meu cabelo bem curto eu estava muito pálida e magra, o que fazia contraste com meu cabelo que é quase preto e meus olhos castanhos. Comecei finalmente o colegial, com um tratamento especial, como disseram, que de certa forma era chato, mas me ajudava a não me perder na matéria. Estava realmente muito feliz. Fiz o segundo e terceiro colegial, como sempre sonhei, tudo ocorreu normalmente, eu ainda tinha o tal do tratamento, mas isso me ajudava bastante. Como era o último ano e ele já estava acabando, comecei a ficar muito nervosa, porque eu iria para a faculdade e nervosismo era a última coisa que eu poderia passar depois do que ocorreu.
Bom, terminei o terceirão e logo falei para os meus pais a faculdade que queria ir, era ideal para mim, pois não era cara, tinha um espaço legal e era ótima para eu seguir minha carreira como cartunista, a única coisa que eles não ofereciam era o tratamento especial, mas eu achei que podia lidar com isso sozinha, porém não podia. Essa faculdade, apesar de ter a ver com artes e acharem que é muito fácil, na verdade exige muito da minha concentração e rotina, além do mais que preciso saber a parte teórica, não só a prática, já que iria fazer a faculdade de artes e depois o curso de cartunismo dentro do lugar mesmo. Por esses motivos, pedi a meus pais para contratarem um professor particular, eles concordaram.
Uma semana depois, lá estava eu tendo aula com uma professora, mas que na verdade era apenas uma estudante do último ano de uma faculdade por aí que se candidatou a dar aulas particulares sobre qualquer matéria, fiquei claramente envergonhada, pois nunca tinha tido uma aula particular. Tive aulas com ela até terminar o primeiro ano da faculdade, só comecei a pegar uma intimidade depois desse tempo. Fiquei impressionada com mesmo eu não dando muita abertura, ela insistia em ser legal e toda extrovertida, nunca entendi isso, mas ela me ajudou a passar de ano, esse é o importante.
No segundo ano de faculdade, eu já estava mais tranquila. Como disse, depois desse tempo tinha pego mais intimidade com ela, foi aí que tive pela primeira vez, coragem de olhar nos olhos dela. Nossa, como ela era linda, e esses olhos... esses olhos me lembravam os de alguém... Não tinha coragem de comentar sobre isso com ela, mas tive coragem de perguntar o porquê de ela ser tão extrovertida, energética, e como? Pois nunca tinha conhecido alguém parecido. Ela me respondeu o seguinte: "Ah, é porque eu tenho como inspiração de vida uma frase, ela diz 'nunca deixe as coisas para depois, faça o que puder, quando puder, a vida não é curta, apenas temos que saber aproveitá-la sabiamente', mais ou menos isso". Aquela frase era muito familiar para mim de uma certa forma. Mas ignorei esse fato e perguntei da onde ela havia tirado essa frase. Ela me respondeu: "Eu tirei ela de um livro, também tem uma outra frase que uso, mas é mais para motivação pessoal, ela foi escrita para alguém, mas gosto de pensar que foi para mim de alguém muito especial, a frase diz sobre deixar a timidez de lado e no fim uma parte muito marcante para mim 'algo em você acendeu uma luz em mim e ela nunca será apagada'. Eu acho muito profundo, não sei o porquê. Eu interpreto ela como a pessoa que escreveu, tentando convencer a pessoa que recebeu a frase, de não desistir, mostrar que ela é importante, pelo menos para alguém, e no caso o 'alguém' é a pessoa que escreveu, entende?". Aquela frase era muito familiar para mim também, por que será? Talvez eu apenas tinha lido o mesmo livro que ela e não me lembrava... Pedi para ela me contar mais sobre ele. Ela me disse que o livro era basicamente sobre um menino que narrava sua história de dentro do seu quarto e que no prédio da frente havia uma menina que trocava olhares com ele e que parecia ser bem divertida, porém ele era muito tímido e não a deu muita abertura, o que faz ele se arrepender no meio do livro. Ela disse também que as frases que ela usava como inspiração apareceram na parte onde a menina ficou doente e mandou uma mensagem para ele dizendo o que havia acontecido e mandou as frases em seguida, depois disso, ela não apareceu mais e é por isso que essas frases são muito importantes na vida desse tal autor. Ela completou dizendo: "O escritor diz que a história é baseada em fatos reais que aconteceram com ele e sinceramente, eu acho que realmente a história deve ser verdade, já que ele sempre fala sobre uma pessoa que marcou sua vida, mas nunca contou direito quem ela era." A história por algum motivo acendeu uma luz em mim, assim como a frase dizia, mas ainda não sabia o porquê, então fui mais fundo e perguntei como o livro se chamava, talvez pelo menos o nome dele eu lembraria se eu realmente já tivesse lido ele. Ela me respondeu o nome do livro, mas não mudou em nada meus pensamentos confusos. Eu tentei processar tudo o que ela tinha dito e notei o jeito de como ela descrevia o que o escritor havia falado e pensei que ele talvez fosse um conhecido dela... Ela respondeu que ele realmente era um parente dela, só não havia falado antes porque achou que seria uma coisa irrelevante. Ela completou dizendo que o livro havia sido publicado em 2023. Pera... um parente? Enfim, eu notei que não tinha lido nenhum livro de romance depois de ser internada e ter saído em 2021, então como eu poderia reconhecer de alguma forma aquelas frases? Não sabia responder. Como ela não tocou no assunto de quem realmente era o autor, tentei perguntar novamente, mas antes de abrir a boca, ela falou 'Aliás, sobre eu conhecer o escritor, eu poderia apresentá-lo a você, ele tem praticamente sua idade.' Eu fiquei feliz com isso e respondi que gostaria muito de conhecê-lo, seria bem legal ter um novo amigo na cidade, já que eu não tinha muitos. Como não consegui completar minha pergunta pela primeira vez, tentei novamente e ela me me respondeu "Ele é o meu irmão".
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Bom... Essa foi minha história gente, espero que tenham curtido, deixem comentários do que querem para os próximos capítulos, se tiver (ainda estou pensando no caso). Como diz uma das minhas escritoras daqui favorita, um beijo, um queijo e até mais meus lindos :) (despedida da autora de behind blue eyes, uma fanfic larry incrível daqui, aliás, tô muito ansiosa para a chegada do meu livro).
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Não há Tempo Para o Destino - a história de um amor esquecido
RomanceUma garota muda para uma cidade pequena, mais especificamente, um prediozinho nessa cidade, mas mal sabe ela o que virá pela frente, e o que o amor tem para lhe mostrar. Essa é uma história curta que eu escrevi para um trabalho da escola, acredit...