Thirtieth Second

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Eu não quis remoer muito o assunto. Só queria um pote de sorvete com brigadeiro, algo bem calórico, talvez depois uma pizza, de banana com chantilly.

Após um abraço reconfortante de Clau, eu peguei meu rumo, fui para casa, quando cheguei, mamãe já estava dormindo, ela era acostumada a dormir cedo de qualquer forma. Então, coloquei uma blusa larga e uma cueca feminina, e segui meu plano de fossa.

Após comer metade da pizza, escovei meus dentes e me virei para dormir, algo que não foi difícil, chorar  assistindo um filme depressivo quando você tinha acabado de levar um fora era algo cansativo. Mas lá por volta do meu segundo sono, fui despertada.

Ainda um pouco grogue de sono, ouvi barulhos de alguma coisa se chocando contra minha janela, quando eu me sentei, coçando os olhos, vi que o som era realmente existente e não fruto da minha imaginação, então, logicamente, peguei meu taco de beisebol de baixo da cama (não sei porque diabos tinha essa porra, já que tudo que sei sobre beisebol é sobre o taco) e fui, ligeiramente até a janela, afinal, poderia ser um serial Killer ou um ladrão, lá em South Shields éramos acostumados com ladrões, e a gente tacava oque tinha na frente neles, talvez seja por isso que eu tenha um taco de beisebol embaixo da minha cama além das revistas de mulheres nuas (não me julguem, eu não as usava a tipo uns cinco anos, fora presente de Nano um traficante da minha rua lá em South Shield, era praticamente meu tio de criação, eu pedi isso de aniversário de 13 anos e ela realmente me deu, ele morreu algumas meses depois na cadeira, então isso tinha um grande valor sentimental para mim, tanto por ele quanto por minha sexualidade, foi com elas que descobri que não gostava de perereco e sim de perereca). Quando abri a janela, tive que me abaixar antes que algo me atingisse. Quando me virei para trás, descobri ser uma pedra, que atingiu minha parede com muita força. Ou seja, queriam me matar.

Com meus movimentos experientes, eu estava prestes a atingir o humano com meu taco, mas me detive quando ouvi uma risada familiar. Era rouca e bem parecida com a de um bebê, e eu era trouxa por essa risada, não que isso venha ao caso claro.

Lá estava ela, com uma bermuda preta soltinha e uma blusa simples sem mangas, segurando uma mochila nos ombros, Jade ainda rindo, consegui pular a minha janela, entrando no meu quarto pela primeira vez. Ela olhou ao redor, mas não demorou muito, pois logo se virou para mim.

— Oque...?! — perguntei, com as mãos ainda levantadas lhe encarando chocada, Jade me lançou um olhar de cima a baixo, demorando um pouco nas minhas pernas, mas ela engoliu em seco e ladeou a cabeça.

— Belas pernas — disse naturalmente — Vim passar a noite na casa da minha amiga — deu de ombros jogando a mochila sobre minha cama.

— É... Bom, você não vai, não somos tão amigas assim, e mesmo se fossemos, você tem que disser que vai vir, não simplesmente aparecer!

— Para de ser exagerada, somos amigas e olhe... — abriu a mochila , e tirou algo de lá, embolou e com força, uma força muito grande diga-se de passagem, e jogou na minha cara — trouxe um presente — falou cinicamente, bufando eu me abaixei pegando o pedaço de pano e tentando ver de que se tratava, descobri ser, uma espécie de pijama bizarro, de um unicórnio, ou algo parecido... Antes de concluir meus pensamentos, outra coisa me atingiu no rosto, me gerando revolta, olhei furiosa para Jade — Oh! Desculpe, errei, esse é o seu, o de dragão.

— Que porra! Para de jogar as coisas em mim! — avaliei o negócio de dragão — Tenho várias perguntas, mas as principais são, porque você me trouxe esse negócio e claro, porque eu sou o dragão ?!

— É tipo algo de amigas...

— Para de falar tanto "amigas"

— OK, amiga — revirou os olhos — E, você me lembra um dragão.

— Rá, e você me lembra o São Jorge então — lhe mostrei o dedo do meio — O unicórnio deveria ser Luis, por vários motivos — ri, fazendo Jade me olhar com tédio — Certo, e oque eu faço com isso? Tapete? Ou deixo como pano de chão... Melhor! Quando for limpar minha moto posso usar ele — pisquei.

— Ridícula, é para você usar quando formos dormir juntas.

— Não vamos dormir juntas.

(Play)

— Você é tão engraçadinha! — negou com a cabeça e sem nenhum pudor, tirou a blusa, revelando seus seios descobertos, eu arregalei os olhos e após um segundo admirando aquelas beldades (eu meio que odiava ela, mas, céus! Aquele negócio que ela tinha na frente não era de Deus, eu queria chupar eles nesse exato momento) me virei.

— Qual é o seu problema Jade?! Não pode fazer isso! — falei brava, só ouvi sua risada, e depois um "pode se virar Pezz" quando me virei,na encontrei vestida com a roupa de unicórnio/pijama, e porra, ela estava tão fofa que me fazia querer morder aquelas bochechas avermelhadas... Mas então me lembrava dos seus peitos e eu queria era morder eles.

— Vista o seu, vamos combinar! — bateu palmas animadas, eu revirei os olhos mas acabei pagando o bagulho do chão, em South Shields não era educado recusar presentes, por mais ridículos que fossem, quando segurei a barra da minha blusa, vi Jade me olhando atentamente, então com uma expressão de tédio, gesticulei para ela se virar, com uma expressão de frustração, Jade o fez, eu podia ouvir seus resmungos enquanto me trocava , do tipo "Eu já vi tudo aí, até chupei" e "Não é como se eu quisesse ver de qualquer forma"

— Eu estou ridícula, que porra a educação me faz passar! — Murmurei, quando Jade se virou, caminhou até mim com uma cara estranha e apertou minhas bochechas — Você está me machucando — Falei com a voz abafada pelo aperto.

— Você está tão, tão estupidamente fofa! Parece um bebê — afinou a voz, para se assemelhar a uma criança, e quão imbecil eu sou por ter achado uma graça?! —  Coisa mais linda, até me esqueci que estava brava com você... bom agora lembrei.

— Há! Estava brava comigo?! — ri — Porque?

— Você sabe muito bem Edwards, você sabe...

— Não vejo motivos, somos amigas não é — ergui as sobrancelhas — Belas amigas que usam pijamas combinando.

— É, sim, é claro, somos amigas, somente isso, você está completamente certa! Vamos dormir amiga?! — me fuzilou com os olhos.

— Claro.

A Vadia Da Minha CrushOnde histórias criam vida. Descubra agora