Não me toca.

10 2 0
                                    

[...]

Como você pôde fazer isso comigo Taehyung? Logo eu que sempre fiz de tudo por você! Como não pôde se esforçar por nós da mesma maneira que eu fiz?! Nosso relacionamento até agora foi uma piada para você? Mas que droga! Não me procura mais, NUNCA MAIS!

[...]

(AGORA) Terça-feira 4:02Am

Acordei com barulhos no andar de baixo onde ficava a sala. Taehyung não estava aqui, esse filho da puta para me proteger uma hora dessas. O jeito era pegar minha linda frigideira antiaderente e usar como arma. 

Saí do quarto na ponta do pé para que seja lá o que tivesse entrado em casa, não soubesse que notei sua presença. Desci as escadas o mais rápido que podia, mas ainda tomando cuidado com o menor ruído possível, e logo fui direto para a cozinha me armar. 

Já com a panela na mão, andei pela casa que estava um pouco clara sob a luz dos postes da rua, à procura do suspeito. 

Me deparei com a silhueta de alguém sentado no sofá, mexendo em algo que aparentava ser uma mochila. Me aproximei com cuidado e dei um golpe firme na cabeça do indivíduo, que provavelmente o fez desmaiar, pois ele caiu deitado no local. Me apressei e voltei para o meu quarto, indo procurar o celular e ligar para a polícia, urgentemente. 

Quando o achei, digitei o número de emergência e desci novamente pra ver se ele ou ela ainda estava lá, e para minha surpresa, não havia mais ninguém ali. Meu coração acelerou de nervosismo e medo. Quando fui apertar o botão para iniciar a chamada, alguém tapou minha boca e segurou minhas mãos para trás. Tentei gritar, mas foi em vão. 

A pessoa subiu as escadas ainda me segurando e indo em direção ao meu quarto, caminhando calmamente em passos lentos e cuidadosos.

Entramos no mesmo e ouvi a porta ser trancada com a chave. O indivíduo me soltou e eu corri imediatamente até a saída de lá, mas a chave não estava mais ali.

– O que você quer? — a voz falhava de medo.

– Você sabe... — a voz grave respondeu.

– O dinheiro está no meu criado mudo, pode levar! — falei apressadamente, querendo que essa pessoa me esquecesse de vez.

– Não é isso que eu quero...

– Então... leve qualquer coisa, mas me deixa em paz, por favor... — já estava a ponto de chorar.

– Desculpa, mas não posso fazer isso, amor.

A silhueta se aproximou e me imprensou na porta do quarto, segurando minhas mãos sobre a altura da minha cabeça.

– Não me toca..— tentei segurar o choro. Uma tentativa falha.

– Não vou te machucar, a não ser que você queira.

– Taehyung... — sussurrei entre meu choro.

– Estou aqui, meu amor. — a silhueta me abraçou. Eu tentei empurrar, mas fui apertada cada vez mais.

– Me solta! Quem é você? – dizia enquanto batia contra seu peito. De repente, a luz do quarto foi ligada. – Taehyung? — arregalei os olhos.

– Sou eu, amor. Desculpa, não sabia que você ia chorar. — agora sua voz era mansa.

– SEU CRETINO! EU ESTAVA MORRENDO DE MEDO! COMO VOCÊ PÔDE FAZER UMA BRINCADEIRA DESSA COMIGO? — me exaltei com olhos inchados de tanto chorar.

– Não sabia que você ia ficar assim, foi mal! – dizia enquanto voltava a me abraçar,

– VOCÊ MERECE É UM TAPA NA CARA PARA PARAR DE SE FAZER DE BURRO!

Fui pega no colo à força e jogada na cama, ficando por cima de mim e me prendendo na mesma.

– PARA COM ISSO! — gritei.

– Desculpa, estou me fazendo de desobediente. — retrucou meu pedido, dando um riso sarcástico.

– Aliás, o que você estava fazendo para chegar a essa hora? — disse parando de me debater e olhando nos seus olhos, me acalmando.

– Você sabe que eu trabalho, amor. E também sabe que eu sempre cheguei tarde desde quando comecei lá.

– Trabalho estranho esse seu, parece até que você é o único funcionário lá... — murmurei.

– A rebelde parou de me castigar já?

Fiquei sem entender o que ele havia falado e só segundos depois me dei conta que não estava mais gritando com o mesmo.

– Vê se me esquece, Tae. — disse tirando ele de cima de mim com um empurrão e me ajeitando na cama, me cobrindo com o lençol e ficando de lado pra ele, deixando apenas minhas costas na sua visão.

– Vai ser assim agora? — perguntou enquanto tentava me virar para ele.

 – Não só vai ser como deve. — respondi em um tom irritada.

– Ah, ___. Me perdoa, vai. Até quando você vai ficar assim comigo?

– Até quando você parar com essas brincadeiras idiotas. — estava chateada.

– Eu já disse que estou arrependido, jagiya!

Levantei da cama e fui até o guarda roupa. Peguei um travesseiro e um lençol grosso. Voltei até Taehyung e deixei em cima da cama, bem à sua vista.

– Pra quê isso? — perguntou enquanto pegava os mesmos e os fitava.

– Sofá. — fui direta.

– Você quer que eu arrume o sofá uma hora dessas? — ele me olhou confuso.

– Não é para ele, besta. — revirei os olhos.

– Explica melhor, porque eu ainda não entendi.

Peguei o travesseiro com o lençol e direcionei Taehyung até fora do quarto, o entregando os mesmos.

– Você vai dormir no sofá até eu decidir que já acabou o castigo. — cruzei os braços.

– Mas, ___... — não dei tempo para ele falar e bati a porta na cara do mesmo.  – A chave, por favor. — pedi, a abrindo novamente e erguendo uma das mãos para ele. Quando ele a entregou, voltei a fechá-la com força e trancando em seguida, voltando pra cama. Já deitada, fechei meus olhos e dormi tranquilamente com a mente leve.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 05, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Secret. - TH + UOnde histórias criam vida. Descubra agora