capitulo 1

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Lisandra Narrando

Contei o dinheiro,  tirei uma parte  e guardei a outra no meu guarda roupa,  dinheiro  é bom pra caralho, abri portas e o mundo, mas não me faz, pelo contrário eu que faço o dinheiro, nunca  será diferente.

Não me iludo com o que não é meu,  não confio em ninguém de olhos fechados, hoje em dia é lobo em pele de cordeiro, na melhor oportunidade vão querer te passar pra trás. 

  Amanda: A noite foi boa né,  ta com maior cara de cansada, deve ter faturado vários. — se jogou em cima de mim.

Lisandra: simm, sair com aquele cliente mais antigo, ai já sabe né,  ele me deixa ficar bem a vontade.  — dei risada.

Amanda: nesses corre ninguém me coloca, to doida pra desfrutar. 

Lisandra: se compreende Amanda, isso não é vida, a fase ta boa agora, mas já tomei muito na cara.

Amanda: falei brincando, bora que mãe,  ta esperando a gente. — desconversou.

Sou garota de programa, famosa "puta" como as pessoas falam, faço meus serviços em troca de dinheiro, hoje já tenho os meus clientes bons, coisa de dinheiro mesmo, mas antes pra poder fazer meu nome, eu fui em coisa que até o diabo duvida.

As coisas não são mar de rosas não,  tem que ter peito pra entrar, não ter medo de nada, esta pronta pra tudo, ja perdi as contas de quantos já me sacanearam, além de não pagar, me deixava na esquina, ao relento.

Vim com Amanda pra casa de minha  coroa, minha mãe até hoje não aceita, nem toca no assunto, claro né, que mãe vai querer a sua filha como puta, mas tem jeito não, eu não tenho previsão de saída disso.

Tentei manter em sigilo, mas foi difícil,  porque as pessoas percebem logo ainda mais aqui no morro, vigiam tudo, a hora que chega, a hora que saio, quando eu me mudei então, aí que o boato rolou, de primeira acharam que era os bandido me comendo, mas depois a verdade veio a tona.

Mas eu não ligo não, na hora de comer, eu como na minha casa, ninguém me da um real, pra se juntar e falar da sua vida tem várias, mas pra te dar ajuda, ninguém dar, queria ve se fosse uma indicação de emprego, nego coloca logo peso ruim.

Vão falar, mas a mim não abala, a xrc é minha, povo da de graça,  eu sou empreendora, vendo.

Eu gosto do dinheiro e ele vem de uma forma rápida, não nasci pra trabalhar pros outros,  não aturo, o máximo que fiquei foi três meses em uma empresa.

Lisandra: porra mãe, você é foda, fez minha comida preferida, to na dieta. — abracei ela

Marcia: que dieta o que, você com esse corpo maravilhoso, de genética, precisa de mais nada.

Lisandra: queria que fosse assim fácil, se eu não for na academia, fico toda barriada. — abrir um latão. 

Ficou resenhado eu, minha mãe e Amanda no portão, enquanto tocava raça negra no som, típico de um domingo, mandei mensagem pra Paula  brotar também.

(.......)

Paula: ai amiga, bora pra esse konteiner, arranjei até sua pulseira, camarote, orochi bb

Amanda: vou sair de lá sendo a deusa africana de alguém, só amor de fim de noite. — deu risada.

Lisandra: mais é idiota, eu vou porque não tenho nada marcado, vou da um close.

Paula: ja é então, na hora fala no grupo, porque vou levar duas parceira minha, tudo tranquilo.

Quando deu minha hora, eu guiei pra casa, coloquei meu cabelo na touca de cetim e fui escolher meu look.

Boa noite meninas, então, eu andei sumida e nesse tempo, tava lendo lisandra, não gostei do rumo que o livro tava dando e resolvi recomeçar.

Libertina - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora