Por si só

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Sutilez. Tua pele era mansa, cheirava a gardênia. Alabastrina tendo teus traços cobertos pelo recente tocar da aurora, aquela a qual se permitia alar.

Teus lábios acarminados pelo recente ósculo, seguido de teus tão intrigantes olhos, cujo a quais jamais saberei o que flagraram.

Nascido de tu, teus pensamentos ocultos que tanto me puxaram, me nomeando de a própria curiosidade. Meu ouvido que se atenta, desejando ouvir de ti teu rumorejo.

Nos dias de teu soluçar, a natureza se colocava a chorar. Tamanho trovejar seguido do fúlmen, aquele tão cintilante que trazia consigo o estrondo. Iluminava a caligem, assim como teu toque me fazia. Aquele era o mais belo enleio.

Pecaminoso torso teu que se encontrara coberto pelo sedoso manto. Manto aquele que ficara nevado quando você não estava ao meu lado.

És quente, és fria;
És bela, és linda;
És água, és fogo;
És tudo e ao mesmo tempo nada;
Tu és poesia, e eu
uma mera leitora que
estás a te apreciar.

𝐆𝐚𝐫𝐝𝐞𝐧𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora