capítulo 03

10 0 0
                                    

INÍCIO

Meus olhos pulsam e a agonia

Da minha mente que vacila a

cada momento em um

pequeno pulsar sonolento

Ao olhar para o que fujo

a cada simples momento

ao olhar para o travesseiro

Inerte sobre a cama

ainda recém arrumada no

quarto escuro na outra

extremidade do quarto.

Em momento algum

o sentimento Inexpressivo

de que há uma mente cansada

sai de minha boca, porém meus fundos e opacos olhos divagam para aquele pequeno móvel que as vezes me assombra ao observa io com tanta acidez como ahora.

... As vezes ...

Tudo isso parece engraçado

mais de uma forma perturbadora e insana,

como se no fundo eu realmente soubesse que ou eu estava ficando louca ou eu não entendia nada de tudo aquilo

que fazia minha mente vacilar a cada segundo sequer.

Era isso que eu era naquele momento

Um simples corpo pronto a se jogar de um penhasco escuro e sem ao mínimo possível de poder ver sua profundidade, aquela que foge de todas as respostas

pra qualquer pergunta, e isso quebra todas as regras que ainda resta

de minha sanidade mental.

Olhei mais uma vez para aquele móvel

onde ainda estava na mesma posição de antes,um travesseiro macio e um cobertor aparentemente aconchegante que ainda me causava náuseas e o receio aí da me fazia reclusa ao outro lado do quarto

paro abruptamente

quase que de forma involuntária

o que me faz pousar minha cabeça sobre meus joelhos e a perguntar a mim mesma se pudesse escolher qualquer tipo de sentimento ou percepção daquele momento aterrador agora eu realmente conseguiria mudar algo?

Pensei realmente estava ficando louca

Droga!!!

Ao olhar por mas alguns segundos que pareciam horas, percebo

que ainda estou divagando, e noto que o quarto está diferente de alguns segundos atrás o que faz voltar a minha sanidade e o que parecia uma eternidade, apenas parou o que aconteceu apenas na minha mente.

Droga!!


Sorrio da minha própria decepção,

e me recordo do real motivo da minha indignação ao fugir naturalmente

todas as vezes fadigada, e com isso no entanto

vou pesarosamente adormecendo ao ponto de acordar mais outra vez

de um pesadelo infernal onde a dúvida pousa sobre mim por mais alguns segundos até me recuperar totalmente minha lucidez o que me faz abrir os olhos mais uma vez em um outro dia.

Depois de muito tempo eu desisto da morte e de qualquer sentimento parecido com ela, mesmo tendo em mente que ela seria um apoio as minhas incertezas, ela se foi, porém está a espreita e em algum canto daquele quarto escuro a me observar todos os medos que estão me alguma forma estampados na minha face.

Não sei se e sorte ou se seria considerado talvez um azar o fato de continuar com os olhos sempre em pleno movimento,assim como os zumbis que passam nós filmes da tv, vagar pela noite sempre a procura de algo.

Penso que devo sozinha falar
Mesmo que não tenha a intenção de incomodar, nem mesmo os mortos.

'isto' ou 'aquilo' ficam encravados em minha mente como uma espinha de peixe quando se entala na garganta e por mais que vc tente tira lo ele continua a incomodar por bastante tempo.

Aprendí que debo as vezes calar me
E esquecer daquela vida "vaziamente cotidiana" e de todos os momentos inoportunos que perdi a vagar pelo mesmo quarto escuro, e mesmo que eu mesma não me calasse, do mesmo modo lembraria daquele imóvel inapropriado para um sono agradável ainda está ali do outro lado da casa.

Fumo um cigarro
Trago, paro!
Olho para o nada
Que está sentado ao lado
Paro, travo, me levanto, ligo a tv
Agora há estática por todo lado

Olho para o nada que ainda me observa
Apago a luz e divago
Na porta entre - aberta e o vão de luz fraco que clareia meia parte do outro cômodo da casa.

Deito - me no carpete sujo
No centro da sala, e sinto um descontentamento agradável
Mesmo ao olhar centenas de vezes para a porta.

Travo paro e fumo outro cigarro,
O desespero que toma conta de mim, rouba - me várias batidas deste coração falho que o mesmo quase sai correndo boca á fora.

Sem sentido digo - lhe isso:
" - É quase um contemplar de tal beleza longínqua,"
A visagem que observo pela pouca claridade do vão dá porta ainda entre - aberta como se eu pudesse contemplar uma das facetas do meu próprio medo ali de pé, cuja aparência maligna ainda está a me observar pelo mesmo vão ainda praticamente imóvel.

Em minha cabeça vejo o se arrastar milimetricamente na minha direção, e apenas flash backs vem a tona de um pesadelo meio disléxico, onde somente a voz me causa arrepios.

É algo profundo e sólido
Mas afirmo - lhe:
" - De todos as vezes que despeço - me
Deste arém, perco me em um desdém, algo que me liberta um sorriso forçado e árduo que posso ver pelo canto dos meus olhos, mas a alegria de poder caminhar no sentido contrário ainda traz uma profunda agonia

Time to open your eyesWhere stories live. Discover now