🦋 › ' Ted Lupin era o típico garoto certinho. Não brigava ou usava entorpecentes, era bom aluno, amante da natureza e até ajudava senhoras idosas a atravessarem a rua se fosse preciso. E ele fazia isso tão bem, que ao invés do clichê onde aquilo o...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A cada dia que se passava, Teddy tinha mais e mais certeza de que estava definitivamente fodido. No pior dos sentidos.
Ainda parava para refletir como a situação chegara àquele ponto, considerado por si, tão crítico. E se perguntava seriamente quando havia passado a ver o garoto que praticamente cresceu consigo, seu até então irmão de consideração, com os outros olhos.
Lembrava bem dos dois criança, aprontando juntos por aí, desde que se entendia por gente. De fato, a diferença de idade nunca foi um empecilho para a amizade deles e sempre foram unidos, até um pouco mais do que o azulado era com os outros dois "primos".
Não desmerecendo a consideração que tinha pelos mais novos, óbvio que não, adorava-os demais. Mas a verdade era que com James sempre foi diferente. E não conseguiria explicar mesmo que tentasse.
Até que de repente não era mais só aquilo. De repente ele não via mais o moreno como aquele molequinho de seis anos que chorava com medo de trovões e sempre pedia para dormir consigo. Não, o garotinho havia crescido e agora era um homem. Um homem ridiculamente gostoso, que adorava usar jeans tão ridiculamente justos quanto.
Não se orgulhava de admitir que já passara tempo demais admirando como as coxas torneadas dele ficavam bem demarcadas pelo tecido grosso, ou como faziam com que sua bunda parecesse ainda mais empinada que o normal.
Céus, o que estava pensando? Foco, Teddy.
O garoto respirou fundo, deslizando a mão do topo da cabeça até a nuca, jogando os fios coloridos para trás.
O pior era que parecia que ele sabia exatamente o efeito que causava, como o azulado se sentia em relação a ele, porque poderia até ser coisa da sua cabeça fantasiosa e cheia de tesão, mas sentia-se provocado.
E aquilo o tirava do sério e também deixava tenso.
Principalmente porque quanto mais tentava não pensar no assunto e reprimir aquele tipo de sentimento e desejo, mais pensava e chegava aquele mesmo impasse e crise moral.
E talvez, só talvez, aquilo tivesse se intensificado pelo fato de que havia aceitado o convite do padrinho de passar uma semana do seu recesso da faculdade na casa do mesmo, como nos velhos tempos.
Um dia que havia chegado e só conseguia sentir que iria fazer uma besteira.
E bem naquele momento estava a frente do quarto alheio, há pelo menos uns cinco minutos, enquanto tomava coragem para executar o que a tia havia pedido e chamar o moreno para o jantar.
Mas quem disse que a coragem que havia reunido no caminho até ali havia durado tanto?
Suspirou, mais uma vez, enquanto erguia o pulso coberto pela manga comprida da camisa preta de tecido fino que usava, prestes a tentar mais uma vez enquanto pensava na possibilidade de que poderia simplesmente pedir a Albus ou Lily para fazer aquilo e depois inventar alguma desculpa esfarrapada.
