Capítulo 02

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Fui despertada por mãos que mexiam me mim incessantemente, nem precisaria virar-me - estava deitada de bruços - para constatar que era Camila ali, pois logo ouvi sua voz preencher quebrar o silêncio do cômodo.

— Anda, Lauren. Acorde. – disse em um tom ameno, talvez para não me assustar. Ela balançava meu corpo de leve, afim de me fazer despertar.

— Me deixa dormir mais um pouco... – falei sem ao menos mover-me, ou abrir os olhos.

— Você tem que comer algo, passou o inteiro dormindo. – em resposta, permaneci em silêncio, afim que ela me deixasse ali por mais uns minutos, mas ela insistiu: – Lauren, sua festa acontecerá daqui umas horas, então definitivamente você tem que levantar.

Prossegui em silêncio, pois a sonolência fazia-me sentir uma preguiça indiscritível, porém Camila era insistente o suficiente ao ponto de não se dar por vencida, e simplesmente deitou-se sobre minhas costas.

— Camila, você está me esmagando... – protestei um tanto sôfrega por conta do peso que foi posto em cima de meu corpo.

— Quero ver se você irá conseguir dormir comigo aqui em cima de você. – disse ela em tom extrovertido.

— Tudo bem, você venceu, irei levantar. Agora saía de cima de mim antes que eu morra asfixiada com o seu peso.

E assim, ela o fez, deixando-me deveras aliviada. Para que ela não aprontasse mais uma de suas gracinhas para fazer-me levantar, logo o fiz, mesmo contra gosto.

— Ande, tome um banho para relaxar um pouco. – disse deslizando os dedos pelas pontos de meus cabelos. Ela estava sentada na beirada da cama, e eu em pé, como ela praticamente me obrigou. – e arrume esses cabelos, estou ficando agoniada. Está parecendo mais um ninho de mafagafos.

— Se a madame não percebeu ainda, eu acabei de acordar. – revirei os olhos lhe dando um leve tapa no braço.

— Mal consigo acreditar que você está de volta. Tenho tanto a te contar... estou muito feliz que você esteja aqui, Laur. – a mulher a minha frente falou emotiva.

— Sei que sim. Você me ama demais para não admitir isso. – lhe fiz uma brincadeira nada modesta.

— Idiota! – sorriu e abraçou-me calorosamente pela cintura, e eu lhe retribui com todo amor que sentia por ela. Era muito bom estar de volta, e novamente estar a sua presença.

Depois de uns minutos, Camila retirou-se do quarto, deixando-me sozinha, para que eu tivesse mais privacidade em fazer minha higiene. Ela tinha razão, eu precisava me alimentar, pois não havia comido absolutamente nada o dia inteiro.

Pude perceber que minhas malas já estavam completamente desfeitas, e as roupas devidamente arrumadas no guarda-roupa que havia ali no quarto. Com toda certeza, minha mãe havia se prontificado a ir fazer-me aquele favor enquanto eu ressonava. Ela era maravilhosa!

Após estar devidamente arrumada, saí pela casa de meus pais um tanto animada, apesar de não querer festa alguma. Minha mãe era um pouco exagerada, porém eu iria fazer sua vontade. Ela amava demonstrar o orgulho que sentia de suas filhas, e eu apenas a apoiava em suas decisões, pois a amava muito e queria vê-la feliz.

{...}

Já havia me alimentado devidamente porém não totalmente para satisfazer minha fome, pois como minha mãe havia me orientado, teríamos comes e bebes durante toda a festa, e ela desejava que eu me divertisse e aproveitasse o suficiente aquela noite, como ela mesmo dizia, que era minha.

Se passavam das oito e meia da noite quando nos encontrávamos na área de lazer externa da casa, que diga-se de passagem, atendia o gosto de todas as idades. Lá haviam alguns balanços acolchoados suspensos, o que traduzia ao pé da letra o conforto e trazia para si personalidade ao ambiente, que contava com mais móveis de madeira, que eram destaque na base neutra. Uma piscina relativamente grande continha água devidamente tratada, dava um bom destaque no lugar. Mesas haviam sido espalhadas por todo ambiente e uma música agradável ressoava para assim todos ficarem um tanto mais à vontade.

Embriagadas de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora