A Deamus Christmas;

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Essa história é uma tradução adaptada de outra one, vou deixar os links nas notas finais.
Eu adoro Deamus, simplesmente eles são perfeitinhos e fofos demais e amo escrever sobre eles.
O natal está bem longe, mas tudo bem porque o que importa é que eu adoro escrever sobre essa época do ano.
Espero que gostem 💛💛
Boa leitura! 📖


Seamus,

Devido à situação atual, eu e seu pai decidimos que o melhor para todos seria você continuar no colégio durante as festas esse ano, pelo menos até as coisas se acertarem. Fique seguro e Feliz natal.

Com amor,

Mamãe.

Seamus releu a pequena carta mais uma vez, não que ele precisasse, já tinha memorizado cada palavra escrita ali. Tinha a recebido no meio de novembro, e ele tinha a lido todos os dias desde então. Estava já em dezembro, mais especificamente no dia em que quase todos os alunos deixavam o castelo devido às festas de fim de ano e o irlandês não iria para casa naquele dia.

Todos os outros anos, ele estaria esperando no Grande salão com Dean e seus outros companheiros de casa. Estariam comendo biscoitos, trocando presente e assistiriam às demonstrações dos novos produtos que os Gêmeos fizeram para o fim de ano, todos ao redor da mesa de sua casa, rindo e se divertindo.

Mas não nesse ano. Esse ano Seamus estaria preso na escola, sozinho.

Ele leu novamente a carta antes de a amassar furiosamente e atirar a bola de papel que ela se tornara do outro lado do dormitório na pequena lata de lixo que existia ali, errando por alguns centímetros e bufando frustrado. Se qualquer pessoa lesse a carta de sua mãe, acharia que a "situação" que a mulher se referia eram os recentes ataques dos comensais da morte. Mas Seamus sabia a verdade. Sabia que a tal "situação" não eram os comensais da morte. Você-sabe-quem ou a guerra que se aproximava de todos sorrateiramente, era ele, Seamus Finnigan. Ele era o problema, era a razão para as coisas em sua casa precisarem "se acertar".

Antes de seu quinto ano escolar começar, Seamus tinha se assumido para seus pais Católicos e conservadores. Era algo que ele queria fazer há muito tempo, mesmo que ele não esperasse que fosse acontecer tão rápido. Ele tinha um plano, iria contar para seus amigos primeiro, ter uma rede de suporte caso algo desse errado, porque ele sabia que todos iriam aceitá-lo, e só depois contar aos seus pais. Porém, dois dias antes do término das férias de verão, os planos do garoto mudaram um pouco.

Ele não conseguia aguentar mais, tinha passado todo o verão querendo contar para alguém, se libertar mesmo que minimamente. Quase tinha contado para Dean na última vez em que falaram pelo telefone, mas contar para uma pessoa que você é gay, não é uma coisa que se pode fazer por um telefone.

Por isso, durante um jantar com sua família, Seamus cortou o silêncio que sempre cobria essas refeições, seu pai nunca foi muito fã de conversa fiada ou qualquer coisa do gênero, e disse as palavras que precisava dizer desde os seus 13 anos. Se ele fosse ser bem sincero consigo mesmo, a reação de seus pais não lhe surpreendeu, na verdade seria uma surpresa se eles tivessem reagido bem. O que com toda certeza não foi o caso.

Sua mãe deixou o copo de suco cair no chão de surpresa e lhe olhou com uma cara que fazia parecer que Seamus tinha virado um comensal da morte e não que ele só gostava de garotos. Seu pai gritou, e isso não foi uma surpresa para o ruivo, o homem sempre foi do tipo que grita, ele se assustou, no entanto, quando seu progenitor quebrou o garfo que usava para comer salada enquanto ameaçava o filho de todas as formas possíveis. Eles não deixaram o garoto dizer mais nada, e o mandaram para o quarto, seu pai ainda gritando e sua mãe chorando copiosamente. Ele ficou lá trancado pelos dois dias até primeiro de setembro finalmente chegar.

A Situação- A Deamus StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora