18

44 3 0
                                    

Fomos andando pela floresta Erriah ia a frente enquanto eu ia com Yandra atrás. Estava tranquila quando ouvi o grito baixo de Yandra.

Me virei rapidamente:

-Que foi? -Perguntei.

Yandra estava sentada no chão olhando para seu pé,fui mais perto e arranquei os espinhos enormes que haviam entrado em seu pé:

-Setes garras...-murmurei.

Erriah reprimiu uma exclamação atrás de mim:

-O que é isso? -Perguntou Yandra.

-Erriah! Vá para Luz! E traga-me pólen azul! -Pedi com urgência.

Erriah sumiu em dois segundos e Yandra me encarou pálida:

-O que é Sete garras?! -Perguntou.

-É um veneno! Ele vai entrar na sua corrente sanguínea e você não vai conseguir respirar direito. -Falei observando os furos em seu pé.

Yandra estava percipitivelmente tonta,ela me olhou e disse sufocada:

-Del...eu não consigo...não consigo...

Virei o rosto agoniada:

-Calma Yandra -murmurei.

Ela tentava respirar,mas o ar não chegava aos pulmões. Vi Erriah chegar e peguei a rosa azul de sua mão.

Peguei algumas pétalas e enfiei direto na garganta de Yandra. Ela demorou um pouco pra conseguir respirar,mas quando conseguiu fiquei aliviada.

-Como se sente? -Perguntei.

-Melhor -Murmurou se sentando -Que planta é essa? -Perguntou.

-Isto é pólen azul...é a cura de sete garras...assim como a luz talvez seja a cura da escuridão... A verdade é que uma precisa da outra...algumas das raízes que vocês da Luz comem,só crescem na Escuridão, a cura de alguns venenos de Escuridão estam em Luz...-comecei a limpar o ferimento de seu pé -Luz e Escuridão se completam...mesmo não assumindo isto...ha sempre um outro lado...entre branco e preto ha cinza...entre luz e escuridão ha um meio termo também...só não sabemos qual...-terminei de limpar o ferimento e ele se fechou de imediato.

Sorri:

-Vamos pegar amoras. -Falei sorrindo e ajudando Yandra a se levantar.

Voltamos para o castelo já era noite,mas voltamos com tantas amoras que estava difícil carregar. Dr. Hell nos recebeu com um gigantesco sorriso e disse para mim:

-Você é meu orgulho pequena Delmony.

Sorri como uma besta e entreguei-lhe as amoras:

-Aqui estam -Falei me sentando a beira da fogueira que tinham preparado para o jantar.

Encarei Miettah e ela fez que não com a cabeça. Entrei em desespero e me levantei indo para dentro do castelo,fiz sinal para que ela viesse também.

Quando miettah entrou pela porta eu a agarrei pelo colarinho e sussurrei:

-Porque não colocou o frasco que te dei?!

-Não fui eu que cozinhei hoje! -Disse sufocada.

A larguei e comecei a raciocinar. Então me veio a ideia:

-Embebede o Dr. E vá você para cama com ele...bêbado ele jamais saberá a diferença...

Miettah engoliu em seco:

-Mas Delmony...

A encarei:

-Sem mais nem menos Miettah...você já se deitou com ele outras vezes e...

-Sai toda arregaçada no outro dia. -Me interrompeu.

Segurei o riso:

-Não me dê detalhes! -Falei. -Quebra essa pra mim vai -Murmurei.

Ela me encarou e suspirou:

-Ta ne... -Respondeu.

Dei um selinho em seus lábios e sai do castelo aliviada.

PRISIONEIROS DA ESCURIDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora